Falta engajamento da torcida?

Prezados Santistas,

Todos aqueles que acompanham o Santos, percebem que a nossa torcida é uma das líderes em acessos pela Internet nas redes sociais (Facebook, Instagram e Youtube), ao mesmo tempo que é uma das últimas colocadas em bilheteria, sócio torcedor ou receitas de match day.

E por que isso acontece? Por que o nosso torcedor não é engajado?

Na nossa opinião, o torcedor Santista é levado a se apaixonar pelo clube, por aquilo que o Santos foi nos anos 60, e não por aquilo que o Santos é.

Por isso as pessoas não sentem motivação para encher o estádio no campeonato Paulista e na maioria dos jogos da temporada.

O Santista espera assistir a um jogo e ver: Dorval, Megálvio, Coutinho Pelé e Pepe.

Mas hoje vê algo “um pouquinho” diferente disso…

O que atrai o Santista são finais de grandes campeonatos, clássicos, e olhe lá.

Talvez por isso temos um exército de pessoas trabalhando para que o clube preserve a mesmíssima estrutura e atmosfera que havia nos 60, como se estivessem esperando aquele esquadrão dos anos 60 ressurgir do túnel que dá acesso ao campo.

Existe o fator “bairrismo”, mas também existe o fator “nostalgia”.

O resultado disso é que temos um clube sem um voto à distância, sem estádio moderno para o torcedor, um Santos preso nos limites que seus donos estabeleceram. Os donos do clube achando que o forasteiro quer combater os “caiçaras”. Algo sem pé-nem-cabeça.

Só que o passado não volta mais e a história é escrita todos os dias.

As pessoas não percebem que a nossa principal missão (hoje) é a de entregar um time grande e competitivo para as próximas gerações.

O Santista é mais ou menos como aquele cara que foi muito rico um dia e que depois ficou pobre.

Nesse exemplo, a pessoa tem duas opções:

Ou a pessoa vai a luta para recuperar o tempo perdido, ou fica nostálgico, relembrando e lamentando as glórias do passado que não voltam mais, e sofre a penúria.

É por isso que o Blog Soul Santista tem como um dos pilares, criar o hábito de parar de lustrar o passado.

Precisamos modernizar a nossa mentalidade, para depois pensar em modernizar este clube, de modo a entregar um Santos competitivo à geração do século XXI.

Ou o Santos é um time competitivo, ou o Santos é um Museu.

É duro admitir, mas os anos 60 não voltam mais.