É comum ter dinastias no futebol?

Prezados Santistas,

Gostaríamos de iniciar esse post com uma pergunta aos nossos leitores.

Vocês já viram na política de clubes concorrentes do Santos, muitos casos de filhos, pais (ou parentes) de Bandeira de Mello, Paulo Nobre, Marcelo Portugal, Belintani, Belluzzo, Paulo Odone (e outros) tentando elegerem-se como presidentes de seus clubes?

Acreditamos que temos poucas exceções como o caso da esposa do ex-presidente do nosso maior rival, na época em que tínhamos um futebol um pouco diferente dos tempos atuais.

Da parte deste blog, acreditamos que isso seja um fenômeno um pouco raro…

Então, por que justamente no Santos (em pleno século XXI) há uma concentração de famílias, que possuem uma espécie de “dinastia” que tentam “cuidar” do Santos, geração após geração?

Na opinião deste humilde blog, isso existe porque algumas pessoas têm o sentimento de “pertencimento”, e que se sentem obrigadas a cuidar do clube tal qual um bem de família.

Talvez por isso vemos alguma rejeição com a ideia deste clube romper os limites geográficos, que foram impostos a este clube mundial. Simples assim…

O resultado disso é o Santos do século XXI.

Um clube atrasado, anacrônico e endividado. Cada vez mais longe dos seus concorrentes, pois da última vez que vimos esse negócio de filhos herdando o poder dos pais foi na monarquia, algo que existia fortemente na idade média, e que hoje é só “para inglês ver”.

Além disso, como pode alguém dizer que “o Santos é um clube do mundo”, ao mesmo tempo em que vemos a camiseta promocional do “Tri da América” só podendo ser retirada pelos sócios elegíveis, pessoalmente na sede do clube?

Ou então alguém ser contra um simples estudo para a implantação do voto à distância?

Não há aqui uma incoerência?

Como pode este “clube mundial” só ter o voto presencial na boa e velha urna de madeira, desde 1912?

Meus senhores… Não se enganem!

Há uma cultura anacrônica e atrasada que precisamos romper antes deste clube gigante voltar a ser protagonista no presente.

Este é o principal obstáculo do Santos.

Uma pena que a coisa é assim, mas a sorte é que vivemos na “era da informação”, e aos poucos, derrubaremos este “muro de Berlim” que prende o nosso clube no atraso.

No final, queremos que o nosso clube tenha os melhores dirigentes, independentemente do DDD do telefone das pessoas ou do sobrenome.

Que Deus nos proteja.

CEARÁ 0X1 SANTOS FC

O Santos bateu o Ceará por 1 a 0 na noite deste sábado, no Castelão, e ganhou tranquilidade no Campeonato Brasileiro depois de três rodadas sem vencer. O resultado quebrou a ótima sequência do Vozão, que somava três vitórias seguidas e vinha de sucesso no clássico contra o Fortaleza. Felipe Jonatan aproveitou cruzamento de Marinho e fez o único gol do jogo aos oito minutos do primeiro tempo. O goleiro João Paulo voltou a se destacar e evitou o empate do time da casa, que ainda acertou a trave santista. A partida teve cinco jogadores expulsos, mais o técnico Guto Ferreira.

Na tabela

Com a vitória, o Santos subiu para 11 pontos e fechou o sábado na sétima colocação, um posto acima do Ceará, que tem dez. Mas as duas equipes podem perder posições com o complemento da rodada neste domingo.

Próximo jogo

A equipe volta a campo no meio de semana. E têm jogo duro. Na quarta-feira, o Santos reencontra o técnico Jorge Sampaoli. O jogo contra o Atlético-MG será às 21h30, na Vila Belmiro.

Um ex fiel

Felipe Jonatan é natural de Fortaleza e iniciou a carreira profissional no Ceará, de onde rumou para o Santos no ano passado. Por isso, não quis comemorar o gol marcado contra o ex-clube. Apenas ergueu as mãos para o alto e foi abraçado pelos colegas. “Sou torcedor do Ceará”, disse ele no intervalo do jogo. O curioso é que a jogada do gol foi de outro ex-jogador do Ceará, o atacante Marinho.

Primeiro tempo

O gol feito por Felipe Jonatan aos oito minutos, com um belo chute cruzado da esquerda, determinou o comportamento dos dois times no primeiro tempo. A vantagem permitiu que o Santos se protegesse com eficiência e saísse em velocidade, aproveitando a presença de um time mais leve – Carlos Sánchez, a exemplo de Soteldo, começou no banco, com Arthur Gomes e Lucas Braga como titulares. O Ceará tentou se recuperar e ameaçou especialmente em jogadas de bola parada envolvendo Vina. O meia bateu uma falta no ângulo, bem defendida por João Paulo, e também fez cruzamentos para Tiago e Charles tentarem o gol. O Santos ainda teve chance de ampliar com ótimo cabeceio de Lucas Veríssimo – que rendeu defesa ainda melhor de Fernando Prass.

Segundo tempo

A etapa final começou equilibrada, truncada, com os jogadores reclamando com a arbitragem. A primeira boa escapada foi do Santos. Arthur Gomes apareceu pela esquerda e mandou chute perigoso, na rede, por fora. Mas o Ceará reagiu. Leandro Carvalho teve ótima chance e parou em mais uma grande defesa do goleiro João Paulo. Tentando aumentar a pressão, o técnico Guto Ferreira tirou o próprio Leandro Carvalho e colocou Mateus Gonçalves. A mudança quase resultou em gol – como havia feito com o titular, João Paulo saiu bem e abafou chute do reserva do Ceará. Rafael Sobis e Lima também entraram na sequência, nos lugares de Cléber e Fabinho. E aí o time da casa se aproximou do empate. Vina recebeu de Sobis e mandou colocado, na trave. Pouco depois, Sobis quase alcançou cruzamento de Mateus Gonçalves. Cuca também teve que agir: chamou Sánchez e Jobson e reforçou o meio (saíram Kaio Jorge e Arthur Gomes). Mas o jogo esquentou mesmo com uma confusão envolvendo os jogadores. Samuel Xavier e Luan Peres foram expulsos. Depois, foram mais dois para a rua, um de cada lado: Bruno Pacheco, por falta em Marinho (segundo amarelo), e Alison, acusado pelo árbitro de deixar o braço no adversário em jogada pelo alto. Apesar do maior espaço em campo, o placar foi mantido, e o Santos assegurou os três pontos. (E o Ceará ainda teve Leandro Carvalho expulso depois do apito final)

Fonte: globoesporte.com