Como o Santos se relaciona com sua história?

Prezados santistas,

A proposta deste texto é de continuarmos a debater sobre o engajamento do nosso torcedor (ou falta dele).

Atualmente temos um outro time grande que sofre dos mesmos sintomas que “contaminaram” o torcedor santista.

Estamos falando da torcida do tricolor paulistano.

Uma torcida com média de público baixa (perto do potencial) e pouca vibração/engajamento.

Ou como diz o outro: “uma torcida que se divorciou do time”.

Isso acende o sinal amarelo, pois vemos que o nosso problema é algo que se repete em outros locais e que não é algo “exclusivo do santista”.

Inicialmente devemos analisar o que têm em comum os dois “pacientes”:

1-São times que jogam em estádios antigos, comparado com seus rivais;

2-São times de muitas glórias e que tiveram grandes elencos em sua história, e em ambos os casos, há uma diferença abissal entre os times do presente e do passado em termos de qualidade. Ou seja: times que ganharam tudo e hoje estão em uma “draga danada”.

Na nossa visão, encontraremos nesses 2 itens as respostas para a pouca participação e engajamento do nosso torcedor. Não deve fugir disso.

No momento em que delimitamos uma “área de busca” para a origem dos problemas na relação time/torcida, vamos ao que interessa.

As possíveis ações de melhoria visando a mudança do “status quo”.

Quanto ao item 1 (estádio), acreditamos que a questão já foi bastante debatida através dos posts sobre o retrofit na Vila Belmiro, e possíveis alternativas para que o torcedor tenha um local moderno e bonito para assistir ao Santos.

Neste post, vamos nos concentrar nas outras possíveis causas.

Falando do passado glorioso do Santos.

Um dia estivemos no topo, especificamente nos anos 60, mas hoje despencamos morro abaixo.

É preciso motivação e muito planejamento para escalar a montanha novamente.

Acreditamos que o passado deve servir como inspiração e para aprendermos o caminho das pedras, vendo e tentando repetir a receita de sucesso (mescla de jovens talentos e jogadores renomados).

Lamentavelmente vemos pessoas que ficam cultuando o passado de forma obsessiva, como se isso fosse trazer o passado de volta.

E qual o resultado disso?

Se você já tem 40 anos de idade ou mais e começar a ver obsessivamente fotos e vídeos seus de quando tinha 18 ou 20 anos, e depois se olhar no espelho, como irá se sentir?

Depende…

Se você estava em plena forma aos 18 anos e hoje você se encontrar em uma condição um pouco diferente, talvez se sinta como o torcedor santista ao ver o time atual com o time dos anos 60 no subconsciente.

Ou então você será acometido por uma falsa autoconfiança, mais ou menos como vimos no mundial de 2011, quando o nosso saudoso Presidente LAOR brincava, dizendo que queria ver em campo Pelé e Maradona, ou então o nosso lateral Léo que dizia que o rival “não era tudo isso”.

Enquanto isso, nosso rival não ficou com bravatas, e no dia do jogo, esmigalhou o time que jogou de branco, humilhando profundamente os milhões de torcedores alvinegros em todo mundo.

Da mesma forma, quando no dia em que uma mente brilhante achou que era uma boa ideia marcar um despretensioso amistoso com o time do Barcelona, para apresentar o Neymar aos Catalães.

O resultado disso todos sabemos…

É por isso que somos frontalmente contrários ao fato de gastarem tempo e dinheiro com o nosso passado glorioso enquanto nosso presente e futuro correm riscos.

É claro que o passado é importantíssimo, mas na atual conjuntura, todas as mentes e força de trabalho do clube deveriam se concentrar no planejamento para voltarmos ao topo da montanha.

E você, o que acha de tudo isso?

Blog Soul Santista