Atrasos salariais. Algo não vai bem

Prezados Santistas,

Recentemente saíram notícias dando conta de que o Santos atrasou salários e que tentava contrair empréstimo com o ex-presidente do clube (e atual presidente do conselho) para quitar as pendências.

Pouco depois, saiu uma nota esclarecendo que o estatuto proíbe empréstimo de conselheiro para o clube, mas essa mesma nota esqueceu-se de abordar o principal: o atraso salarial em si.

Com isso, e com base no antigo ditado (quem cala consente), concluímos que é verdade o fato do o clube não ter honrado com o pagamento no prazo devido.

E o que isso quer dizer e quais as consequências disso?

Respondendo a essa pergunta, elencamos a seguir algumas alternativas possíveis:

1-Que o clube ainda não aprendeu a trabalhar com os conceitos de provisão de receitas e despesas.

Esperam chegar o dia de pagar para daí ver o que será feito.

Meus amigos. Durante a campanha me lembro de terem prometido a criação de um departamento de gestão e previsão de crises, que teria como missão atuar preventivamente para evitar problemas no clube.

Passados 15 de 36 meses da atual gestão, e ainda não vemos isso sendo feito.

2-O Santos continua gastando mais do que arrecada.

Vejam vocês que até pouco tempo atrás, o Santos comemorava o feito extraordinário de ter feito a maior transação de jogador de futebol das Américas. A venda do Rodrygo ao Real Madrid por R$ 170 milhões.

Será que nem mesmo com essa venda conseguimos normalizar a equação de receitas e despesas?

De quanto o clube precisa para sanear esse fluxo de caixa?

3-Apesar da crise financeira, especula-se contratações de jogadores renomados, o que pode ter um efeito negativo no elenco.

Justamente no momento mais importante da temporada (até agora), surgem esses problemas que podem desagradar o elenco de jogadores.

Além do fato de que não soa bem combinar as frases “atraso salarial” com “contratação”.

Enfim, esperamos que os dirigentes tenham responsabilidade na hora de gastar o dinheiro do clube, além de competência para aumentar receitas, buscando se antecipar a eventuais problemas.

Para finalizar, sugerimos que o clube solicite ao departamento jurídico um relatório de todos os processos de execução judicial existentes em face do clube, a fim de evitarem-se penhoras judiciais “de surpresa”.

Ressaltamos que a justiça não sai por aí penhorando contas sem que o devedor seja devidamente intimado.

Isso poderia ser consequência da Centralização?

O Blog pensa que sim, afinal, a busca por alternativas para os pagamentos “emergenciais”(colocamos entre aspas já que no SFC parece que salários não são tratados como despesa corrente), não pode ficar nas mãos de uma única pessoa e sim de um plano de contingência, ou seja, mesmo partindo do princípio que o clube não deva atrasar salários, tem que existir algum tipo de linha de crédito (plano de contingência) para sanear e cobrir o fluxo de caixa em tempo de cumprir com o sagrado compromisso de pagar aqueles que trabalham pelo clube, inclusive, não somente o salário, mas também o direito de imagem, luvas e premiações, todos estes itens são obrigações, tem data para pagar e fazem parte da composição orçamentária de cada profissional.

Outro ponto, dentro de qualquer grupo deve prevalecer o principio da igualdade, logo, podemos classificar como uma falha grotesca, para não dizer covarde, pagar o Sampaoli e não pagar os demais membros do plantel.

Dentro de todo este contexto, uma coisa é certa, quem vive de receitas extraordinárias, tem que estar sempre pronto para lidar com um fluxo de caixa irregular, mas dentro do clube nos últimos anos os gestores preferem tratar isso como surpresa e não regra.

E você, o que acha de tudo isso?