Quando paramos para analisar qual foi o nosso último patrocinador máster (tirando a estatal Caixa Econômica), nós voltamos ao distante ano de 2013, na época da BMG.
Diante desse fato angustiante, convidamos a todos a refletir sobre as possíveis causas deste problema, pois entra gestão e sai gestão, e a coisa fica “o dito pelo não dito”.
Primeiramente, acreditamos que existe um atributo que atrai os olhares das empresas que investem para ter suas marcas associadas aos times de futebol. A isto dá-se o nome de “APELO COMERCIAL”.
Para ilustrar a coisa, vamos iniciar a análise pelo rival alviverde, que em um dia viu seu patrocinador máster batendo à sua porta de forma espontânea, sem que fosse necessário pagar milhões a algum gênio do Marketing.
Tendo em vista que este patrocinador é uma empresa que atua no mercado desde o ano de 1964, por que então ela nunca havia se interessado em patrocinar este rival antes? Só o “amor” pelo clube não explica a coisa…
Na nossa opinião, este rival passou a ser uma “vitrine interessante” a partir do momento em que reformou seu estádio e saneou suas dívidas com a ajuda de seu presidente. Ou seja: melhorou e modernizou sua imagem.
E o Santos, por que conseguia com certa facilidade patrocinadores máster até 2013?
Vejam vocês que até essa época (no período pré-Copa do Mundo), os times em geral tinham um apelo comercial parecido. Era mais ou menos como a situação dos carros fabricados no Brasil nos anos 80. Ofereciam pouco em termos de tecnologia e conforto, mas era o suficiente para satisfazer o consumidor, que ainda não sabia o que era carro importado.
Não nos esqueçamos que a partir da liberação das importações, as montadoras brasileiras precisaram “se mexer” para não perder mercado.
Além desta “embalagem” representada pelos estádios (o que ainda não dispomos), um time pode se diferenciar dos demais com jogadores talentosos e carismáticos, mais ou menos como era na época do Neymar, quando havia fila de empresas interessadas em patrocinar o clube e inclusive foi possível pagar o salário do jogador através desses parceiros comerciais.
E falando em “era Neymar”, vamos relembrar o que fizeram nossos queridos dirigentes?
Em vez de criarem um apelo comercial para a instituição Santos Futebol Clube, visando um legado daquele time talentoso, os dirigentes foram complacentes ao permitirem que se criasse uma “neymar-dependência” dentro e fora de campo.
E para fechar a coisa com “chave de ouro”, os dirigentes fizeram questão de mostrar ao mercado o que era o Santos pós-Neymar, naquela goleada de 8×0 em Barcelona, em troca de “trinta dinheiros”.
Obs: Na nossa humilde opinião, os responsáveis por aquele “atentado” contra a imagem da instituição, deveriam ser devidamente banidos da vida do clube, mas isso é uma outra história…
Continuando nesta linha de pensamento, se ainda não temos condições de melhorar nossa imagem como fizeram nossos concorrentes (com suas arenas modernas), o que então nos resta?
Na opinião deste blog, os dirigentes deveriam associar a imagem do Santos àquilo que nos diferencia dos outros.
Só o Santos é o time do Pelé, dos meninos da Vila e dos raios que surgem na nossa base, e ainda somos o time que inovou ao trazer o Sampaoli ao futebol brasileiro.
O Santos deveria trabalhar esta imagem a fim a atrair novos patrocinadores, enquanto planeja com seriedade sua entrada no século XXI, através da modernização de seu patrimônio e estrutura. Não dá para fugir disso…
Vamos começar falando da “Festa da Democracia”. Neste sábado o clube promoveu a Assembléia Geral para ajuste do Estatuto, visando a adequação ao PROFUT.
O associado deu de ombros para o processo, apenas 615 compareceram, onde o SIM venceu por ampla maioria: 602×13.
O Blog Soul Santista compreende os que não compareceram ao pleito, afinal uma necessidade sabida desde 2015, foi deixada para a última hora e o associado acabou, mais uma vez, alijado do debate. Um NÃO que poderia significar o ajuste voltar ao CD para nova discussão e, por conseguinte, uma melhora no processo, acabou este NÃO ficando sem sentido pela necessidade, veemente, do SIM.
Este processo retardado acabou mais uma vez gerando um clima de desconfiança, de um lado pessoas defendendo a adequação por necessidade, e de outro, pessoas insinuando tratar-se de um eventual golpe para impitimar o atual presidente. Um clima que poderia ser evitado caso o debate fosse mais amplo e com o tempo de antecedência adequado.
Lamentável também foi a postura do Presidente do clube, primeiro a omissão durante os últimos dias, sequer tivemos um pronunciamento oficial convocando o associado para a AG, afinal, independentemente, dele julgar uma intenção ruim no processo, era inegável a importância do tema. Para fechar com chave de ouro, ele e boa parte do Comitê Gestor sequer compareceu para votar. Antes de qualquer coisa, o senhor José Carlos Peres é o líder e a figura diplomática do clube, sendo inaceitável essa omissão no processo.
Outro fator que ficou escancarado com a presença, pífia, do associado foi a ausência do voto à distância, em plena revolução tecnológica. O associado do SFC ainda tem que abrir mão de sua vida e compromissos, obrigado a deslocar-se até a Vila, assumindo custos e dispendendo tempo para votar fisicamente, onde poderia fazer no conforto de sua casa virtualmente. Os tempos mudaram e o clube precisa mudar.
Mais respeito aos associados é o que prega o Blog Soul Santista!
Sobre o jogo, infelizmente, não há muito que se destacar em termos positivos, exceto destacar alguns erros para que se possa corrigir e seguir trilhando a parte de cima da tabela. O rival mineiro, com gols de Luan e Leonardo Silva, em poucos minutos definiu o jogo, depois só praticou o anti jogo.
A opção foi mais uma vez, abdicar-se de um lateral e jogar com três zagueiros, um deles sem saber se era lateral ou efetivamente um zagueiro. Jogamos com três zagueiros e três atacantes e mesmo assim, defendemos e atacamos com pouca eficiência, falta gente capaz de articular o jogo nesse time.
Difícil dizer quem foi melhor em campo, talvez o Taílson que jogou poucos minutos, mas o pior foi Derliz, seguido de perto por Jean Mota, mesmo assim, esse dois jogaram o tempo inteiro. Os demais também não foram bem. O time mesmo perdendo foi até o final com três zagueiros, talvez receio de levar mais uma goleada.
Enfim, o negócio é recompor-se para enfrentar o clássico no próximo final de semana.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 2×0 SANTOS Local: Estádio Independência, Minas Gerais (BH) Data-Hora: 20/10/2019 -16h. Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN) Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Jean Marcio dos Santks Público/Renda: 21.771 torcedores / R$104.562,00 Cartão Amarelo: Soteldo, Lucas Veríssimo, Derlis González, Luan Peres, Jorge Sampaoli (SAN), Elias, Luan, Otero (CAM) GOLS: Luan, 1’/1ºT (1-0) e Léo Silva, 21’/1ºT (2-0)
ATLÉTICO-MG Cleiton; Guga, Léo Silva, Igor Rabello e Fábio Santos; Réver (José Welison; intervalo), Elias (Cazares; 41’/2ºT), Nathan, Otero; Luan (Maicon; 25’/2ºT) e Di Santo. Técnico: Vagner Mancini.
SANTOS Everson; Luan Peres, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo; Jorge, Diego Pituca, Carlos Sánchez (Evandro; 18’/2ºT), Jean Mota; Soteldo (Tailson; 20’/2ºT), Derlis González e Marinho (Eduardo Sasha; intervalo). Técnico: Jorge Sampaoli.
Pós-Jogo Santos 2 x 1 Ceará ao final do post atual!
Prezados santistas,
Após termos publicado os textos que apresentaram o detalhamento das alterações que serão referendadas no próximo sábado, chegou o momento de apresentar aos nossos leitores, a opinião do Blog Soul Santista sobre o contexto desse momento que o clube atravessa.
Em primeiro lugar, é preciso relembrar qual o objetivo do sócio votar essas alterações do Estatuto.
A exemplo do que ocorre no processo legislativo do nosso País no qual um projeto de Lei (aprovado pelo Poder Legislativo) é entregue ao Poder Executivo para sanção ou veto, algo parecido acontece no nosso clube.
Essa segunda etapa é uma salvaguarda para que uma Lei sempre tenha um duplo grau de aprovação antes de ter vigência.
No Santos, a intenção foi justamente essa quando o estatuto foi criado. O conselho propõe e aprova mudanças no estatuto e o sócio diz SIM ou NÃO.
Mas às vezes, aquilo que se apresenta como algo transparente e democrático, pode conter algumas nuances, as quais, em nome da transparência e da busca pela verdade, o nosso Blog tem a obrigação de apresentar.
Vejam vocês que a Lei do Profut é de 2015, portanto, as mudanças (para adequar o estatuto à Lei) são conhecidas há 4 anos, e o fato do clube ter deixado a coisa para a “última hora”, tira do sócio (moralmente) a opção de devolver a proposta de mudança para novos debates e possíveis correções. Por isso, o SIM deverá prevalecer.
O “moralmente” correto seria essa votação ocorrer, pelo menos, 12 meses atrás, permitindo ao sócio o direito de dizer NÃO, para mais adiante, com as arestas ajustadas, dizer SIM, inibindo assim, essa sensação de muitos sócios de que por trás do movimento, existem interesses, também políticos por parte de determinados grupos que, no momento, são de oposição, ou seja, esse clima de insegurança poderia ser evitado, aliás, deveria ter sido evitado. Não podemos condenar, em nenhuma hipótese, aqueles que ainda não acreditam que tudo não passa de uma adequação à Lei.
Na prática, a coisa é mais ou menos assim:
“Você tem o direito de dizer SIM ou NÃO, mas saiba que se votar NÃO, tendo em vista a falta de tempo, o clube pode sofrer sérios prejuízos.”
No sentido figurado, “colocaram a faca no pescoço do associado para votar pelo SIM”.
Pior. Esqueceram de incluir nessa mudança aquilo que acabaria com o diferente tratamento dado aos sócios à luz do estatuto e que de fato, interessa ao associado.
Pelo atual estatuto, no sentido figurado, o clube possui 3 categorias de sócios (todos pagando R$ 27,00 mensais).
Sócios de 1ª classe (são aqueles que participam plenamente da vida política do clube. Votam para presidente e nas demais assembleias);
Sócios de 2ª classe (são aqueles que votam para presidente na cidade de São Paulo, mas para votar nas demais assembleias, deve se deslocar à sede do clube. Se o cidadão trabalha no sábado e só tem a hora do almoço para ir votar, ele não se sente “convidado” para a tal “festa da democracia”. É mais ou menos como obrigar o eleitor a votar para presidente da república, somente na cidade de Brasília.
Sócios de 3ª classe: são aqueles que moram em outros Estados. Em função da distância impeditiva, podem pagar, mas não podem votar.
Moral da história: o voto à distância nas eleições e demais assembleias é algo bastante aguardado pelo torcedor, e temos convicção que aumentará de forma significativa a base de sócios e a arrecadação do clube.
Outro ponto bastante importante é a revisão do formato das eleições, pois a cada 3 anos, 209 pessoas são eleitas mas o sócio só escolhe 2 de forma direta. Presidente e Vice.
Essa proporção não é algo que podemos chamar de exemplo de democracia.
Paralelamente a essa votação que se aproxima, o silêncio do presidente do clube nos últimos dias (a esse respeito) dá a impressão de que o sentimento é o mesmo daquele que se dirige ao cadafalso, com o povo gritando e celebrando a tal “festa da democracia”. Mais ou menos como se fazia na idade média, quando as execuções ocorriam em praça pública com o povo festejando.
Com relação àqueles torcedores que externaram indignação e inconformismo com essa votação, o Blog entende perfeitamente as preocupações, ainda mais após ter visto um certo advogado de uma associação dizer (em um programa) em alto e bom tom, que a mudança do estatuto é mesmo para afastar o presidente.
Para esses que se preocupam, o Blog tem um conselho:
Existe uma fórmula mágica para o presidente ficar imune às mudanças que serão aprovadas no próximo sábado.
Basta não praticar nenhum ato de gestão temerária, ou qualquer outro ato que se enquadre nas punições previstas pelo novo estatuto. Simples assim.
Lembramos a importância da participação de todos na assembléia, compareçam e votem de acordo com a sua consciência, o clube para adequar-se a Lei precisa do SIM, todavia, quem dizer NÃO e agir de acordo com suas convicções, jamais deverá ser responsabilizado, pois foi alijado do debate e da construção do que está sendo votado.
Boa votação à todos nós e que o SFC saia vencedor neste processo!
PÓS-JOGO
DE VIRADA, SFC BATE O CEARÁ NA VILA BELMIRO
O Ceará assustou, saiu na frente, mas não suportou a pressão do Santos no segundo tempo nesta quinta-feira. Na Vila Belmiro, o Peixe fez um primeiro tempo muito ruim, viu os visitantes marcarem, mas se recuperou na etapa final. A virada saiu dos pés de Carlos Sánchez, que duas vezes cruzou na medida, primeiro para Sasha, depois para Gustavo Henrique, que garantiram de cabeça a vitória e a perseguição do time aos líderes.
A vitória em casa manteve o Santos a dez pontos do Flamengo, o líder da competição. Na terceira posição, o time de Jorge Sampaoli foi a 51 pontos – o Palmeiras é o segundo, com 53 pontos.
Jobson estreia. Até que enfim
O volante, contratado pelo Santos em abril após se destacar no RB Brasil, enfim teve uma chance no time – seis meses depois. Jobson começou a partida como titular, teve participação discreta, tomou um cartão amarelo aos 20 minutos do primeiro tempo e saiu no intervalo para dar lugar a Pará.
Primeiro Tempo
Em casa, o Santos fez um primeiro tempo muito ruim, e o Ceará aproveitou. Logo aos 17 minutos, Lima avançou com a bola e bateu colocado para marcar um golaço. Os visitantes continuaram melhores e quase ampliaram em chute de Pedro Ken. O Santos, que pouco criou, ouviu vaias quando o juiz apitou o final da etapa inicial.
Segundo Tempo
Sampaoli, que iniciou o jogo sem laterais, mudou o time no intervalo: tirou Jobson e colocou Pará. Aos 7 minutos, foi a vez de Jorge entrar. O Santos pressionou e conseguiu empatar logo: aos 10 minutos, Sánchez cruzou e Sasha cabeceou para fazer o gol. A virada também veio de cabeça, aos 38 minutos, também em cruzamento de Sánchez. Desta vez, Gustavo Henrique apareceu no segundo pau e mandou para a rede.
O Santos volta a campo no domingo, quando vai a Belo Horizonte enfrentar o Atlético-MG, às 16h.
Público e renda
A Vila Belmiro recebeu 7.804 torcedores nesta quinta-feira. A renda foi de R$ 305.445,00.
Finalmente saiu a convocação para a realização da AGE (Assembleia Geral Extraordinária) que se realizará na Vila Belmiro (exclusivamente) no próximo dia 19/10.
Bastou isso ser oficializado para que toda sorte de ilações, falta de conhecimento, desinformação, e digo má fé por parte de alguns, ganhassem destaque nas mídias sociais. Por isso resolvi fazer esse texto (e desta forma) para tentar trazer A QUEM ESTIVER INTERESSADO (para quem não estiver, não adianta explicar nada mesmo, pois não estão dispostos a entender), a realidade dos acontecimentos.
Tentarei fazer em forma de perguntas e respostas para facilitar os
tópicos.
1 –POR QUE ISSO AGORA? O CLUBE NÃO TEM NADA
MAIS IMPORTANTE PARA VER? O TIME SOFRENDO OSCILAÇÕES, O PLANEJAMENTO PARA O ANO
QUE VEM SENDO FEITO, DISPUTAS INTERNAS, TUDO ISSO OCORRENDO E ESSES CARAS (CD)
SE PREOCUPANDO COM ISSO?
R:Porque isso é FUNDAMENTAL para o futuro de
nossa instituição.
Em 2015 o governo aprovou a lei 13.155 em 4/8/2015, conhecida como PROFUT, que premiou os clubes que a ele aderissem com a possibilidade de parcelamento e regularização fiscal de tributos em aberto, trazendo como benefício uma redução significativa de seu montante com a redução de multas e juros, além de um prazo extremamente generoso de 20 anos.
O Santos aderiu a essa lei como signatário (ou seja, solicitou o parcelamento de TODOS SEU DÉBITOS EM ABERTO, que em alguns casos remontavam de 1972) e em contrapartida assumiu uma série de compromissos. Um desses compromissos era adequar seu estatuto social de forma que a figura de GESTÃO TEMERÁRIA ficasse sacramentada e regulamentada.
Em 2016 começou-se
a tentar fazer uma alteração estatutária de maneira AMPLA, ou seja,
aproveitando a oportunidade se resolveu alterar outras coisas que não as
simplesmente necessárias. E isso se arrastou por 4 longos anos e até hoje não
se chega a um consenso sobre o que e como deve ser alterado.
Só que o PROFUT
cansou de esperar e intimou o clube a apresentar a alteração em um prazo que
vence neste mês ou seria expulso do programa voltando seus débitos a condição
anterior e sem mais possibilidade de financiamento.
Imagine de repente
o clube tendo um aumento do seu passivo de mais 100 milhões além do que tem
hoje?
Agindo com o bom
senso o ECD resolveu então alterar somente o que a LEI EXIGE, e depois ver as
demais alterações.
POR ISSO E SOMENTE
POR ISSO ESSA AGE EXISTE para cumprir uma determinação legal que levamos 4 anos
para fazer. Qualquer coisa diferente disso É MENTIRA.
2 –ESSA ALTERAÇÃO FOI ARMAÇÃO DO CONSELHO PARA TIRAR O P-CG (Presidente – Comitê Gestor) SEM PASSAR PELA ASSEMBLÉIA DOS SÓCIOS?
R:Não! A alteração feita NÃO alteroude forma algumaos procedimentos para o processo de IMPEDIMENTO já existentes no estatuto anterior.
3 –ENTÃO DE FATO O QUE MUDOU NA PRÁTICA?
R:Ficou caracterizado de forma clara o que é e
como deve ser tratado a GESTÃO TEMERÁRIA, coisa que já existia na LEI
(portanto tínhamos obrigação de cumprir independentemente de estar escrito ou
não no estatuto), e suas consequências e tratamentos.
Creio que a grande
novidade é a POSSIBILIDADE (portanto não é automático) de afastamento
TEMPORÁRIO do gestor acusado enquanto o processo tramita de forma normal com
amplo direito de defesa assegurado.
Isso talvez seja o
que leve a alguns pensar em GOLPE, quando na verdade isso é o que dita a lei,
lembrando sempre que para se chegar a esse ponto existem uma série de ritos e
procedimentos que tendem a eliminar qualquer ranço de cunho político existente.
4 –AFASTAMENTO TEMPORÁRIO E DEFINITIVO, QUEM
DECIDE?
R:O procedimento para isso acontecer é que
sempre deve partir de uma denúncia formal (de Gestão Temerária) por parte do
próprio CG, da Mesa do ECD do Conselho Fiscal ou requerimento formal de
denúncia assinado por ao menos 20 conselheiros.
A denúncia, se
acatada, será levada a plenário para votação onde obrigatoriamente deverá ter
quórum mínimo de 50 % do colegiado (150 conselheiros) e aprovação de ao menos
2/3 dos presentes com direito a voto.
Caso atinja isso, o acusado será AFASTADO TEMPORARIAMENTE de suas funções por até 60 dias, sendo a denúncia encaminhada a CIS para sua apuração com amplo direito de defesa ao acusado.
A CIS deverá emitir
relatório determinando a pena conforme o enquadramento da infração cometida,
que deverá ser levado a aprovação do plenário mais uma vez.
Aprovado a penalidade, haverá dois caminhos:
4.1 – SE O ENQUADRAMENTO FOR NO ARTIGO 68 (JÁ EXISTENTE, PORTANTO SEM NOVIDADE ALGUMA) haverá convocação de uma AGE para que os sócios ratifiquem a decisão, que caso ocorra, o acusado será SUSPENSO POR 10 ANOS não podendo exercer qualquer cargo no clube durante este período.
4.2 – SE O ENQUADRAMENTO FOR NO ARTIGO 16 (TAMBÉM JÁ EXISTENTE, PORTANTO SEM NOVIDADE ALGUMA), o plenário é soberano na decisão, expulsando DEFINITIVAMENTE do quadro associativo o acusado
Chamo a atenção
para que em um caso existe SUSPENSÃO e no outro a EXPULSÃO.
5 –ENTÃO OS CONSELHEIROS PODEM DECIDIR SOZINHOS E TIRAR O P-CG, É GOLPE?
R:Quem assim pensa só mostra um profundo desconhecimento do Estatuto Social em vigor, pois mais uma vez repito, ISSO JÁ EXISTE E NÃO FOI ALTERADO, havendo apenas o complemento de que GESTÃO TEMERÁRIA é um dos motivos para a expulsão do quadro associativo.
Mas só por
exercício de debate vamos supor que um grupo de conselheiros queira realmente
tirar o P-CG a força, PORQUE TERIAM DE MUDAR O ESTATUTO PARA ISSO, se hoje este
mecanismo já existe?
Pegue o exemplo do uso indevido do cartão corporativo onde o atual P-CG é réu confesso, chegando mesmo ao ponto de devolver ao clube alguns valores. ISSO POR SÍ SÓ JÁ É MOTIVO PARA APLICAÇÃO DO Art.16 e expulsá-lo do quadro associativo. NÃO EXISTIRIA AO MENOS NECESSIDADE DE TODO ESSE ESTARDALHAÇO DE ALTERAÇÃO ESTATUTÁRIA PARA FAZE-LO.
Só isso por si só
põe fim de maneira inequívoca nesta teoria de conspiração sem o menor sentido
que corre por aí.
6-O QUE MAIS MUDOU?
R:Foi reforçada a independência do Conselho
Fiscal e sua autonomia garantindo a eles (e a nós sócios) uma liberdade sem
qualquer tipo de interferência em seus trabalhos.
RESUMINDO
*Esta mudança não objetiva tirar o P-CG a força;
*Está mudança não foi feita para esta gestão exclusivamente;
*Esta mudança não é fato político, pois fica difícil imaginar que uma
ação de 4 anos atrás seja encarada como pessoal no dia de hoje;
*O Sócio não foi e nem será alijado do processo;
*O Estatuto não alterou nada mais do que uma simples obrigação legal;
*Não haverá urnas em SP (ou outras praças) porque o Estatuto atual não prevê esta possibilidade e não por GOLPISMO como alguns querem insinuar (LEMBRAM-DE DA VOTAÇÃO DO IMPEDIMENTO?) Também era uma AGE e só teve urna na Vila;
*Esta mudança é URGENTE e mais que NECESSÁRIA SUA APROVAÇÃO para que continuemos a fazer parte do programa de refinanciamento das dívidas.
SAUDAÇÕES ALVINEGRAS
PÓS-JOGO
Santos FC empata contra o Inter – faltou o ímpeto do jogo da quarta-feira passada
Os
primeiros 45 minutos de jogo no Beira-Rio foram de poucas chances de gols. O
Santos passou mais tempo com a bola nos pés e chegou a balançar a rede de
Marcelo Lomba, mas o gol foi bem anulado: Taílson estava impedido. Os dois
goleiros passaram a maior parte do tempo como espectadores numa primeira etapa
morna.
O Internacional foi para cima do Santos no começo do segundo tempo. E conseguiu marcar dois gols, os dois anulados por impedimento claros. Primeiro, Patrick fez, mas o bandeira marcou impedimento de Nico López no início da jogada. Pouco depois, Guilherme Parede saiu na cara de Everson e tocou por cima do goleiro. Os donos da casa continuaram no ataque, mas não conseguiram marcar.
O Santos volta a campo na próxima quinta-feira, às 19h15 (de Brasília) onde joga em casa, na Vila Belmiro, contra o Ceará.
Obs.: No final do texto tem o pós jogo – SFC 2×0 SEP
Por Levi S. V. Soares
A discussão em torno da base voltou a efervescência nos últimos meses na Vila Belmiro. Muitos torcedores do Santos colocam essa tradição santista em xeque, alegando que outros times conseguem ser campeões sem revelar um atleta sequer. Isso é um fato inegável, mas proponho a seguinte reflexão:
Clubes de futebol, tal qual pessoas, possuem uma identidade. Algo que é construído ao longo do tempo, que nos mostra a força do passado, determina o presente e abre um caminho para o futuro. No plano individual chamamos isto de personalidade. Creio que nenhum santista há de discordar que a história do Santos Futebol Clube é intimamente ligada as suas categorias de base.
Sendo este nosso passado, haveríamos como de uma hora para outra tornarmo-nos outro clube? Porque nossa história segue a mesma, para o bem e para o mal. Quis também o destino que a base socorresse o Santos no que provavelmente foi seu momento mais delicado na história, em 2002. Foi da base também que veio nossa terceira conquista da América, em 2011. Os mais velhos lembraram outros pontos mais longínquos de nossa gloriosa história.
Sou, nesse ponto, confesso, bastante determinista. Não podemos fugir ao que somos, ao que nascemos para ser. E o Santos nasceu para ser o time dos “Meninos da Vila”. Muitas vezes nos consola pensar nas possibilidades, e para isso não é raro esquecer de quem somos em favor de fantasias ou sonhos. “E se” dizem uns e outros, as vezes falando mais com desejo do que com o que enxergam na realidade.
O fato é que o torcedor santista tem duas características bem marcantes. A primeira delas é a exigência. Somos uma torcida acostumada a revelar grandes jogadores, como Araken Patusca, Del Vechio Pelé, Pepe, Zito, Clodoaldo, César Sampaio, Robinho, Diego, Neymar, Rodrygo… Paro a lista por aqui para não me estender demasiadamente, e peço ao leitor que releve qualquer esquecimento ou omissão.
Assim, nosso crivo de talento é elevadíssimo, o que muitas vezes se reflete em críticas duras aos meninos da vila. Por isso alguns argumentam que às vezes falta paciência, e isto eu não nego. Basta lembrar o hoje artilheiro do Brasil Gabigol, que sempre foi criticado mas também bancado pelo torcedor santista, mesmo numa carreira não tão vitoriosa. Chegamos, portanto, a segunda característica.
É a paixão pela base. O olho do torcedor santista brilha toda vez que sai na escalação uma prata da casa. Foi assim com Taílson, cuja convocação entre os 11 iniciais foi bastante comemorada e brindada com um belo gol na estreia. Pode ser um novo garoto de destaque? Só o futuro dirá.
O ponto é que o torcedor santista, dada essa paixão, se acostumou ao discurso de que a base resolve.
Falta técnica? Vamos a base.
Falta fôlego? Vamos a base.
Falta inteligência tática? Vamos a base.
Falta material humano? Adivinhem… É um daqueles estereótipos que existem para o bem e para o mal. A torcida do peixe incorporou a ideia de que a base é a panaceia para todos os males do time.
E isto é histórico. Em 2002, quando tudo culminava para uma luta contra o rebaixamento, o inesquecível Emerson Leão bancou a base e terminamos campeões num Brasileirão recheado de equipes fortes. Por estas e outras as vezes é difícil dissuadir o torcedor santista da máxima “a base resolve”.
Além disto, em 2017*, um censo revelou que o Santos contribuiu com 27 atletas de sua base para os elencos profissionais da Série A. 10 dos 20 times que disputam a competição tinham algum Menino da Vila. Por isso as vezes escutamos um certo ressentimento do torcedor quando um jovem talento de nossa base faz sucesso em outros times.
Por isto, nos entristecemos ao ver escândalos entre profissionais que recebem a importantíssima tarefa de cuidar dos Meninos da Vila. Por isto o torcedor perde a paciência quando surge uma safra ruim de jovens jogadores. Hoje, acredito, vivemos uma entressafra sem tantos talentos; mas que já nos rendeu num passado próximo a venda de Rodrygo que deu fôlego financeiro ao clube.
Isto é outro fato: a venda de jogadores é algo extremamente rentável para o Santos Futebol Clube.
A grande questão que coloco ao leitor é:
Vamos nos contentar em ser um mero centro produtor, ou desejamos, como disse uma vez o falecido presidente Laor: manter os artistas e vender o espetáculo?
Cabe a nós, torcedores, avaliarmos nossas crenças sobre a base, sobre como tratamos e cobramos os meninos da vila.
Por fim, uma pergunta não pode ficar sem resposta:
Finalmente, mesmo desfalcado de algumas peças, nosso Glorioso conseguiu se impôr diante do, milionário, elenco do nosso rival alviverde.
Com uma atuação sólida e maiúscula, o alvinegro dominou, totalmente as ações da partida, ditando o ritmo de forma inteligente e madura. Com posse de bola e transições rápidas, o rival parecia tonto e ao mesmo tempo nocauteado ao longo do jogo.
No primeiro tempo, o time de Sampaoli fez o que o treinador gosta, muita intensidade e velocidade, marcação alta e ousadia, o que trouxe resultado em jogadas de profundidade e ocupação de espaço. Após cruzamento, Gustavo Henrique penetrou e fuzilou de cabeça as redes e, pouco depois, após rápida jogada, a bola apresentou-se para o chute de Pituca e rebote para um, ligadíssimo, Marinho concluir e colocar números finais ao primeiro tempo.
No segundo tempo, surpreendentemente, vimos, como raras vezes, o time do Sampaoli atuando de maneira cerebral, controlando o jogo e sem se expor, mesmo quando teve uma a mais, o resultado foi “zero” chance ao time rival.
Grande vitória e que nos mantem vivos na parte de cima da tabela, agora na vice liderança. Que esta nova maneira de atuar, amadureça e torne-se uma constante, afinal, futebol precisa de equilíbrio.
Para fechar, e o Tailson? Mais uma boa atuação, provando que mesmo no caos implantado na base, temos alguns talentos para aproveitar.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2 x 0 PALMEIRAS
Data: 9 de outubro de 2019, quarta-feira – 21:30HS Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos-SP Árbitro: Flavio de Souza Assistentes: Danilo Manis (Fifa) e Neuza Back (Fifa) Público: 11.408 pagantes — Renda: R$ 592.000,00 Cartões amarelos: Carlos Sanchez (SAN): Felipe Melo, Carlos Eduardo (PAL) Cartão vermelho: Willian (PAL) Gols: SANTOS: Gustavo Henrique, aos 12 minutos do 1º Tempo, e Marinho, aos 17 minutos do 1º Tempo
SANTOS: Everson; Pará, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique e Jorge; Diego Pituca, Carlos Sánchez e Jean Mota; Marinho, Tailson (Lucas Venuto) e Eduardo Sasha – Técnico: Jorge Sampaoli
PALMEIRAS: Jailson; Marcos Rocha, Luan, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa (Zé Rafael); Dudu, Willian e Luiz Adriano (Carlos Eduardo) – Técnico: Mano Menezes
NOTA DO BLOG SOUL SANTISTA!: Que fique claro para a diretoria do SFC que vale o investimento nas revelações das categorias menores do clube, mas isso quando feito com seriedade, o retorno é mais rápido
Abaixo, material do Globoesporte:
Num
jogo em que o Vasco foi melhor no primeiro tempo, mas não aproveitou, o Santos
foi cirúrgico no início da segunda etapa e venceu por 1 a 0 com golaço do
estreante Tailson.
Primeiro Tempo
O primeiro tempo teve o Vasco como protagonista, com bola no travessão e um pênalti desperdiçado. O Santos até começou bem, porém o time se acertou e conseguiu fazer várias jogadas. Talles Magno, que esteve bem na etapa, finalizou duas vezes para fora.
Aos
38 minutos, Rossi teve oportunidade em pênalti sofrido por ele mesmo. Bateu
mal, e Everson não teve dificuldades para defender.
Segundo Tempo
No
segundo tempo, o gol saiu rapidamente em uma jogadaça. Com participações pelo
meio conforme orientação de Sampaoli, Victor Ferraz e Jorge iniciaram o lance.
Soteldo cruzou, Evandro deu lindo passe, e Tailson, o estreante, soltou a
bomba. Golaço.
O
Vasco sentiu o golpe e caiu demais. O Santos, por sua vez, soube administrar a
vantagem e pouco sofreu mesmo após a expulsão de Evandro, aos 33 minutos do
segundo tempo.
Menino da Vila decide
Estreante
da noite, Tailson substituiu Marinho e não fazia grande partida até marcar.
Quando teve a oportunidade, não desperdiçou e fez um golaço. Completou grande
jogada que passou pelos pés de Victor Ferraz, Jorge, Evandro e Tailson.
Próximo Jogo
O Santos, terceiro colocado com 44 pontos, faz clássico com o Palmeiras, na Vila Belmiro, às 21h30.
Como uma de nossas premissas é, também, denunciar procedimentos abusivos e que prejudiquem o torcedor, desta vez vamos abordar um tema que vem pesando no bolso do Santista, e o vilão atende por “taxa de conveniência”.
Definição de taxa de conveniência: Enganar e abusar do consumidor.
Enquanto a sociedade, vai aos poucos, vencendo a batalha contra a cobrança a abusiva, o que faz o nosso SFC? Faz, exatamente, o contrário e taxa em 10% o seu torcedor e associado. Cobrar essa taxa do torcedor em geral já é uma acinte, mas cobrar também do seu sócio? Cobrar do camarada que já paga o clube todo mês, muitas vezes sem usufruir de nada e esperando o grande momento que é um jogo, tal ação é incompreensível e injusta.
Um dos motivos para um torcedor tornar-se sócio é adquirir relevância, prioridade, comodidade e benefícios, mas em nosso plano de sócios a coisa funciona ao contrário, o camarada ao invés de “premiado”, é “taxado”.
Mas afinal, por qual razão cobrar a taxa pela venda online? Vamos imaginar as alegações do clube: Custo – Essa não cola, a venda física é muito mais onerosa que a virtual. Logística – Essa cola menos ainda, na venda online a movimentação é apenas virtual. Custo com a terceirização da venda – Digamos que, sem se aprofundar, essa até colaria, porém, aprofundando-se no assunto, a economia gerada pela redução da venda física paga e com sobras qualquer serviço virtual, exceto é claro, se o serviço contratado estiver super faturado, o que não podemos afirmar ser o caso do SFC;
Mais uma coisa que nos chama atenção, a cobrança dobrada. O torcedor vai se perguntar: mas se eu pago a taxa de conveniência somente uma vez, como a cobrança é dobrada? Este é apenas mais um ponto obscuro no universo do futebol, pois no borderô de cada partida é debitado um valor, muito expressivo por sinal, referente a taxa de emissão de ingressos, ou seja, a operadora contratada para cuidar dos ingressos do clube cobra duas vezes, do torcedor (na compra) e do clube (na emissão). Vamos exemplificar, o jogo contra o Fortaleza: R$ 9.195,90 foram cobrados a título de “emissão de ingressos” no borderô. R$ 3,00 em média de cada torcedor como taxa de conveniência, com um público de 12.500, é possível concluir que R$3 x 12500 = R$37.500 foi o valor cobrado. Quase R$ 47.200,00 foram cobrados por um único evento, pasmem, se tem um negócio bom no futebol, é a gestão de ingressos!
No epilogo e após tudo o que foi explicado acima, fica evidente que o torcedor e associado estão sendo lesados com taxas abusivas. Afinal, se o clube paga pela emissão, por qual razão o torcedor paga? Se o clube economiza sem a venda física, por qual razão o torcedor paga ao invés de obter descontos? Digamos que a resposta seria, é a “vantagem de ser apaixonado”.
Para traçar um paralelo, alguém já se perguntou por qual razão o usuário paga pelo serviço do pedágio expresso nas Rodovias? Imaginem quantas cabines de pedágio e quantos funcionários (em 4 turnos) seriam necessários para viabilizar a cobrança da frota de veículos na Ecovias por exemplo, difícil até de calcular a economia que se tem com a passagem eletrônica, mas ao invés da Concessionária custear a operadora da passagem expressa, quem paga é o consumidor, ou seja, a concessionária economiza com a operação e nós pagamos a operadora que propicia a economia operacional;
Para finalizar, outro benefício que foi retirado do sócio foi a vantagem de em jogos de menor importância passar o cartão na catraca e pagar posteriormente. O Clube justifica ser em razão da inadimplência, ok, é um argumento válido, mas e aqueles que sempre pagaram em dia? Esses serão tratados da mesma forma que o inadimplente? Absurdo! O clube deveria retirar o benefício apenas daqueles com histórico de inadimplência, premiando assim os bons pagadores, e também não cola argumentar que seria difícil operar isso, afinal qualquer sistema hoje é capaz de automatizar essa tarefa. Mas, enfim, é mais simples tratar o Rei como Plebeu;
Após o belíssimo resultado na tarde deste domingo ante o poderoso CSA de Alagoas, começamos este post com uma análise do momento do Santos, no sentido macro.
Pois não adianta reclamar em derrotas, e achar que tudo é uma maravilha após uma vitória de 2×0 em casa.
Ultimamente, toda vez em que Santos tem um resultado adverso, começam a surgir teorias da conspiração para tentar dar sentido a algumas crenças.
Por exemplo. Como dar sentido à crença de que a Vila Belmiro é um caldeirão, enquanto o Santos toma uma surra de 3×0 ante o Grêmio, o cede o empate contra o Fortaleza após um 3×0 no placar?
É por isso que começam a surgir teorias mirabolantes sobre problemas de vestiário, e/ou salários atrasados.
Me digam se tem algum sentido lógico dizer que o problema do Santos é financeiro, e ao mesmo tempo, dizer que não precisa o time jogar em estádio grandes que daria uma boa bilheteria?
Ou então que o torcedor da Grande SP é desmotivado e que não comparece ao estádio, no momento em que a Vila recebe um público digno de série D (6.615 torcedores) em uma tarde ensolarada e aprazível, enquanto o time está terceiro no campeonato brasileiro?
Com todo o respeito, isso é fazer chacota com a inteligência alheia. Por isso, a intenção deste post é o de convidar os leitores a analisar as coisas de uma forma realista.
1º Justificar jogos na Vila dizendo que o desempenho no Pacaembu foi sofrível e que a Vila faz a diferença.
Começamos dizendo que o fator que faz o time ganhar empatar ou perder, não é o está no concreto do estádio, mas sim na qualidade do time ante seu adversário.
Vejam que basta o time enfrentar um CSA (que vem de derrota por 6×2) que o Sampaoli não perde o vestiário e que não há mais salários atrasados.
Moral da história: o público dos jogos depende do momento do time, adversário enfrentado e política de preços de ingressos, e a vitória é construída a partir da qualidade do time.
Não adianta pegar um momento péssimo do time, ante um time inexpressivo (ou um jogo sem maiores atrativos), e esperar 39 mil pessoas no Pacaembu e uma renda de 2 milhões de reais.
Ou então, no primeiro tropeço do time no Pacaembu, dizer que a culpa é do estádio.
Jogar no Pacaembu é para ter renda e não para “garantir vitórias”. E renda se obtém em jogos estratégicos e bem planejados.
O histórico nos ensina que não adianta pegar um Atlético MG no Pacaembu pelas oitavas da Copa do Brasil, aumentando o preço do ingresso sem mais nem menos, e esperar casa cheia.
O resultado foi visto nesse ano. 15 mil pessoas no estádio, para delírio dos críticos ao Pacaembu.
2º O que esperar desse time no campeonato, após esta vitória por 2×0?
Na opinião deste blog, apesar de ter gasto 70 milhões de reais em contratações, o Santos está fraco pois consegue se impor no máximo ante times como CSA, Avaí, Chapecoense e Goiás, e quando pega um time forte ou minimamente qualificado, sofre muito.
Vejam vocês que na última quinta-feira, enfrentamos um Fluminense no fundo do poço e com jogador expulso, e mesmo assim não conseguimos superá-los.
Portanto, ao que tudo indica, o negócio é se segurar em 2019 e 2020, enquanto rezamos para que ocorra uma profunda reformulação dentro e fora de campo a partir de 2021.
Para finalizar, mais uma vez vemos através da imprensa o Santos “pedindo” para arrumar um atrito com um atleta, com essa ideia de querer suspender o Cueva por conta de um problema pessoal do atleta em um dia de folga.
Já perdemos de graça alguns atletas por conta de problemas internos: Leandro Damião, Mena, Zeca, Aranha, Arouca, Lucas Lima, e estamos na iminência de perder o zagueiro Gustavo Henrique da mesma forma.
Todos esses atletas poderiam ter sido negociados, para ao menos, minimizar os prejuízos do clube.
No caso do Cueva, a coisa está a um passo de vermos a justiça liberando o atleta de graça, com o Santos tendo de pagar os milhões de dólares da sua contratação junto ao time russo.
O que parecia uma noite de Soteldo, acabou em tango e dos bem trágicos. Afinal, ficamos 10 pontos atrás do líder, e de pensar que algumas rodadas atrás o Flamengo tinha 5 pontos de desvantagem.
Procurar explicações é o mesmo que andar em círculos, o fato é que o time alcançou uma performance durante o campeonato que, sendo honesto, nenhum Santista imaginou antes de começar, mas o fato, é que o campeonato é longo, quem oscilou no começo teria chance de melhorar e quem vinha bem teria chance de cair, enfim, o cenário é esse, infelizmente, estamos em queda livre.
Nas temporadas anteriores o Santista reclamava muito de empenho, fomos obrigados a ver em campo jogadores sem foco ou vontade como Zeca, Yuri, Lucas Lima e Bruno Henrique, mas neste ano, o time corre, se esforça, luta muito, se expõe, mas uma coisa no futebol é certa, tática, disposição e intensidade vence jogos, mas não campeonato, precisa ter um algo mais.
Precisa ter bons meias no elenco, pois no setor pensante da equipe temos um Alison, que não passa de um bom marcador, Pituca e sua irregularidade, Sanchez, que podemos dizer, ser um herói, pois, claramente, é sobrecarregado, Evandro que é um cliente do DM e Cueva que nem dá para comentar. Como ser dominante sem pensar o jogo? Como controlar o jogo sem pensar com a bola nos pés? O SFC não consegue ser dominante, menos ainda controlar um jogo, é um time que corre, transpira, mas não pensa.
Hoje jogando, parte do jogo, com dois homens a mais mostrou a falta que faz jogar sem bons meias, 11×9 e só vimos uma correria desenfreada. Coragem? Isso não falta ao Sampaoli, pois manda zagueiro virar centroavante, mas isso não basta, falta pensar, construir e controlar o jogo.
Que esses tropeços sirvam de lição, se existir alguma janela aberta no mercado, a diretoria precisa se mexer e trazer algum bom jogador para tentar salvar o ano.
Por falar em diretoria, fora o nosso time atingir o seu limite, alguns rivais aproveitaram a janela de meio de ano e se reforçaram, o resultado estamos vendo em melhora da performance, tem que caçar no mercado um jogador que possa articular e dar ritmo nessa correria maluca que nosso time impõe.
Sobre o jogo de hoje, não há muito o que falar, apenas tirar o chapéu para o Soteldo, que GOLAÇO!!! Quanto ao Veríssimo, deu azar, mas esse tem crédito, fosse o Aguilar o Blog fecharia para balanço…
FICHA TÉCNICA – FLUMINENSE 1 X 1 SANTOS
Data: 26 de setembro de 2019 – 20 HS – Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ) Árbitro: Wilton Pereira Sampaoli (GO) Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Guilherme Dias Camilo (MG) Público e renda: 11.032/R$ 141.015,00 Cartões amarelos: Fluminense: Yuri e Allan. Santos: Alison, Diego Pituca e Marinho Cartão vermelho: Fluminense: Digão. Santos: Marinho
GOLS: Fluminense: Lucas Veríssimo (contra), aos 47 minutos do 1T; Santos: Soteldo, aos 39 minutos do 1T.
FLUMINENSE: Muriel, Gilberto, Nino, Digão e Caio Henrique; Yuri, Allan, Ganso (Daniel) e Nenê (Frazão); Yony (Wellington Nem) e João Pedro Técnico: Oswaldo de OliveiraSANTOS: Everson, Lucas Veríssimo, Felipe Aguilar (Victor Ferraz) e Gustavo Henrique; Derlis González (Carlos Sánchez), Alison, Diego Pituca e Felipe Jonatan; Eduardo Sasha, Soteldo e Uribe (Marinho) Técnico: Jorge Sampaoli
Primeiramente, ao contrário do que sugere o texto, nosso SFC levou uma surra em plena Vila Belmiro diante do Grêmio.
Ao falar sobre alavancagem, faz-se necessário deixar claro que não estamos malucos. Alavancagem é um termo usual, principalmente, no mercado financeiro, que significa operar além da sua realidade financeira, ou seja, ser, extremamente, agressivo e ousado.
Nosso SFC é o reflexo do que acontece quando uma operação alavancada dá errado, primeiramente, no aspecto bola e campo e isso foi o que vimos hoje na Vila. Começamos o jogo num 4-3-3 e jogamos bem até os 30 minutos, agredindo, marcação alta, etc, perdemos gols e sem dosar o ritmo, e fruto do campo pesado, o time começou, perigosamente, a cansar e dar ao campo ao organizado time gaúcho, já no final do primeiro tempo não levamos o gol por milagre.
No segundo tempo, a coisa não foi diferente, o time mostrava-se dependente do Soteldo, aliás, como ele faz escolhas erradas, é incrível, mas fomos atacando como um boxeador sem gás até que, o pior aconteceu, sofremos um gol de jogada casual e sorte do rival. Era o momento de tentar reorganizar o time e retomar as ações do jogo, eis que entrou em cena o “Mestre da Alavancagem“, o treinador argentino ativou o “modo Sampaoli”, trocou Marinho por Uribe, depois Luis Felipe por Felipe Jonathan e finalizou com Sanchez por Venuto, o time, na prática ficou num, horroroso, e sem sentido 3-3-4.
Para complicar naquela altura o time já mostrava falta de força e perna e aqui entra a Alavancagem, um time, exposto e desorganizado apenas com o objetivo de atacar sem medir consequências, mas acima de suas possibilidades técnicas e até físicas, pois ficamos com 3 laterais em campo, com um zagueiro, dois centroavantes e nenhum meia ofensivo, tudo isso diante de um adversário muito bom e organizado, claro que só podia acabar em tragédia, não agredimos com eficiência e demos campo para um massacre nos minutos finais, consequência, 3×0 e podia ser mais!
Segundo aspecto, gestão do clube, o SFC opera suas finanças também de forma Alavancada, além de sua realidade financeira, pois nosso gasto não condiz com a receita, montamos um time caro e que, acreditem, tem carência de meias, mas tem um festival de atacantes. O clube mostra operar em Alavancagem quando escolhe jogar na Vila ao invés do Pacaembu, imaginem estes últimos 4 ou 5 jogos de ingressos esgotados atuando no Pacaembu ou Morumbi, deixamos uma arrecadação de R$8, 10 ou até 15 milhões para ficar com R$2 milhões na Vila.
E agora Sampaoli, Ferraz, Gustavo Henrique e outros que fazem juras de amor a Vila Belmiro, vocês vão pagar a conta por não querer jogar em SP? Qual destes vai pagar este R$10 milhões de diferença? E o presidente, vai tirar do bolso por ter pipocado diante de um elenco mimado? Quantos novos sócios deixamos de angariar nesse período de topo de tabela que abrimos mão por uma escolha bairrista? Tudo isso é reflexo de um clube que opera alavancado dentro e fora de campo.
No epilogo, o SFC segue pagando a conta!
FICHA TÉCNICA – Santos 0 x 3 Grêmio
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP) Data: 21 de setembro de 2019 (sábado) – 21hs Árbitro: Paulo Roberto Alves Jr (PR) Assistentes: Ivan Carlos Bohn e Rafael Trombeta (PR) Público e renda: 10.898/R$ 476.877,00 Cartões amarelos: Santos: Jorge Sampaoli e Soteldo; Grêmio: Diego Tardelli, Michel e Everton
GOLS
Grêmio: Luan, Pepê e Everton, aos 9, 41 e 47 minutos do 2T.
Santos: Everson, Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Luiz Felipe (Felipe Jonatan) e Jorge; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez (Venuto); Marinho (Uribe), Soteldo e Eduardo Sasha Técnico: Jorge Sampaoli
Grêmio: Paulo Victor, Galhardo, David Braz, Kannemann e Cortez (Juninho Capixaba); Matheus Henrique, Michel e Luan (Pepê); Alisson, Everton e Diego Tardelli (Thaciano) Técnico: Renato Gaúcho