Santos F. C. e o modelo centralizador

Caros santistas,

Desde que a atual administração assumiu o clube, temos notado que a mais marcante característica do gestor vigente é a centralização do poder , cujo modelo, no meu entender, explica a lentidão e a extremamente confusa forma de tomar decisões.

Alguns exemplos são o mal estar do presidente com o treinador que saiu, a dificuldade extrema de fechar negócio com atletas na maioria das ocasiões, a saída de componentes-chave (como o gerente recrutado para cuidar do futebol no início da gestão e os membros do comitê), e a comparação com os demais clubes, que, durante e após a copa, e no atual estágio aquecido do mercado do futebol, rapidamente apresentaram novos reforços.

Neste exato momento a gestão demonstra toda a sua esterilidade operacional, tornando a contratação de atletas e respectiva venda de outros um verdadeiro calvário, expondo o nome do clube de forma muito negativa perante a mídia.

Por que no Santos tudo é lento, confuso, difícil de compreender, penoso e recheado de labirintos?

Ao que tudo indica absolutamente todas as tomadas de decisão precisam passar pelo crivo da presidência, e a impressão que temos é a de que os subordinados (mesmo aqueles de alto escalão) representam pouca ou nenhuma liberdade quanto a processos decisórios.

Ao que parece, não há planejamento, fluxograma, metas estabelecidas e prazos para concluir projetos.

É válido observar que esse modelo antiquado provavelmente era praticado pelas inúmeras administrações anteriores, também.

O sistema adotado, preocupante e estático, no mundo atual, onde as decisões são ágeis e sempre há a ameaça da ação da concorrência, foi abandonado por gestores há muito tempo.

Já no pós- 1ª guerra, os empresários notaram que necessitavam de ‘chefes de setor’, pois era cada vez mais problemática a continuidade do processo de produção sem que se adotasse um modelo descentralizador. Assim, surgem as hierarquias e passa-se a valorizar o conhecimento técnico do indivíduo, o tempo e o movimento da ‘linha de produção’, visto que a preocupação com os resultados se tornava cada vez maior, devido ao receio de comprometer a performance da empresa e sua própria continuidade.

Além disso, há outro componente fundamental no bom andamento de um negócio ou empreendimento: o das relações interpessoais. O ambiente de trabalho é composto, também, do aspecto emocional, não somente o racional, visto que estamos a lidar com pessoas (a confiabilidade e a motivação são subjetividades muito relevantes quanto à atuação de todos os envolvidos nesse processo. São quesitos diretamente proporcionais à relação que o superior tem com seus comandados). Ou seja, a centralização das decisões gera desinteresse motivacional por parte dos funcionários.

Tudo leva a crer que alguns dos funcionários-chave ligados à presidência, inclusive membros do comitê gestor, se afastaram justamente por causa desse modelo castrador, que ignora a perspectiva multidisciplinar das tomadas de decisões.

O clube necessita, urgentemente, tornar-se uma organização do século vinte e um, ágil, moderna, que adote o sistema multidisciplinar.

E, ainda, que efetue contratações de funcionários via recrutamento e seleção dos mais aptos, expulsando de vez a prática nada ética da barganha, da permuta. Essa última observação merece, inclusive, um capítulo à parte.

*Colaborou: Flávio Augusto.

 

            Siga o Blog Soul Santista!

Site:  https://www.blogsoulsantista.com.br

Twitter: //twitter.com/SantistaBlog

Facebook: https://www.facebook.com/blogsoulsantista/

https://www.facebook.com/groups/blogsoulsantista1/

https://www.facebook.com/groups/blogsoulsantista2/

E-mail: admblogsantista@gmail.com

Instagram: /blogsoulsantista

WhatsApp (Sugestões, Dúvidas e Reclamações):  (13) 98140 9005

  • Ajude o seu time do coração, seja Sócio do SFC:

https://www.sociorei.com.br/adesao

  • Parceiros do Blog Soul Santista!: 

Resenha Show dos Esportes (BA) 

http://www.resenhashowdosesportes.com