Melhores Momentos – SFC 6×1 Mauaense

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Quem vai vencer o clássico Santos FC x Palmeiras

Pessoal, quero falar um pouco de alguns jogadores do sub 20, pensando ou projetando como eles poderão ajudar o time profissional no futuro. Não pretendo descrever o jogo em si e recomendo para isso o Diário do Peixe ou alguns perfis do Twitter como do Wander ou do Renan.

O Santos enfrentou um time fraco física e tecnicamente. Encontrou facilidades para ganhar de 6 a 1. Isso deve ser levado em conta nas observações, mas vale ressaltar que o time parece bem comandado pelo técnico Orlando Silva, marcando mais alto e com bastante troca de passes e intensidade. Isso ajuda na formação dos atletas.

O principal destaque para mim foi o Ivonei. Correu o tempo todo, presente no ataque e na defesa. Encostou algumas vezes no lateral Pedrinho para criar jogadas na esquerda, fez lançamentos e bons passes. Estava atento e foi premiado com um gol de cabeça no final em que pulou bastante na pequena área para cabecear no último gol santista.

Está claro que não foi tão bem no profissional e que precisava completar sua formação. Acho que é um jogador para se trabalhar com carinho em 22 e que, evoluindo como está, poderia integrar o profissional em 23. Novamente, a principal crítica que se fazia a ele, intensidade, não caberia nesse jogo. Espero que continue evoluindo, pois tem uma qualidade no passe que poucos têm.

O lateral esquerdo Pedrinho marcou bem e construiu jogadas no ataque pela esquerda no 1 tempo. Tem um bom controle de bola, sabe construir jogadas por dentro (Lucas Pires joga mais junto da lateral). Outro que deve evoluir em 22 para se cogitar ser reserva do Lucas Pires em 23. Claro, querendo renovar.

Derrick fez uma partida segura quase todo o jogo. Houve um erro no final da zaga com 5 a 0, um relaxamento natural até mesmo em um ou outro lance do segundo tempo. Mas ele me pareceu seguro ao ser exigido.

Derrick consegue passes para sair da defesa. Novamente era bem mais forte que os jogadores do adversário, mas deve servir para compor elenco em 23, sendo a 5º ou 6º opção da zaga. Vale lembrar que Velasquez e Luis Felipe tem contrato até o final de 22 salvo engano e não duvido que o jogador a ser vendido em 22 possa ser o Kayke. Dos zagueiros do sub 20, acho o mais pronto para compor o elenco profissional em 23. (Jair é bem bom, mas é novo. Seguraria mais)

Renyer foi discreto, jogou mais pela direita, mas segue fazendo gols. Fez mais um. Outro que teve contusões sérias. Com seus 19 anos, está aprendendo a jogar mais na boa, perto da área, até porque a grande explosão que tinha caiu com as contusões. Sabe jogar e o que fazer com a bola. Canhoto, o que facilita alguns lances ao jogar no centro ou mesmo mais na direita. Continuar o monitorando. Orlando parece estar fazendo bem para ele.

Cadu lateral direito entrou no 2º tempo. Apareceu algumas vezes, mas foi mais discreto que Pedrinho por exemplo. Foi dele o precioso cruzamento na cabeça do grande e goleador Jair para o gol de cabeça do garoto de 16 anos (salvo engano). Cruzamento na medida, dos que nossos atuais laterais na direita no time profissional não costumam fazer. Cadu teve algumas contusões que o atrapalharam e isso tem que ser levado em conta, precisa de mais jogos, jogar e se soltar novamente. Fortalecer o corpo.

Mas, mas, acho improvável que o Santos consiga contratar dois bons laterais direitos para o time em 23. De repente, a depender da evolução em 22, pode ser o reserva em 23 do time principal, mas precisa ainda se apresentar mais, não obstante sua obvia qualidade técnica. Tem mais potencial, a meu ver, que os atuais laterais do Santos pela direita.

Patati entrou no 2 tempo. Não sei se o técnico Orlando está fazendo trocas ou testes simplesmente ou decidiu o colocar no banco de fato. Claramente é o mais driblador do time e depois do Angelo parece ser o jogador mais capaz de quebrar linhas, ou seja, driblar o adversário e avançar com a bola para criar chances mais claras no ataque. Fez alguns bons dribles. Achei por outro lado que errou uns passes, precisa trabalhar alguns fundamentos ainda. Não acho que esteja pronto para subir ainda em 22, mas tem talento e bem trabalhado pode subir em 23.

Há outros jogadores que talvez merecessem uma menção, e com o tempo vou tentar fazer isso.

O ponto é que o sub20 propõe jogo, marca, tem intensidade. Mais vistoso de ver que o profissional dos últimos 10 dias. O novo técnico Orlando Silva parece que foi uma escolha boa para desenvolver vários dos garotos.

FICHA TÉCNICA – SANTOS FC 6 X 1 MAUAENSE

Local: CT Rei Pelé – Santos (SP) – Data: 25/05/22 – Horário: 15h
Árbitro: Tarciano José de Lima
Assistentes: Bruno Henrique Mascarenhas Moura e Bruno de Oliveira Ferreira
Cartão Amarelo: (MAU) Guelo e Lucão
Gols: (SFC) Victor Michell, aos 5′, Renyer, aos 7′, Derick, aos 40′ do 1°T, Kaio Henrique, aos 17′, Deivid, aos 24′ e Ivonei, aos 45′ do 2°T; (MAU) Anderson, aos 42′ do 2°T

Santos FC: Edu Araujo; Thiago Balieiro (Cadu), Derick (Yalle), Jair e Pedrinho (Diogo Correia); Rafael Moreira (Weslley Patati), Zé Rafael (Hyan) e Ivonei; Fernandinho (Kaio Henrique), Victor Michell e Renyer (Deivid). Técnico: Orlando Ribeiro
Mauaense: Kawe Emannuel; Ricardo, Lucão, Guelo e Gui Lemos (Rodrigo di Pol); Luizinho; Mineiro (Lucas PG) e Luan (Pedro Goiano); Fabrício, Romarinho e Anderson. Técnico: William Silva

Colaborou: Ramom Rotta (@Ramomrotta)

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Análise Pós jogo – SFC x Palmeiras


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A ideia desse texto é refletir sobre o depto de futebol e procedimentos ou processos de contratação da atual gestão, com ênfase em 2022.

Antes de tudo, gosto de fazer os eventuais “disclaimers” ou as minhas limitações e posições. Não sou jornalista e as opiniões se baseiam precipuamente no que se torna público do Santos. Minha opinião se pretende de um torcedor que adora acompanhar o Santos (com regularidade, afeto e uma tentativa de atenção grande)

Além disso, não tenho como propósito queimar e detonar jogadores, falar que X ou Y são uns “mer…”. Entendo que estamos falando de pessoas, com família, contas para pagar e que, por motivos conjunturais (momento) ou estruturais (capacidade técnica e tática por exemplo), podem não se encaixar bem no Santos.

Além disso alguns podem se recuperar, eles não apontaram uma arma para serem trazidos e, como são ativos do Santos, quero que o time consiga as melhores condições de venda ou empréstimo para os que não se encaixam no Santos.

Isso não quer dizer que não vou expressar defeitos. Claro que no calor dos jogos eu xingo. Mas aqui não quero ofender, em resumo.

Ah, e por fim, todos sabem que eu acho que o Santos está no caminho correto em geral e que alguns erros são parte dessa mudança, notadamente em 2021. São erros honestos. Mas há erros importantes sim que o Santos não poderia ou mesmo deveria mais cometer.

Vamos para o ano de 2021, começo da gestão.

Clube em caos de fluxo de caixa, TRANSFER BAN, jogadores irritados com atrasos….

A gestão que entra, até por um motivo de custos acho eu, decide demitir o então diretor de futebol, Ximenes, que de fato estava no clube há pouco tempo. As informações que saíram dão conta de um distanciamento do Ximenes com a comissão técnica e os jogadores, bem como a intenção da nova diretoria em reformar a forma de trabalhar do departamento. Na mídia mais especializada do Santos havia muito mais desaprovação do que aprovação com o nome, a meu ver.

O ponto não é a demissão em si, mas a resposta: decide-se deixar o comando do futebol mais ligado a um membro do CG na época e não se altera substancialmente o resto da estrutura. À época eu mesmo entendi que podia ser algo bom, confesso, mas o tempo mostrou que isso foi um primeiro erro. Muitos analistas criticaram esse movimento (não o Quaresma, mas a falta de um profissional dedicado)

O tempo mostrou que futebol precisa de presença constante, uma linguagem própria e uma dedicação profissional. São muitos os problemas e decisões diárias. São muitas as pressões. Acho que, se tivéssemos desde o começo um diretor profissional todo dia dentro do clube, esse indivíduo poderia e deveria ter feito um diagnóstico mais rápido da estrutura do depto e começado a mexer. Inclusive a projeção, pelo depto, da contratação de jogadores em função de carências claramente identificáveis se a situação do Santos saísse do abismo. Perdeu-se um tempo.

Mas reitero, eu à época, muito identificado com a necessidade de custos, defendi a medida (ao contrário da maioria dos integrantes do BSS). Por outro lado, sempre coloco em perspectiva: o mundo estava desabando para o Santos. Eram muitas as tarefas que deveriam ser tocadas simultaneamente e havia um diagnóstico da necessidade urgente de se cortar custos.

Talvez esse mesmo argumento sirva para demonstrar a necessidade de um bom profissional totalmente dedicado ao depto para dar tranquilidade e gastar de forma mais precisa com o futebol. De fato, pode ter havido uma confiança exagerada à época da então nova gestão de que eles conseguiriam tocar o futebol mais diretamente. Mas o futebol mostrou que tem suas linguagens e códigos.

Salvo engano, o então coordenador da base Jorge Andrade assumiu um papel de maior relevo, mas não como “O Empoderado” para responder pelo depto.

Fato é que por motivos alheios à vontade das pessoas do CG, o espelho do CG que iria olhar o futebol teve problemas pessoais e teve que se ausentar do clube. Isso tudo somado a zona do momento me parece que atrasou a necessidade de se diagnosticar o que se precisava e as pessoas que estavam no depto de futebol, as insatisfações, jogadores…

No final de 21 e começo de 22, por exemplo, veio à tona que os profissionais do departamento de inteligência sairiam do clube. Talvez isso pudesse ter sido percebido antes, perdeu-se tempo novamente.

Veio a tragédia do campeonato paulista de 2021 com as necessárias vendas de jogadores e a impossibilidade de se contratar jogadores. Como resposta ao longo do Brasileiro e após o fim do transfer ban (não lembro mais precisamente a ordem dos acontecimentos) o Santos vem com uma política de contratação de jogadores baratos e com pouco espaço nos seus clubes, somada ao desligamento do membro do CG.

O que passaria também a chamar a atenção seria a aprovação de cada jogador pelo CG, o CG opinando nome por nome para aprovar a contratação. Talvez o melhor seja ter um orçamento e o depto de futebol com o Presidente a aprovar.

Nesse situação de 21, antes e durante o Brasileiro, chegaram jogadores pouco conhecidos no Brasil que jogavam no exterior e jogadores de times brasileiros que não estavam sendo aproveitados. Um pouco mais adiante, a contratação de um homem do futebol, o Mazuco (hoje no Botafogo).

O resultado de tudo isso foi um time instável no Brasileiro e que em determinado momento chegou a causar muito receio de que cairia. A impressão que se tinha é que a unidade de inteligência do Santos não era tão ouvida nas contratações, não havia muito método para se contratar ou mesmo que não se conseguiu apontar bons jogadores que coubessem no fluxo do caixa do Santos (que estava de fato muito limitado e dificultava muito qualquer trabalho).

Aconteceu muita coisa em 21 (talvez começo de 22)!! No final ainda haveria a contratação do Dracena e a demissão de parte da equipe de futebol que já estava em 2020 como o gerente de futebol. Novamente, parte da crítica com foco no Santos já chamava a atenção para a necessidade de se modificar o departamento de futebol. Haveria nomes mais condizentes, com mais resultados comprovados. Isso teve e sempre terá impacto na seleção e contratação de jogadores.

Agora, novamente, meu ponto é menos em 21 e mais em 22. 21 foi uma operação de salvamento no Santos. Repito, salvamento! Era natural ter erros, muitos problemas acontecendo.

Sei também que houve uma sucessão de técnicos que têm sua parcela de culpa. Mas o que penso é que, por uma mistura de compreensível dificuldade (21 estava o caos, notadamente no 1º semestre) e um erro na necessária reconstrução do departamento de futebol, contratamos mal. Contratamos um número razoável de jogadores, todos baratos, mas poucos que efetivamente poderiam auxiliar o time. Camacho e Marcos Guilherme, cada um a seu jeito, foram os efetivamente utilizados pelo que me lembro. Ah, teve o Tardelli, importante sim. Talvez a melhor contratação para o momento.

As contratações foram ruins ou regulares em geral, algumas nem jogaram, mas novamente acho compreensível dado o caos.

Porém 22 deveria ser outra história. O caos absoluto tinha passado. Entramos 22 com um diretor de futebol “entrado” no final de 21, Edu Dracena, com a saída de alguns nomes tipo Jorge Andrade e a entrada de um novo gerente. Ainda, com um técnico que nos livrou do rebaixamento, Carille.

Técnico esse que claramente não era opção do Edu Dracena e mesmo assim foi mantido. Técnico esse que pediu contratações de jogadores que claramente pareciam caros, em declínio e não aprovados pelo depto de inteligência. Se havia o diagnóstico de que seria melhor trocar o Carille, e isso foi confirmado com sua posterior demissão logo depois, não errou a diretoria em não apoiar mais incisivamente o Edu Dracena? 21 para 22 propiciou um tempo para respirar, refletir, raciocinar. Perdeu-se tempo.

Contratou-se para o Paulista 22 jogadores de pouco destaque (mas tivemos a boa subida de jogadores da copinha), exceção feita ao Goulart, com um depto de inteligência em transição. Acho que o time foi pior do que deveria no paulista dado o plantel, mas talvez isso pudesse ser evitado com a presença de um cara como Rodrigo por exemplo. A necessidade de um 05 gritava por si.

Entra então um novo cara para o depto de futebol, o reconhecido Caio Nascimento, e o técnico Bustos.

Imaginou-se então que a partir daquele momento seria assim: técnico e depto de futebol identificam as necessidades de jogadores, scouts apresentam nomes e o depto de futebol vai atrás dos nomes. O tal processo de contratação.

Acontece que houve de tudo; técnico trazendo nomes de sua rede, diretor de futebol trazendo nomes de sua rede. Parece que havia muitos focos e modos de prospecção, não algo mais uniforme.

Me parece que os equatorianos vieram pela força do Bustos, não obstante o OK da inteligência. Acho até natural um nome de sua confiança, mas isso tem que ser com muita parcimônia.

Contratamos, por exemplo, um centroavante estrangeiro, que não estava em momento de alta, não muito barato, sendo que temos um excepcional titular, temos ainda o Goulart que pode jogar lá e o Rwan que estava pedindo passagem. Será que não era melhor contratar um outro meia? Contratamos um meia atacante bom de recomposição, mas não ganhamos agressividade nas pontas, alguém capaz de quebrar linhas com passes ou dribles.

Contratamos um lateral direito aparentemente da rede de relação ou por indicação predominante do Diretor de futebol que o técnico pouca utiliza, posição para a qual já havia um diagnóstico da necessidade de alguém com um poder razoável de marcação, bem como que ajudasse na construção de jogadas e passes pelo ataque.

Contratou-se um volante com características de marcação mais firme, mas com pouca capacidade de construção de jogo. Aparentemente apoiado pelo Bustos. Ora, você chegando no clube, precisando de um jogador que não tem, tendo que ficar numa boa, vai recusar todos os nomes que lhe são indicados?

Em quem realmente acertamos em cheio? No Rodrigo, indicado pelo scout, o que parece ter sido contratado no padrão de processos esperado. No Maicon, nome mais consagrado, com peso. As vezes nomes com suposto mais risco rendem, o ponto é minimizar isso.

Em suma, meu ponto é menos jogador e mais o tal processo, forma de se chegar a contratação. Resolvidas as pendências mais imediatas (está claro que o Santos ainda está com o caixa muito comprometido, tem limites para gastar), está na hora de termos de forma definitiva o depto de inteligência e scout totalmente estruturados, o técnico que em conjunto com o depto aponte as necessidades e as mande para a inteligência.

A inteligência que identifique e sugira nomes e uma direção de depto que negocie e filtre os nomes, sabedor do orçamento do clube, ou mesmo que os identifique, sem apenas aparentemente se concentrar na rede de relação mais próxima.

Acho que não cabe a membro de CG aprovar jogador individualmente. O perfil dos atuais membros, com todo o respeito, não parece ser de gente que conheça, em detalhes, bola e boleiros. Nem se deveria esperar isso, frisa-se.

Espero que daqui para adiante sempre tenhamos processos e que, se falta algum nome para o depto de futebol, se contrate dentro do orçamento.

Para fins de clareza: houve erros mas para mim não há o menor indicio de sacanagem nas contratações. Esses erros, a partir de agora, não teriam mais razão de acontecer. Claro que contratar jogador não é ciência exata. Claro que alguns não vingarão mesmo com os tais processos. Mas se pode minimizar isso.

Colaborou: Ramom Rotta (@Ramomrotta)

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Resenha BSS

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Análise – Pré Jogo – SANTOS FC x La Calera (Chile) – Copa SulAmericana

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Quem vai vencer o jogo Santos FC x La Calera
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Salve Nação Santista!

Do time titular do vice campeão da Libertadores só sobrou o Felipe Jonathan, o John e o Lucas Braga, salvo engano. Atualmente nenhum deles é titular, nem parece que brigará no futuro próximo para ser. O time foi completamente alterado, não há o que se discutir.

Luan Peres, Para, Verissimo, Alison, Pituca, Soteldo, Kaio Jorge e Marinho se foram, se não esqueci ninguém. Uma das críticas que se fez é que o Santos teria se desfeito dos jogadores por um preço vil, incompatível com o valor dos jogadores. Para caracterizar esse preço vil algumas pessoas utilizaram o termo doação, como se os jogadores tivessem sido transferidos por um valor tão absurdo que teria sido como se tivessem sido doados.

Confesso que o termo me parece exagerado. Ele parece me dar o tom de que foi feito algo absurdo, praticamente imoral. No mínimo de forma relapsa ou totalmente sem nenhum cuidado. Acredito que ao se utilizar esse termo, em menor ou maior grau, há uma percepção de que o seu uso pretende justamente demonstrar essa carga bastante negativa.

Meu ponto é o Marinho, mas para chegar nele cabe ressaltar uma característica quase comum para todos esses jogadores vendidos: exceto o próprio Marinho quando da sua venda, o time estava em um momento muito fragilizado, financeiramente falando, e mesmo em sua organização. Jogadores descontentes com promessas não cumpridas, salários atrasados em vários momentos recentes e um clube que, segundo relatos, era de alguma forma comandado pelo treinador. Os jogadores o chamavam de presidente, salvo engano.

Precisando fazer caixa desesperadamente, com jogadores no estilo “compro e não pago” e ainda contando com vários jogadores abertamente descontentes com o passado recente, o time vendeu vários deles. Nessa situação, obvio que os compradores se aproveitaram. Poder de barganha estava com os compradores.

Talvez alguns dos preços pudessem ser melhores. Mas imagine o leitor a situação de desespero com as contas, o transferban, parte do vestiário irritado…acho que era razoável que muitas das vendas fossem por valores abaixo do que o santista gostaria e mesmo do que os jogadores mereceriam em uma situação mais estável.

Agora, falar que eles foram doados, ou seja, que foram transferidos sem nenhum cuidado e por valores totalmente incompatíveis, me parece um exagero. Talvez algumas vendas mesmo nessa situação pudessem ter sido melhores? Talvez. Talvez alguns jogadores exageraram nas demandas para sair e o clube não bateu o pé? Talvez. Mas reitero, difícil exigir uma situação de normalidade quando tudo ao redor parecia anormal.

Agora vamos ao Marinho. Quando de sua venda a situação mais “complexa” já teria passado. Como assim vendemos nosso “franchise player” pelo valor irrisório de menos de uma dezena de milhões? Olha lá, mais uma doação.

Contudo, o tempo mostrou que a saída do Marinho abriu espaço para o Ângelo. Mostrou um jogador que fez esforço para sair, não teve praticamente propostas (pelo menos que vazaram) e parece (achismo) que cavou uma venda para um time cujo técnico não contava tanto com ele.

O tempo também rapidamente mostrou que a relação do Marinho com o clube estava bem desgastada (lembrando que não teve nem vídeo de despedida). O tempo mostrou um jogador que sim, foi fundamental e gigante no Santos por um tempo, mas que funcionou bem em um dado contexto de time. Sou grato ao Marinho pela sua história no Santos, mas agora me parece claro que ela já tinha chegado ao fim.

Marinho hoje é tido pelo flamenguista médio como uma contratação até aqui mal sucedida e como um acerto de venda do Santos. Um cara que apresenta dificuldades de fazer outras tarefas em um time (OK, tem a parcela do técnico deles..). Um jogador que parece ter perdido o poder de decisão.

Muitas vezes acontecem coisas dentro de um vestiário que não sabemos. Futebol é feito de gente. Imagina o quão complicado é um vestiário com alguém sem nenhum “saco” para trabalhar onde está. Às vezes, o custo total de se manter esse jogador é muito mais alto do que o vender.

E tinha o histórico do Marinho, as cobranças públicas, os cartões amarelos. Se não havia propostas melhores, se o clube entendeu que ele mais ajudaria sendo vendido, parece razoável fazer uma venda pelo melhor valor possível. Mesmo não estando em um momento tão complexo como 21, não me parece nessa conjuntura que o processo de venda dele e o respectivo preço foi uma temeridade.

O Marinho precisava ter sido vendido? Talvez não. O Marinho poderia ter sido vendido por um preço melhor? Talvez. Mas a verdade é que não sabemos (nem nunca saberemos, nem talvez nos caiba saber) várias das coisas que se passam dentro de um time e as razões para determinadas condutas. O que eu acho disso tudo é que não cabe a palavra doação para a saída do Marinho.

Colaborou: Ramom Rotta (@Ramomrotta)

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Neste domingão, o SFC terá um novo desafio no estádio Serrinha contra o Goiás, uma verdadeira ovelha negra nas campanhas do SFC, no vídeo abaixo apresentamos a análise completa sobre este jogo, esperamos que gostem!

Colaborou: Henrique Farinha (@henriquefarinha) e Lucas Flausino (@lflausino94)

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Quem vencerá o confronto Goiás x Santos FC
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Análise Pré jogo – Goiás x Santos FC



Classificação atual (15/05 – 08:30hs):

Santos FC: 3º colocado com 10 pontos
Goiás: 16º colocado com 5 pontos;


Prováveis escalações:

Goiás:  Tadeu; Sidnei, Da Silva e Caetano; Fellipe Bastos, Élvis, Diego, Apodi e Juan Pablo; Dadá Belmonte e Pedro Raul (Nicolas)
Santos FC: João Paulo; Madson, Eduardo Bauermann, Maicon (Velásquez) e Lucas Pires; Zanocelo, Rodrigo Fernández e Lucas Braga (Ricardo Goulart); Léo Baptistão, Marcos Leonardo e Johan Julio

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ANÁLISE PRÉ JOGO – SANTOS FC X CORITIBA

Santistas do meu Brasil, estou com o proposito de escrever alguns textos sobre o Santos que não lidem diretamente com o último jogo. Minha ideia é refletir sobre algumas questões, repensar algumas coisas, especular, refletir.

O texto de hoje será sobre paciência comedida e uma provocação: se alguns de nos torcedores tivemos paciência com o Batistão, não podemos ter com o Goulart? Jogador bom sempre chega, veste e joga de forma decisiva?

Começando, todo mundo está vendo a bola, o esforço e o quão decisivo Batistão está sendo para o Santos. Acho que só o torcedor mais exigente não aprova atualmente o Batistão.

Mas até pouco tempo atrás acho que o torcedor médio reclamava do Batistão. “Não faz nada” muitos bradavam, ao passo que outros o chamavam de pereba, grosso…

Batistão, o cara que foi um jogador importante, competitivo, no reconhecido campeonato espanhol. Por algum tempo diga-se, não um verão só. O mesmo jogador que foi para a China, uma liga menos competitiva, machucou-se e naturalmente ao voltar para o Brasil estava meio “enferrujado”. Além disso entrou em um contexto difícil, time atrapalhado, pouco confiante, lutando para não cair. Reconhecidamente não voltou bem para o Santos. Isso ninguém discute.

Batistão, o jogador que pelo que se sabe claramente optou por jogar no time pelo qual nutre carinho, abrindo mão de ganhar mais no Sul. Ficou calado e se dedicou. E quem estava ao redor entendeu o momento e deu o tempo de que ele precisava.

Fez uma boa pré-temporada em 22 e, aos poucos, foi achando seu caminho. Sem falar muito, trabalhando. O ponto é que para mim parece que há sim jogadores que são bons, mas em um primeiro momento não encaixam no time. Seja pelo preparo, pela forma de jogar, por voltar de contusão, pela readaptação cultural. As vezes, ao não dar certo de imediato, deve-se respirar e repensar um pouco. Colocar no banco, dar tempo de treinar, de entender as dificuldades. Jogar também se faz com o coração e com a mente, não só com as pernas e o físico (o principal, diga-se).

Claro, tem que ter talento. Há jogadores que não têm muito o que evoluir. Batistão não era claramente esse caso e quem o acompanhou e tinha um pouco de calma e paciência sabia que ele podia ser útil. Alguns falaram isso. E ele começa a provar que nem sempre jogador veste a camisa e decide. As vezes demora um pouco mais, é importante não queimar de imediato ativos do time e procurar os recuperar, desde que haja evidências de recuperação e o jogador tenha a força de vontade.

Vamos cortar agora para o Ricardo Goulart, reconhecido bom jogador, técnica apurada, capacidade de decidir. O talento e a capacidade estão ali. Mas ele está com dificuldades para encaixar no Santos, no desenho tático do time do Bustos. Além disso há a impressão de que a intensidade (palavra mágica a quem se mata de correr) que um time do Bustos exige não casa ainda com ele. Como Batistão, ficou um tempo na China, teve contusão.

Goulart, outro que optou ir para o Santos e aparentemente tinha outras opções, que parece ter um papel de liderança com alguns jogadores, do jeito dele, mais calado. Goulart, homem acostumado a decidir.

Por tudo isso, para mim está claro que, mais que um banco esporádico, ele precisa de um tempo para refletir, se preparar, ler melhor o jogo no Brasil. Precisa de um banco mais esticado, não só poupar um jogo ou outro. Claro que ele precisa entender e comprar essa ideia também, assim como a comissão do Santos. Técnica e determinação ele parece ter. Quantos meia quase atacantes bons há como ele? Por isso creio que está na hora de dar uma chance para ele se recuperar de verdade, justamente o tirando por alguns jogos. Jogador bom nem sempre chega e veste a camisa. Mas pode vestir no futuro próximo sim. Devemos dar uma chance para ele e para o Santos.

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BSS – Análise – Pós Jogo – SANTOS FC 4×1 Cuiabá – Brasileirão

Muitos costumam dar flores, roupas e até bolsas para presentear suas mães no Dia das Mães. Já os comandados de Fabián Bustos, fizeram diferente. Resolveram presentear as mamães santistas com uma goleada, muita esperança e um feito que havia quase um ano que não acontecia: o Santos marcar 4 gols em uma partida. A última vez fora no dia 28/07/21 contra a ‘’gloriosa’’ Juazeirense pela partida de ida das oitavas da Copa do Brasil. A partida manteve os 100% de Bustos jogando em casa e contou com os gols de todos os atacantes no plantel do Santos (isso se não contarmos Goulart, mas este ainda está se decidindo em qual posição ele joga…).

Infelizmente, o gol sofrido ainda escancara uma deficiência que há anos o time alvinegro demonstra e nenhum treinador conseguiu solucionar: a bola aérea. Ofensivamente, porém, esse “artifício” do futebol vem nos ajudando, tanto que 3 dos 4 gols foram em jogadas de cruzamentos. Em suma, podemos considerar que nenhum santista, nem o mais otimista, preveria essa disparidade no jogo, ainda mais considerando seu contexto. Fomos surpreendidos positivamente graças a Léo “Batistuta” e cia.

O CONTEXTO DE JOGO

Mesmo voltando do Equador, com o time praticamente todo reserva e garantido 3 pontos, além de estar 100% em casa, os comandados de Bustos ainda geravam dúvidas em muitos torcedores, que questionavam se o time apresentaria o mesmo futebol mostrado contra o América Mineiro (último jogo em casa) após a derrota contra o São Paulo no Morumbi. E que, mesmo empatando contra o líder do grupo na Sul-Americana no Chile e vencido a Católica em Quito, apresentara um futebol feio e sem graça nas duas partidas intercontinentais.

O Cuiabá vinha de 3 jogos sem vencer, sendo eles um empate contra o Atlético-GO pelo Campeonato Brasileiro, e 2 derrotas para os argentinos Racing e River Plate pela “Sula”. Os três jogos foram em casa e o contra o Racing custou a eliminação dos Dourados na competição. Em compensação, possuíam uma das melhores defesas do Brasileirão, com apenas 2 gols sofridos em 4 rodadas, algo que passa muito na conta de seus melhores jogadores: o goleiro Walter e os zagueiros Marllon e Alan Empereur.

PROPOSTA DE JOGO DO SANTOS

O Santos entrou a campo com a seguinte escalação: João Paulo; Madson, Velazquez, Bauermann e Lucas Pires; Fernandéz, Zanocelo, Julio, Goulart e Baptistão; Marcos Leonardo. A escolha do técnico foi de jogar um 4-2-3-1 variando para um 4-4-2 com 2 volantes com Rodrigo Fernández na construção e Zanocelo mais móvel, Baptistão na direita e Julio na esquerda fazendo uma corrida de fora para dentro e abrindo espaço para o apoio dos laterais Madson e Lucas Pires, e Goulart fazendo a meia e por muitas vezes agindo como um segundo atacante. Bustos queria um time bem ofensivo com muitos homens na área para cruzamento. “Eficiência para atacar’’ era o lema do time que acabou dando 12 chutes e 7 ao gol contra 16 chutes e 3 ao gol do Cuiabá.

O JOGO

O jogo correu muito bem para o alvinegro praiano, que utiliza constantemente a tática citada anteriormente de pôr muitos homens dentro da área, uma estratégia frequente de Fabián Bustos no Barcelona de Guayaquil. Tanto que os gols de Léo Baptistão, Marcos Leonardo e Angulo saíram dessa forma. Os do camisa 9 e do atacante equatoriano têm características de times especialistas na bola aérea. A bola que viaja de para uma trave e é desviada para a outra, encontrando um jogador que só desvia para rede. No caso do de Marcos, ela chega a Baptistão no “segundo pau” (que na estratégia de Bustos é fundamental para ganhar a primeira bola) e vai a Marcos no primeiro. No de Angulo, é Bauermann quem desvia no “primeiro pau” para encontrá-lo no segundo.

Ao longo do segundo tempo, o técnico argentino faz algumas variações táticas ao constatar a pressão do Cuiabá em busca do empate. Na primeira, saca Ricardo Goulart e Jhojan Julio, colocando Lucas Braga e Sandry. Buscou maior segurança no meio e velocidade no contra- ataque. Uma diferença de Braga para Julio é que este constrói mais pelo meio, enquanto Braga fica mais aberto. O time ficou em um 4-3-3 assim:

Após arrumar a defesa, o cansaço dos atacantes aparece e então entraram Angulo e Rwan, causando numa variação do 4-3-3 para jogar com 2 atacantes.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos.
Data: domingo, 8 de maio de 2022 – Horário: 18h00
Público: 7.256 – Renda: 221.095,00
Árbitro: Bráulio da Silva Machado – Assistentes: Thiago Duarte Peixoto e Thiaggo Americano Labes
Cartões Amarelos: Vinícius Zanocelo (SFC); Rivas e Everton (CEC)

SANTOS: João Paulo; Madson, Velázquez, Bauermann e Lucas Pires; Rodrigo Fernández, Zanocelo (Camacho), Goulart (Lucas Braga); Jhojan Julio (Sandry); Léo Baptistão (Rwan) e Marcos Leonardo (Angulo). Técnico: Fabián Bustos

CUIABÁ: Walter; Daniel Guedes, Marllon, Alan Empereur, Uendel; Christian Rivas, Pepê; Alesson, Valdívia (Rodriguinho), Életon (Jenison); Everton. Técnico: Pintado

NOTAS E COMENTÁRIOS:

João Paulo (6): Mais um jogo seguro, sem culpa no gol.

Madson (5): Deu uma assistência para Léo Baptistão mas falhou no gol ao dar muito espaço para Uendel cruzar.

Velazquez (6,5): Um dos melhores jogos de Velazquez com a camisa do Santos. Não vi nenhuma falha destacar e deu um carrinho providencial para salvar o Peixe no final do jogo.

Bauermann (6): Também deu uma assistência para Angulo, não comprometeu.

Lucas Pires (7): Falhou ao não acompanhar Alesson no gol do Cuiabá, mas deu 2 cruzamentos que resultaram em gols do Santos. Promessa!

Rodrigo Fernandéz (7,5): Jogo para deixar Zito orgulhoso. “El Pitbull”, além de marcar como seu apelido indica, deu excelentes lançamentos para iniciar jogadas de ataque.

Zanocelo (5,5): Meio sumido, mas não comprometeu.

*Sandry (6): Não comprometeu e fez bons desarmes.

*Camacho (S/N): Não jogou tempo suficiente.

Jhojan Julio (6,5): Não ajuda muito no ataque, mas é muito bom fazendo a pressão na segunda linha e consegue ótimos desarmes no setor ofensivo.

*Lucas Braga (5,5): Não fez grande coisa, mas não comprometeu.

Baptistão (8,5): Melhor em campo. Participou de todas as jogadas de ataque santista. A melhor partida dele com a camisa do Santos.

Ricardo Goulart (4): Não produziu nada demais para o que se espera dele.

Marcos Leonardo (7): Foi o atacante que precisa ser.

*Ângulo (8): Em cerca de 14 minutos, fez mais que o nosso atacante atualmente de nacionalidade chinesa. Um gol e uma assistência. Entrou bem demais.

*Rwan (7): Fez também o que um atacante precisa fazer, bola na rede. Jogo bom para amadurecer.

*Bustos (7,5): Sua melhor partida comandando o Santos, escalou bem e mexeu bem.

Melhores momentos


O TRABALHO DE BUSTOS

O tão criticado Fábian Bustos, o “Carille que Habla”, o técnico que chegou demitido já, conseguiu nos colocar na vice-liderança do Brasileirão. A verdade é que o debate nas redes para escolha de um técnico novo após a demissão de Fabio Carille desgastou muito a relação do torcedor santista com o técnico argentino antes mesmo de ele chegar. A briga pela vaga com nomes como Heinze, Becacecce e Renato Paiva espalhou muitas falsas informações a respeito do treinador. Agora, após 14 jogos no comando do Santos, ninguém pode negar que o time não é ao menos competitivo.

Com muitas variações táticas, testes de jogadores e buscas pela formação ideal, Bustos parece ter achado na 4-2-3-1 com variações para 4-4-2 o seu time, um grupo que conseguiu o feito de após 5 rodadas do Brasileirão, ter o melhor ataque isolado e a melhor defesa junto com outros times. É claro que há muito o que melhorar, principalmente fora de casa. Mas não dá para negar que voltamos a ter a esperança de fazer um ano tranquilo e como diz nosso Henrique Farinha: “passar o final do ano como torcedores, ao invés de matemáticos”. Para que o amigo ou a amiga santista confira, aqui estão alguns números de Fabián Bustos comparados com os últimos dois técnicos:

  • Bustos – 52,3% (6V, 4E e 4D) – 22 gols feitos e 16 sofridos
  • Carille – 45,6% (9V, 10E e 8D) – 23 gols feitos e 24 sofridos
  • Diniz – 45,6% (10V, 7E e 10D) – 34 gols feitos e 36 sofridos

E você, o que está achando do trabalho de Bustos até agora?

Colaborou: Enrico Conde (@conde_enrico)

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Análise Pós jogo – SFC x Cuiabá

Noite de goleada!

Santos goleou o Cuiabá por 4 a 1 na noite deste domingo, na Vila Belmiro, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, e assumiu a vice-liderança da competição. Em noite inspirada, o Peixe jogou bem, empolgou os pouco mais de 7 mil torcedores presentes e construiu o placar com gols de Léo Baptistão, Marcos Leonardo, Angulo e Rwan Seco – Alesson descontou para o Dourado. No Dia das Mães, os filhos fizeram homenagens em campo e tiveram a companhia delas nas arquibancadas da Vila. Um jogo para animar a torcida e fazê-la acreditar em voos maiores neste Brasileirão.

Como fica?

A vitória leva o Santos aos 10 pontos, agora vice-líder e atrás apenas do Corinthians, com 12.

Primeiro tempo

A torcida do Santos mal teve tempo de se ajeitar na Vila Belmiro, e o Peixe já estava à frente no placar com um golaço de Léo Baptistão, aos dois minutos: cruzamento de Ricardo Goulart, ajeitada de Madson e lindo chute do atacante, sem chances para Walter. O Cuiabá, porém, não se abateu com a desvantagem e tratou de pressionar, principalmente pelos lados. O empate saiu com Alesson, após cruzamento de Uendel, aos 11 minutos. Depois, o Peixe voltou a dominar as ações e atacar – levou perigo em chute de Rodrigo Fernández, uma cabeçada de Jhojan Julio e uma jogadaça de Léo Baptistão, que fez fila, passou por quatro marcadores, mas acabou perdendo a dividida com Walter. Em grande noite, Baptistão continuou tentando e, após cobrança de falta de Lucas Pires, deu assistência para Marcos Leonardo fazer o 2 a 1. Em comum nos dois gols, as comemorações dos santistas com suas mães, convidadas especiais na Vila Belmiro.

Segundo tempo

O Cuiabá voltou melhor e passou a pressionar o Santos, que aceitou o jogo do rival e praticamente não teve contra-ataques. Rodriguinho, principalmente, entrou bem e comandou a reação do time visitante, que passou a rondar demais a área e levar perigo. Diante desse cenário, Fabián Bustos fez mudanças certeiras: lançou Angulo e Rwan Seco para renovar o fôlego no ataque, e teve a resposta logo na primeira jogada, quando Angulo aproveitou bola desviada em escanteio e fez o terceiro gol do Peixe. Na sequência, o mesmo Angulo deu lindo passe para Rwan tocar de cavadinha na saída de Walter e confirmar a goleada.

Próximos jogos

Os compromissos, agora, são os jogos de volta da terceira fase da Copa do Brasil. O Santos recebe o Coritiba na quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), na Vila Belmiro – o Peixe perdeu a ida por 1 a 0.

Fonte: Globoesporte.com

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Salve Nação Santista!

Neste Dia das Mães, o SFC terá um novo desafio na Vila Belmiro contra o Cuiabá, no vídeo abaixo, apresentamos a análise completa sobre este jogo, esperamos que gostem!

Colaborou: Henrique Farinha (@henriquefarinha)

Análise pré jogo – SFC x Cuiabá

Prováveis escalações:

Santos FC: João Paulo, Madson, Maicon, Eduardo Bauermann e Lucas Pires; Rodrigo Fernández, Vinicius Zanocelo, Felipe Jonatan (Lucas Braga) e Jhojan Julio; Léo Baptistão e Marcos Leonardo. Técnico: Fabián Bustos

Cuiabá: Walter, Daniel Guedes, Marllon, Alan Empereur e Uendel; Marcão Silva, Pepê e Valdívia; Marquinhos (Alesson), Everton (Felipe Marques) e Elton. Técnico: Pintado

E você, o que pensa sobre este jogo?

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Entenda o superávit do SFC

Uma das primeiras lições que aprendi ainda nos anos 1980, quando comecei a lidar com balanços de empresas, foi dada pelo meu então chefe no extinto Banespa, onde eu era funcionário concursado. Ele me disse: “A maior tentação ao se analisar um balanço é se apegar às respostas fáceis. Mas as melhores estão escondidas e é preciso pôr a mão na massa para encontrá-las.”

É exatamente o caso do balanço de 2021 do Santos. Ao constatarem que o superávit anual e o recebimento de premiações da Libertadores de 2020 no ano serem praticamente iguais, muitos declararam: “Pronto, foi por isso!”. Era a resposta fácil, porém incorreta. Sem entrar no mérito do porquê de acreditarem nela, achei melhor investigar mais. E se expurgasse essa receita do balanço e a retornasse a 2020, por exemplo, o que ocorreria?

Foi exatamente esse o exercício a que me propus. E verifiquei que não, o superávit não se devia a isso. Os motivos eram outros e eu precisava fazer uma análise gerencial um pouco mais ampla para demonstrar o que levou ao resultado, sem os “complicômetros” e rigores tradicionais da análise contábil e financeira, para que o maior número possível de pessoas compreenda a situação do clube. E que, apesar de todo o esforço, ainda há muito por fazer. Seguem os principais, alguns deles já antecipados em meu perfil no Twitter (@henriquefarinha).

  • Aumento das receitas recorrentes em 43,8%

Deduzidas as premiações, que considerei à parte, como explico mais adiante, e como as negociações de jogadores são corretamente classificadas em balanço como receitas extraordinárias, as receitas recorrentes, ou seja, aquelas que “pingam” no caixa com periodicidade definida, subiram de R$ 177,3M para R$ 254,9M, crescimento de R$ 77,6M ou 43,8%. As receitas obtidas pelo Marketing estão aí inclusas. Há um quadro mais adiante que consolida essas informações.

  • Aumento de 259,6% na receita líquida de negociações de jogadores

Apesar dos valores das vendas terem subido 27,8% em 2021 – R$ 107,1M contra R$ 83,8M –, houve essa elevação incrível do saldo líquido, que passou de R$ 20,1M para R$ 72,4M. Ou seja, foram R$ 52,3M a mais entrando no caixa do clube. E por quê? Porque as despesas de vendas, que incluem comissões, foram de R$ 63,7M em 2020 e de apenas R$ 34,8M em 2021. A redução de despesas foi de 45,4%, ou R$ 28,9M.
Analisando-se friamente, não faz qualquer sentido receber 27,8% a mais, porém gastar 45,4% a menos. Seria natural o Conselho Fiscal mencionar o assunto. Mas o que se viu foi apenas um comentário protocolar na página 17 de seu relatório, no tocante a comissões e intermediações: “Nos exercícios anteriores, o Conselho Fiscal elaborou recomendações sobre o assunto, com o intuito de deixar estabelecida de forma clara e transparente as regras para elaboração desta prática. Ficou definido que as exceções que ocorressem deveriam ser previamente justificadas. As recomendações foram cumpridas.” Não há, todavia, nada sobre a queda abrupta de despesas.

Segue abaixo o quadro demonstrativo, ficando a sugestão ao Conselho Deliberativo que estude mais profundamente a questão.

  • Premiações de 2020 consideradas conforme critério de competência

Originariamente, as premiações foram recebidas sob regime de caixa, ou seja, efetivamente da seguinte forma:

(*) Da premiação do Brasileiro 2021, R$ 18.100.000,00 foram faturados em 2021, mas recebidos em 2022.

(**) A premiação total da Libertadores 2020 foi de R$ 61.000.000,00, mas faturados e recebidos R$ 17.914.029,00 em 2020. Portanto, R$ 43.085.971,00 foram faturados e recebido em 2021.

  •  Quadro Consolidado

Como disse na introdução, para analisar os números mais adiante, expurguei as receitas de premiações de 2020 do balanço de 2021 e as retornei a 2020, assim como retirei toda e qualquer premiação das receitas recorrentes para apurá-las com maior precisão e assim excluir qualquer benefício na transferência de um ano para o outro. Diante disso, as premiações de 2020 voltaram a ser de R$ 85,5M e as de 2021 foram reduzidas para R$ 36,5M.

 Assim sendo, sob os critérios estabelecidos e expurgando os R$ 43,1M de premiações de 2020 recebidos efetivamente em 2021, segue abaixo o quadro ajustado.  

  1. As receitas recorrentes, como explicado no item 1 deste artigo, aumentam 43,8%, ou R$ 77,6M.
  2. As premiações, por decorrência, caem 57,4, ou R$ 49M.
  3. As receitas de negociações deduzidas as despesas, conforme explico no item 2 do artigo, aumentam 259,6%, ou R$ 72,3M.
  4. Desse modo, as receitas de 2020 “aumentam” em relação às do respectivo balanço para R$ 282,9M e as de 2021 são “reduzidas” para R$ 363,7M, mesmo assim crescendo 28,6%, ou R$ 80,8M.

Por outro lado, apesar das despesas operacionais crescerem de R$ 79,5M em 2020 para R$ 85,6M em 2021 (R$ 6,1M ou 7,7%), os custos do Departamento de Esportes despencaram de R$ 312,3M para R$ 254,9M (R$ 57,4M ou -18,4%).  Somando os custos do Departamento de Esportes às despesas operacionais, tivemos uma redução de R$ 391,8M para R$ 340,5M (R$ 51,3M ou -13,1%).

Ou seja, se somarmos o aumento de R$ 80,8M nas receitas à redução de R$ 51,3M em custos do Departamento de Esportes e despesas operacionais, chega-se, grosso modo, a uma geração adicional de caixa, considerada apenas a operação em si do clube, de R$ 132,1M em 2021 em relação a 2020. Foi um tremendo ajuste tanto do lado das receitas quanto das despesas.

Diante disso, e sem entrar no mérito de eventuais despesas “carregadas” de 2020 para 2021, que deveriam ser igualmente expurgadas, mas não foram por faltar acesso aos detalhes do balanço, como se pode afirmar terem sido as premiações de 2020 recebidas em 2021 as geradoras do superávit? A resposta é, evidentemente, que não se pode.

  • Sobre a dívida

Para efeito de cálculo da dívida, foram expurgadas as receitas diferidas do passivo circulante e do não-circulante.
Para apuração do peso da dívida, foram retiradas as receitas de negociações de jogadores. As premiações foram consideradas em 2020 e 2021 exatamente como aquelas do Quadro Consolidado. Assim sendo, estão computadas apenas as receitas operacionais, somando-se as recorrentes às premiações.

A dívida de curto prazo representa 0,92, ou 92%, das receitas operacionais, uma redução expressiva de 22,6% na relação sobre 2020. A dívida de longo prazo é 0,95, ou 95%, das receitas operacionais, redução de 4,3% sobre 2020. E a dívida total é 1,87 vezes as receitas operacionais, ou 187%, queda de 14,3% sobre 2020, quando era de 2,18 vezes.

Tamanho peso do endividamento, especialmente o de curto prazo, sobre as receitas operacionais explica a necessidade de recorrer ao funding criado no Banco Safra, além de empreender renegociações com os credores. Apesar da significativa redução de 14,6% do endividamento de curto prazo e de 5,0% no total, com elevação de 6,1% no endividamento de longo prazo, indicando mudança do perfil da dívida, vê-se que a atual gestão do clube ainda continua com uma tremenda pressão cotidiana. Para se acelerar o processo e reduzir o endividamento de curto prazo para cerca de 0,30, que é o teto para uma situação financeira e de caixa saudável, o clube terá de negociar atletas para geração de um montante de cerca de R$ 160M líquidos na próxima janela. Essa é a dura realidade, mas, dessa vez, mantidas as atuais diretrizes implantadas pela diretoria, o clube se veria em uma situação bem mais confortável, vislumbrando um aumento considerável de sua capacidade de investimento para 2023 ou, eventualmente, ainda em 2022 para uma ou outra contratação pontual.

Espero ter esclarecido os principais pontos do balanço do Santos a quem não é tão afeito ao assunto, recorrendo a alguns artifícios inusuais que, imagino, tornam o entendimento mais fácil, apesar da carência de detalhes que permitiriam maior rigor de apuração.

Colaborou: Henrique Farinha (Twitter: @henriquefarinha)

E você, o que pensa disso tudo?


Pré Jogo SPFC x Santos FC

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