Análise pós jogo – Santos 4 x 1 Cuiabá: Caiu na Vila, o Bustos Fuzila

BSS – Análise – Pós Jogo – SANTOS FC 4×1 Cuiabá – Brasileirão

Muitos costumam dar flores, roupas e até bolsas para presentear suas mães no Dia das Mães. Já os comandados de Fabián Bustos, fizeram diferente. Resolveram presentear as mamães santistas com uma goleada, muita esperança e um feito que havia quase um ano que não acontecia: o Santos marcar 4 gols em uma partida. A última vez fora no dia 28/07/21 contra a ‘’gloriosa’’ Juazeirense pela partida de ida das oitavas da Copa do Brasil. A partida manteve os 100% de Bustos jogando em casa e contou com os gols de todos os atacantes no plantel do Santos (isso se não contarmos Goulart, mas este ainda está se decidindo em qual posição ele joga…).

Infelizmente, o gol sofrido ainda escancara uma deficiência que há anos o time alvinegro demonstra e nenhum treinador conseguiu solucionar: a bola aérea. Ofensivamente, porém, esse “artifício” do futebol vem nos ajudando, tanto que 3 dos 4 gols foram em jogadas de cruzamentos. Em suma, podemos considerar que nenhum santista, nem o mais otimista, preveria essa disparidade no jogo, ainda mais considerando seu contexto. Fomos surpreendidos positivamente graças a Léo “Batistuta” e cia.

O CONTEXTO DE JOGO

Mesmo voltando do Equador, com o time praticamente todo reserva e garantido 3 pontos, além de estar 100% em casa, os comandados de Bustos ainda geravam dúvidas em muitos torcedores, que questionavam se o time apresentaria o mesmo futebol mostrado contra o América Mineiro (último jogo em casa) após a derrota contra o São Paulo no Morumbi. E que, mesmo empatando contra o líder do grupo na Sul-Americana no Chile e vencido a Católica em Quito, apresentara um futebol feio e sem graça nas duas partidas intercontinentais.

O Cuiabá vinha de 3 jogos sem vencer, sendo eles um empate contra o Atlético-GO pelo Campeonato Brasileiro, e 2 derrotas para os argentinos Racing e River Plate pela “Sula”. Os três jogos foram em casa e o contra o Racing custou a eliminação dos Dourados na competição. Em compensação, possuíam uma das melhores defesas do Brasileirão, com apenas 2 gols sofridos em 4 rodadas, algo que passa muito na conta de seus melhores jogadores: o goleiro Walter e os zagueiros Marllon e Alan Empereur.

PROPOSTA DE JOGO DO SANTOS

O Santos entrou a campo com a seguinte escalação: João Paulo; Madson, Velazquez, Bauermann e Lucas Pires; Fernandéz, Zanocelo, Julio, Goulart e Baptistão; Marcos Leonardo. A escolha do técnico foi de jogar um 4-2-3-1 variando para um 4-4-2 com 2 volantes com Rodrigo Fernández na construção e Zanocelo mais móvel, Baptistão na direita e Julio na esquerda fazendo uma corrida de fora para dentro e abrindo espaço para o apoio dos laterais Madson e Lucas Pires, e Goulart fazendo a meia e por muitas vezes agindo como um segundo atacante. Bustos queria um time bem ofensivo com muitos homens na área para cruzamento. “Eficiência para atacar’’ era o lema do time que acabou dando 12 chutes e 7 ao gol contra 16 chutes e 3 ao gol do Cuiabá.

O JOGO

O jogo correu muito bem para o alvinegro praiano, que utiliza constantemente a tática citada anteriormente de pôr muitos homens dentro da área, uma estratégia frequente de Fabián Bustos no Barcelona de Guayaquil. Tanto que os gols de Léo Baptistão, Marcos Leonardo e Angulo saíram dessa forma. Os do camisa 9 e do atacante equatoriano têm características de times especialistas na bola aérea. A bola que viaja de para uma trave e é desviada para a outra, encontrando um jogador que só desvia para rede. No caso do de Marcos, ela chega a Baptistão no “segundo pau” (que na estratégia de Bustos é fundamental para ganhar a primeira bola) e vai a Marcos no primeiro. No de Angulo, é Bauermann quem desvia no “primeiro pau” para encontrá-lo no segundo.

Ao longo do segundo tempo, o técnico argentino faz algumas variações táticas ao constatar a pressão do Cuiabá em busca do empate. Na primeira, saca Ricardo Goulart e Jhojan Julio, colocando Lucas Braga e Sandry. Buscou maior segurança no meio e velocidade no contra- ataque. Uma diferença de Braga para Julio é que este constrói mais pelo meio, enquanto Braga fica mais aberto. O time ficou em um 4-3-3 assim:

Após arrumar a defesa, o cansaço dos atacantes aparece e então entraram Angulo e Rwan, causando numa variação do 4-3-3 para jogar com 2 atacantes.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos.
Data: domingo, 8 de maio de 2022 – Horário: 18h00
Público: 7.256 – Renda: 221.095,00
Árbitro: Bráulio da Silva Machado – Assistentes: Thiago Duarte Peixoto e Thiaggo Americano Labes
Cartões Amarelos: Vinícius Zanocelo (SFC); Rivas e Everton (CEC)

SANTOS: João Paulo; Madson, Velázquez, Bauermann e Lucas Pires; Rodrigo Fernández, Zanocelo (Camacho), Goulart (Lucas Braga); Jhojan Julio (Sandry); Léo Baptistão (Rwan) e Marcos Leonardo (Angulo). Técnico: Fabián Bustos

CUIABÁ: Walter; Daniel Guedes, Marllon, Alan Empereur, Uendel; Christian Rivas, Pepê; Alesson, Valdívia (Rodriguinho), Életon (Jenison); Everton. Técnico: Pintado

NOTAS E COMENTÁRIOS:

João Paulo (6): Mais um jogo seguro, sem culpa no gol.

Madson (5): Deu uma assistência para Léo Baptistão mas falhou no gol ao dar muito espaço para Uendel cruzar.

Velazquez (6,5): Um dos melhores jogos de Velazquez com a camisa do Santos. Não vi nenhuma falha destacar e deu um carrinho providencial para salvar o Peixe no final do jogo.

Bauermann (6): Também deu uma assistência para Angulo, não comprometeu.

Lucas Pires (7): Falhou ao não acompanhar Alesson no gol do Cuiabá, mas deu 2 cruzamentos que resultaram em gols do Santos. Promessa!

Rodrigo Fernandéz (7,5): Jogo para deixar Zito orgulhoso. “El Pitbull”, além de marcar como seu apelido indica, deu excelentes lançamentos para iniciar jogadas de ataque.

Zanocelo (5,5): Meio sumido, mas não comprometeu.

*Sandry (6): Não comprometeu e fez bons desarmes.

*Camacho (S/N): Não jogou tempo suficiente.

Jhojan Julio (6,5): Não ajuda muito no ataque, mas é muito bom fazendo a pressão na segunda linha e consegue ótimos desarmes no setor ofensivo.

*Lucas Braga (5,5): Não fez grande coisa, mas não comprometeu.

Baptistão (8,5): Melhor em campo. Participou de todas as jogadas de ataque santista. A melhor partida dele com a camisa do Santos.

Ricardo Goulart (4): Não produziu nada demais para o que se espera dele.

Marcos Leonardo (7): Foi o atacante que precisa ser.

*Ângulo (8): Em cerca de 14 minutos, fez mais que o nosso atacante atualmente de nacionalidade chinesa. Um gol e uma assistência. Entrou bem demais.

*Rwan (7): Fez também o que um atacante precisa fazer, bola na rede. Jogo bom para amadurecer.

*Bustos (7,5): Sua melhor partida comandando o Santos, escalou bem e mexeu bem.

Melhores momentos


O TRABALHO DE BUSTOS

O tão criticado Fábian Bustos, o “Carille que Habla”, o técnico que chegou demitido já, conseguiu nos colocar na vice-liderança do Brasileirão. A verdade é que o debate nas redes para escolha de um técnico novo após a demissão de Fabio Carille desgastou muito a relação do torcedor santista com o técnico argentino antes mesmo de ele chegar. A briga pela vaga com nomes como Heinze, Becacecce e Renato Paiva espalhou muitas falsas informações a respeito do treinador. Agora, após 14 jogos no comando do Santos, ninguém pode negar que o time não é ao menos competitivo.

Com muitas variações táticas, testes de jogadores e buscas pela formação ideal, Bustos parece ter achado na 4-2-3-1 com variações para 4-4-2 o seu time, um grupo que conseguiu o feito de após 5 rodadas do Brasileirão, ter o melhor ataque isolado e a melhor defesa junto com outros times. É claro que há muito o que melhorar, principalmente fora de casa. Mas não dá para negar que voltamos a ter a esperança de fazer um ano tranquilo e como diz nosso Henrique Farinha: “passar o final do ano como torcedores, ao invés de matemáticos”. Para que o amigo ou a amiga santista confira, aqui estão alguns números de Fabián Bustos comparados com os últimos dois técnicos:

  • Bustos – 52,3% (6V, 4E e 4D) – 22 gols feitos e 16 sofridos
  • Carille – 45,6% (9V, 10E e 8D) – 23 gols feitos e 24 sofridos
  • Diniz – 45,6% (10V, 7E e 10D) – 34 gols feitos e 36 sofridos

E você, o que está achando do trabalho de Bustos até agora?

Colaborou: Enrico Conde (@conde_enrico)

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