Santos e Seleção Brasileira: Causa e Efeito

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Amigos santistas,

Recentemente fui alertado por alguns amigos a respeito da falta de interesse e de engajamento do torcedor brasileiro em relação à copa do mundo.

Apesar de não ter andado por todas as ruas do meu bairro, de fato vi poucas ruas enfeitadas e muros pintados pela molecada nas cores verde e amarela.

Até mesmo na TV, não vi muitos comerciais com o tema da copa como havia visto 4 anos atrás.

Como esse blog existe para falar do Santos e todo santista que se preze tem motivos para ter ojeriza da seleção brasileira, resolvi utilizar esse fenômeno de comportamento para fazer um paralelo com o nosso querido Santos FC.

Vejam vocês que as duas instituições têm sofrido com o distanciamento e a falta de interesse de seus apoiadores. No caso do Santos, podemos constatar esse problema média de público nos jogos e pelo ranking de sócios torcedores.

Em ambos os casos (Santos e seleção) podemos observar que tomaram decisões e escolheram caminhos parecidos ao longo dos últimos anos. Seguem alguns exemplos:

Distanciamento da massa de torcedores.

Considerando-se que a grande massa de torcedores da seleção encontra-se no Brasil e a de santistas fora da cidade de Santos, ambas as instituições resolveram priorizar jogos distantes deste grande público.

A seleção, ao vender os direitos de transmissão de seus jogos, acabou fazendo a maioria dos seus amistosos em Londres e em “outras plagas”, e o nosso Santos, por decisão de seus dirigentes, resolveu jogar poucas vezes no planalto.

Política de preços de ingressos pouco atrativa

Eu nunca fui a um jogo da seleção brasileira (nem quero ir), mas li através da imprensa de que não existem ingressos a preços populares para seus jogos. Infelizmente podemos constatar o mesmo no caso do Santos e do futebol brasileiro em geral. Somente agora estamos vendo no Santos um movimento no sentido inverso, ao menos para os sócios. Ponto positivo para a diretoria!

Eu um País com salário-mínimo de R$ 954,00 (em SP) não deveria haver ingressos acima de R$ 50,00.

Só o “pay-per-view” não explica todo o problema de baixo público, pois podemos observar que as salas de cinema vivem lotadas, apesar do Netflix e filmes por Internet e TV por assinatura.

Com o advento do código de defesa do consumidor, o povão não admite mais ser tratado como gado. Está na hora dos dirigentes abrirem os olhos.

Exposição do seu cliente (torcedor) a situações vexatórias

Talvez esse item seja o que menos explique o problema central abordado nesse texto, mas não podemos deixar de destacar que as duas instituições ofereceram a seus torcedores goleadas históricas e vexames incríveis. Daqueles em que o torcedor tem vontade de enfiar a cabeça em um buraco, tal qual uma avestruz.

Enfim, não tenho a pretensão de fazer o diagnóstico preciso e definitivo sobre esta problemática, mas a ideia é poder convidá-lo a uma reflexão e ao debate.

E você. O que pensa sobre tudo isso?

* Colaborou: Ian Rocha