Relação delicada – SFC x mídia

Caros leitores, fatos intrigantes vêm se repetindo de gestão a gestão, causando descrédito da entidade SFC no mercado da bola. Isso, obviamente, não é bom. Principalmente, nesse momento delicado que o clube atravessa. Estou me referindo à dificuldade crescente que o clube enfrenta quando sai à busca de receita para equalizar seus compromissos mais imediatos. Se não está fácil para ninguém, imagine então como está a situação financeira de um clube que inicia uma nova gestão e/ou um ano fiscal com saldo negativo. Pressionado pela necessidade premente de ter que equilibrar receita e demanda, o gestor tem se mostrado vulnerável diante de qualquer nova negociação por menor que seja.

Essa vulnerabilidade expõe um lado perverso que poucos imaginam existir: a postura maquiavélica dos donos do futebol profissional brasileiro ante um fato inquestionável, a falta de preparo dos dirigentes de clube, em especial dos dirigentes do nosso clube à mesa de negociação. Essa pressão desmedida leva alguns a cometer deslizes, recorrendo ao uso de medidas não ortodoxas em outras situações distintas, onde as tratativas exigem que as partes envolvidas recorram ao uso de regras e normas específicas, relacionadas ao objeto em discussão. Todavia, por terem sido obrigados a aceitar imposições do controlador da fonte de recurso principal, isto é, o cliente preferencial, adquirente da maior fatia do bolo dos direitos de imagem que os clubes de futebol brasileiros negociam, acabam cometendo deslizes imperdoáveis. Chegam, inclusive, em alguns casos, a arranhar a imagem dos clubes que representam. Desse modo, intencionalmente ou não, ocorrências similares, ou exatamente iguais a essa, citada na matéria, acabam se tornando práticas indesejavelmente corriqueiras.

Há remédio para isso? Creio que sim! Mas não existe fórmula mágica ou panaceia que cure todas as ‘enfermidades’ que aparecem receitando com uma única dose. Sem milagres ou pajelanças! Isso, porque cada caso requer o uso da medicação específica, ministrada na dosagem adequada. Quem pode prescrevê-la? Obviamente, um especialista no assunto, que saiba indicar o remédio certo na hora certa, que saiba interpretar corretamente a bula em seus mínimos detalhes, que tenha preparo, experiência, prestígio e, obviamente, vivência no ramo.

Sem dúvida, estes são os quesitos mais importantes, na maioria dos casos, para a obtenção da cura. Infelizmente, um profissional dotado dessas potencialidades, além de custar caro, não se acha em qualquer esquina. Vale à pena o investimento? Se considerarmos o grau de complexidade que uma decisão tão importante quanto esta terá na sobrevivência financeira dos clubes ao longo de vários anos, obviamente, sim. Uma coisa é certa, isso não é tarefa para amadores, diletantes ou, como acontece na maioria das vezes, para pretensiosos.
Colaborou: Reginaldo Perna
 
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