Prezados santistas,
A maioria dos times nascem do futebol amador, com 11 jogadores, alguns uniformes, bolas e um campo para jogar.
À medida que o time vai crescendo, surge a necessidade de ter áreas de administrativas e de suporte, cuja missão é a de dar sustentação para o “negócio principal”, que se resume nos 11 jogadores que entram em campo.
Isso é algo que não muda, independentemente do local e da época.
Partido da premissa que a razão de ser dos times de futebol são as vitórias e a conquista de títulos, na prática o cenário muda um pouco, à medida que são dadas aos clubes “outras missões”, tais como: ser o RH de sua cidade ou ser obrigado a sustentar centenas de pessoas.
Quantos milhões de reais são gastos em salários administrativos, o tal de headcount?
De acordo com o último balanço financeiro divulgado pelo Santos em seu portal da transparência, foram gastos mais de R$ 50 milhões de reais em 2018, cerca de 25% do total gasto pelo clube no ano.
Vejam vocês que até mesmo comprinhas de itens pessoais são custeadas por alguns clubes!
Parte do dinheiro que o time arrecada em venda de jogadores, bilheteria, receitas de TV e publicidade é usado para sustentar “a máquina”.
Mais ou menos como um carro 1.0 com alguns sacos de cimento no porta-malas, com ar-condicionado e direção hidráulica, subindo a Anchieta.
A partir desta realidade, o que pode ser feito para azeitar a máquina?
Na opinião deste blog, os clubes devem trabalhar para ter uma estrutura enxuta, com salários de mercado e com funções absolutamente necessárias para manter funcionando o time de futebol (profissional, base e feminino), com eficiência e com menor custo possível, pois cada real gasto no administrativo pode vir a fazer falta no futebol.
Dentro desse raciocínio, entendemos que a terceirização pode ser uma alternativa a ser considerada, principalmente em áreas como jurídico, departamento pessoal, TI, publicidade, manutenção e contabilidade.
Mais ou menos o que os clubes já fazem com o fornecedor de uniformes.
Tirando alguns “gênios” que optam por produzir seu próprio material esportivo, a maioria dos clubes de futebol compram esse item de empresas de mercado, ou seja, terceirizam a produção dos uniformes.
Isso é algo que existe no futebol, basta ver que o time do Bragantino optou por terceirizar-se de “corpo e alma” à empresa Red Bull.
Nossa ideia não é tão radical assim. Seria somente uma terceirização administrativa.
Obs. Estamos falando de terceirização estruturada e não a tal “pejotização” que vemos no mercado de trabalho, pois a cada contratação de PJ, dependendo do caso, corre-se o risco de sofrer processos trabalhistas visando o reconhecimento de vínculo empregatício.
Aí o empresa pode vir a ser condenada a pagar todos os encargos sobre o valor total que o PJ recebia.
Em resumo: mais dinheiro jogado no lixo.
E você, o que acha de tudo isso?
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