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Quem vai vencer o clássico Atlético MG x Santos FC

Salve Nação Santista!

Antes de desenvolver o tema, pedimos licença ao amigo jornalista Ademir Quintino para parafraseá-lo no título do artigo. Abração Ademir!

Hoje vamos falar de um assunto desagradável, embora pertinente, VAR;

Após mais um jogo com atuação, desastrosa, da equipe de arbitragem no jogo SFC e Inter RS, aguardavamos pela liberação do material do VAR para analisar. Ocorre que de forma, nada surpreedente, tivemos acesso a um show de horror, que vamos compartilhar na sequência;

Antes é preciso salientar que, não só a arbitragem de video presta um péssimo serviço, a de campo segue o mesmo caminho, visto que no primeiro tempo foi marcado um pênalti para o SFC de forma equivocada e bem anulado pelo VAR, sendo que foi na frente do auxiliar e que nada fez para corrigir o árbitro central (Ramon Abatti Abel); No segundo tempo, o auxiliar anulou o gol de Lucas Braga, sendo bem corrigido pelo VAR, o que espanta é que a jogada nem era tão difícil para uma tomada de decisão do auxiliar, visto que estava bem posicionado;

Mas, vamos agora ao principal, lá naquele pênalti marcado e cancelado, o SFC cobrou a falta que acabou nas redes, após a cabeçada de Bauermann, festa na arquibancada e dos jogadores em campo, até que o árbitro leva as mãos ao ouvido, logo, silêncio e drama, sim, começou a “pastelada” do árbitro de video que, inclusive, foi criticada pela imprensa e pelo comentárista de arbitragem da TV, que considerou o gol legal;

No áudio do VAR, nota-se a falta de convicção para escolha das imagens e tomada de decisão:

O mais chocante é que até para escolher o frame da imagem, tomaram a decisão errada

Notem, a imagem da esquerda é o ponto que o VAR congelou para traçar as linhas, mas a bola já está em movimento, bastando comparar com a imagem da direita, momento real do toque. Entre uma imagem e a outra, há um segundo de diferença, sendo possível ter melhor percepção com a proximidade da risca da grande área entre uma imagem e outra;

Momento do toque na bola, esse é o ponto de contato que deveria ser utilizado para traçar as linhas

Esse foi o frame em que o VAR congelou para a análise, porém, a bola já está em movimento; No áudio é possível ouvir o “Ok” para esse frame como referência. “um (frame) pra frente, ok”

Uma coincidência, o árbitro de video (Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro) é o mesmo nas partidas SFC x Inter e SP x SFC, partidas em que o SFC saiu prejudicado;

Observer abaixo mais um detalhe, a ferramenta parece meio descalibrada, note que na imagem abaixo, da trave para a lateral, a linha virtual (faixa escura) está dentro de campo, e da trave para a outra lateral, a linha virtual (faixa escura) está fora de campo. Bizarro!

Cabe lembrar que a arbitragem custa muito aos cofres do mandante, por exemplo, na partida SFC x Ceará, o custo da arbitragem beirou os R$ 40.000,00. Não é possível, o camarada errar e seguir trabalhando e sendo remunerado na rodada seguinte!

Na partida contra o Fluminense, a arbitragem de campo e de vídeo, simplesmente, não viram uma penalidade clara em Angulo. Contra o SP penalidade em Madson, em lance que sequer foi revisado, fora aquele lateral confuso e que gerou o gol do SP;

Contra o Ceará, o gol de Baptistão anulado, após o VAR debulhar o video para trás até encontrar uma, possível, falta no meio campo. O mesmo aconteceu no jogo contra o Palmeiras que foram buscar uma falta do Baptistão, apesar que neste caso teve infração, contra o Ceará não teve;

Contra o Coxa, mesmo com vitória do SFC, foi marcado uma penalidade de Zanocelo, absolutamente, descabida, com o jogador santista de costas;

Segue video do VAR – SFC x Ceará

Segue video do VAR – SFC x Fluminense

O SFC entrou com uma reclamação na Ouvidoria da CBF (Comissão de arbitragem), em razão da penalidade em Angulo, no entanto, o parecer da ouvidoria foi negativo;
Um ponto que chamou a atenção é que na ocorrência registrada pelo SFC, ao invés de mostrar indignação e repúdio, o clube diz que o objetivo seria de ajudar no aperfeiçoamento da arbitragem brasileira, inclusive para que haja novas instruções e treinamentos.

Enfim, diante de tantos pontos perdidos em razão da arbitragem, seja de campo ou de vídeo, 2022 lembra e muito 2004, pena que a performance do time não lembre; O clube precisa dar uma basta nisso, cobrar, veementemente a CBF e comissão de arbitragem, pedindo, inclusive o afastamente de quem errar de maneira clara em nossos jogos;

Vamos acompanhar as próximas partidas e torcer para que a justiça em campo prevaleça, não queremos ser beneficiados, queremos apenas justiça;

E você, o que pensa de tudo isso?
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Análise Pré Jogo Atlético MG x SFC

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A ideia desse texto é refletir sobre o depto de futebol e procedimentos ou processos de contratação da atual gestão, com ênfase em 2022.

Antes de tudo, gosto de fazer os eventuais “disclaimers” ou as minhas limitações e posições. Não sou jornalista e as opiniões se baseiam precipuamente no que se torna público do Santos. Minha opinião se pretende de um torcedor que adora acompanhar o Santos (com regularidade, afeto e uma tentativa de atenção grande)

Além disso, não tenho como propósito queimar e detonar jogadores, falar que X ou Y são uns “mer…”. Entendo que estamos falando de pessoas, com família, contas para pagar e que, por motivos conjunturais (momento) ou estruturais (capacidade técnica e tática por exemplo), podem não se encaixar bem no Santos.

Além disso alguns podem se recuperar, eles não apontaram uma arma para serem trazidos e, como são ativos do Santos, quero que o time consiga as melhores condições de venda ou empréstimo para os que não se encaixam no Santos.

Isso não quer dizer que não vou expressar defeitos. Claro que no calor dos jogos eu xingo. Mas aqui não quero ofender, em resumo.

Ah, e por fim, todos sabem que eu acho que o Santos está no caminho correto em geral e que alguns erros são parte dessa mudança, notadamente em 2021. São erros honestos. Mas há erros importantes sim que o Santos não poderia ou mesmo deveria mais cometer.

Vamos para o ano de 2021, começo da gestão.

Clube em caos de fluxo de caixa, TRANSFER BAN, jogadores irritados com atrasos….

A gestão que entra, até por um motivo de custos acho eu, decide demitir o então diretor de futebol, Ximenes, que de fato estava no clube há pouco tempo. As informações que saíram dão conta de um distanciamento do Ximenes com a comissão técnica e os jogadores, bem como a intenção da nova diretoria em reformar a forma de trabalhar do departamento. Na mídia mais especializada do Santos havia muito mais desaprovação do que aprovação com o nome, a meu ver.

O ponto não é a demissão em si, mas a resposta: decide-se deixar o comando do futebol mais ligado a um membro do CG na época e não se altera substancialmente o resto da estrutura. À época eu mesmo entendi que podia ser algo bom, confesso, mas o tempo mostrou que isso foi um primeiro erro. Muitos analistas criticaram esse movimento (não o Quaresma, mas a falta de um profissional dedicado)

O tempo mostrou que futebol precisa de presença constante, uma linguagem própria e uma dedicação profissional. São muitos os problemas e decisões diárias. São muitas as pressões. Acho que, se tivéssemos desde o começo um diretor profissional todo dia dentro do clube, esse indivíduo poderia e deveria ter feito um diagnóstico mais rápido da estrutura do depto e começado a mexer. Inclusive a projeção, pelo depto, da contratação de jogadores em função de carências claramente identificáveis se a situação do Santos saísse do abismo. Perdeu-se um tempo.

Mas reitero, eu à época, muito identificado com a necessidade de custos, defendi a medida (ao contrário da maioria dos integrantes do BSS). Por outro lado, sempre coloco em perspectiva: o mundo estava desabando para o Santos. Eram muitas as tarefas que deveriam ser tocadas simultaneamente e havia um diagnóstico da necessidade urgente de se cortar custos.

Talvez esse mesmo argumento sirva para demonstrar a necessidade de um bom profissional totalmente dedicado ao depto para dar tranquilidade e gastar de forma mais precisa com o futebol. De fato, pode ter havido uma confiança exagerada à época da então nova gestão de que eles conseguiriam tocar o futebol mais diretamente. Mas o futebol mostrou que tem suas linguagens e códigos.

Salvo engano, o então coordenador da base Jorge Andrade assumiu um papel de maior relevo, mas não como “O Empoderado” para responder pelo depto.

Fato é que por motivos alheios à vontade das pessoas do CG, o espelho do CG que iria olhar o futebol teve problemas pessoais e teve que se ausentar do clube. Isso tudo somado a zona do momento me parece que atrasou a necessidade de se diagnosticar o que se precisava e as pessoas que estavam no depto de futebol, as insatisfações, jogadores…

No final de 21 e começo de 22, por exemplo, veio à tona que os profissionais do departamento de inteligência sairiam do clube. Talvez isso pudesse ter sido percebido antes, perdeu-se tempo novamente.

Veio a tragédia do campeonato paulista de 2021 com as necessárias vendas de jogadores e a impossibilidade de se contratar jogadores. Como resposta ao longo do Brasileiro e após o fim do transfer ban (não lembro mais precisamente a ordem dos acontecimentos) o Santos vem com uma política de contratação de jogadores baratos e com pouco espaço nos seus clubes, somada ao desligamento do membro do CG.

O que passaria também a chamar a atenção seria a aprovação de cada jogador pelo CG, o CG opinando nome por nome para aprovar a contratação. Talvez o melhor seja ter um orçamento e o depto de futebol com o Presidente a aprovar.

Nesse situação de 21, antes e durante o Brasileiro, chegaram jogadores pouco conhecidos no Brasil que jogavam no exterior e jogadores de times brasileiros que não estavam sendo aproveitados. Um pouco mais adiante, a contratação de um homem do futebol, o Mazuco (hoje no Botafogo).

O resultado de tudo isso foi um time instável no Brasileiro e que em determinado momento chegou a causar muito receio de que cairia. A impressão que se tinha é que a unidade de inteligência do Santos não era tão ouvida nas contratações, não havia muito método para se contratar ou mesmo que não se conseguiu apontar bons jogadores que coubessem no fluxo do caixa do Santos (que estava de fato muito limitado e dificultava muito qualquer trabalho).

Aconteceu muita coisa em 21 (talvez começo de 22)!! No final ainda haveria a contratação do Dracena e a demissão de parte da equipe de futebol que já estava em 2020 como o gerente de futebol. Novamente, parte da crítica com foco no Santos já chamava a atenção para a necessidade de se modificar o departamento de futebol. Haveria nomes mais condizentes, com mais resultados comprovados. Isso teve e sempre terá impacto na seleção e contratação de jogadores.

Agora, novamente, meu ponto é menos em 21 e mais em 22. 21 foi uma operação de salvamento no Santos. Repito, salvamento! Era natural ter erros, muitos problemas acontecendo.

Sei também que houve uma sucessão de técnicos que têm sua parcela de culpa. Mas o que penso é que, por uma mistura de compreensível dificuldade (21 estava o caos, notadamente no 1º semestre) e um erro na necessária reconstrução do departamento de futebol, contratamos mal. Contratamos um número razoável de jogadores, todos baratos, mas poucos que efetivamente poderiam auxiliar o time. Camacho e Marcos Guilherme, cada um a seu jeito, foram os efetivamente utilizados pelo que me lembro. Ah, teve o Tardelli, importante sim. Talvez a melhor contratação para o momento.

As contratações foram ruins ou regulares em geral, algumas nem jogaram, mas novamente acho compreensível dado o caos.

Porém 22 deveria ser outra história. O caos absoluto tinha passado. Entramos 22 com um diretor de futebol “entrado” no final de 21, Edu Dracena, com a saída de alguns nomes tipo Jorge Andrade e a entrada de um novo gerente. Ainda, com um técnico que nos livrou do rebaixamento, Carille.

Técnico esse que claramente não era opção do Edu Dracena e mesmo assim foi mantido. Técnico esse que pediu contratações de jogadores que claramente pareciam caros, em declínio e não aprovados pelo depto de inteligência. Se havia o diagnóstico de que seria melhor trocar o Carille, e isso foi confirmado com sua posterior demissão logo depois, não errou a diretoria em não apoiar mais incisivamente o Edu Dracena? 21 para 22 propiciou um tempo para respirar, refletir, raciocinar. Perdeu-se tempo.

Contratou-se para o Paulista 22 jogadores de pouco destaque (mas tivemos a boa subida de jogadores da copinha), exceção feita ao Goulart, com um depto de inteligência em transição. Acho que o time foi pior do que deveria no paulista dado o plantel, mas talvez isso pudesse ser evitado com a presença de um cara como Rodrigo por exemplo. A necessidade de um 05 gritava por si.

Entra então um novo cara para o depto de futebol, o reconhecido Caio Nascimento, e o técnico Bustos.

Imaginou-se então que a partir daquele momento seria assim: técnico e depto de futebol identificam as necessidades de jogadores, scouts apresentam nomes e o depto de futebol vai atrás dos nomes. O tal processo de contratação.

Acontece que houve de tudo; técnico trazendo nomes de sua rede, diretor de futebol trazendo nomes de sua rede. Parece que havia muitos focos e modos de prospecção, não algo mais uniforme.

Me parece que os equatorianos vieram pela força do Bustos, não obstante o OK da inteligência. Acho até natural um nome de sua confiança, mas isso tem que ser com muita parcimônia.

Contratamos, por exemplo, um centroavante estrangeiro, que não estava em momento de alta, não muito barato, sendo que temos um excepcional titular, temos ainda o Goulart que pode jogar lá e o Rwan que estava pedindo passagem. Será que não era melhor contratar um outro meia? Contratamos um meia atacante bom de recomposição, mas não ganhamos agressividade nas pontas, alguém capaz de quebrar linhas com passes ou dribles.

Contratamos um lateral direito aparentemente da rede de relação ou por indicação predominante do Diretor de futebol que o técnico pouca utiliza, posição para a qual já havia um diagnóstico da necessidade de alguém com um poder razoável de marcação, bem como que ajudasse na construção de jogadas e passes pelo ataque.

Contratou-se um volante com características de marcação mais firme, mas com pouca capacidade de construção de jogo. Aparentemente apoiado pelo Bustos. Ora, você chegando no clube, precisando de um jogador que não tem, tendo que ficar numa boa, vai recusar todos os nomes que lhe são indicados?

Em quem realmente acertamos em cheio? No Rodrigo, indicado pelo scout, o que parece ter sido contratado no padrão de processos esperado. No Maicon, nome mais consagrado, com peso. As vezes nomes com suposto mais risco rendem, o ponto é minimizar isso.

Em suma, meu ponto é menos jogador e mais o tal processo, forma de se chegar a contratação. Resolvidas as pendências mais imediatas (está claro que o Santos ainda está com o caixa muito comprometido, tem limites para gastar), está na hora de termos de forma definitiva o depto de inteligência e scout totalmente estruturados, o técnico que em conjunto com o depto aponte as necessidades e as mande para a inteligência.

A inteligência que identifique e sugira nomes e uma direção de depto que negocie e filtre os nomes, sabedor do orçamento do clube, ou mesmo que os identifique, sem apenas aparentemente se concentrar na rede de relação mais próxima.

Acho que não cabe a membro de CG aprovar jogador individualmente. O perfil dos atuais membros, com todo o respeito, não parece ser de gente que conheça, em detalhes, bola e boleiros. Nem se deveria esperar isso, frisa-se.

Espero que daqui para adiante sempre tenhamos processos e que, se falta algum nome para o depto de futebol, se contrate dentro do orçamento.

Para fins de clareza: houve erros mas para mim não há o menor indicio de sacanagem nas contratações. Esses erros, a partir de agora, não teriam mais razão de acontecer. Claro que contratar jogador não é ciência exata. Claro que alguns não vingarão mesmo com os tais processos. Mas se pode minimizar isso.

Colaborou: Ramom Rotta (@Ramomrotta)

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Análise – Pré Jogo – SANTOS FC x La Calera (Chile) – Copa SulAmericana

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Quem vai vencer o jogo Santos FC x La Calera
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Salve Nação Santista!

Do time titular do vice campeão da Libertadores só sobrou o Felipe Jonathan, o John e o Lucas Braga, salvo engano. Atualmente nenhum deles é titular, nem parece que brigará no futuro próximo para ser. O time foi completamente alterado, não há o que se discutir.

Luan Peres, Para, Verissimo, Alison, Pituca, Soteldo, Kaio Jorge e Marinho se foram, se não esqueci ninguém. Uma das críticas que se fez é que o Santos teria se desfeito dos jogadores por um preço vil, incompatível com o valor dos jogadores. Para caracterizar esse preço vil algumas pessoas utilizaram o termo doação, como se os jogadores tivessem sido transferidos por um valor tão absurdo que teria sido como se tivessem sido doados.

Confesso que o termo me parece exagerado. Ele parece me dar o tom de que foi feito algo absurdo, praticamente imoral. No mínimo de forma relapsa ou totalmente sem nenhum cuidado. Acredito que ao se utilizar esse termo, em menor ou maior grau, há uma percepção de que o seu uso pretende justamente demonstrar essa carga bastante negativa.

Meu ponto é o Marinho, mas para chegar nele cabe ressaltar uma característica quase comum para todos esses jogadores vendidos: exceto o próprio Marinho quando da sua venda, o time estava em um momento muito fragilizado, financeiramente falando, e mesmo em sua organização. Jogadores descontentes com promessas não cumpridas, salários atrasados em vários momentos recentes e um clube que, segundo relatos, era de alguma forma comandado pelo treinador. Os jogadores o chamavam de presidente, salvo engano.

Precisando fazer caixa desesperadamente, com jogadores no estilo “compro e não pago” e ainda contando com vários jogadores abertamente descontentes com o passado recente, o time vendeu vários deles. Nessa situação, obvio que os compradores se aproveitaram. Poder de barganha estava com os compradores.

Talvez alguns dos preços pudessem ser melhores. Mas imagine o leitor a situação de desespero com as contas, o transferban, parte do vestiário irritado…acho que era razoável que muitas das vendas fossem por valores abaixo do que o santista gostaria e mesmo do que os jogadores mereceriam em uma situação mais estável.

Agora, falar que eles foram doados, ou seja, que foram transferidos sem nenhum cuidado e por valores totalmente incompatíveis, me parece um exagero. Talvez algumas vendas mesmo nessa situação pudessem ter sido melhores? Talvez. Talvez alguns jogadores exageraram nas demandas para sair e o clube não bateu o pé? Talvez. Mas reitero, difícil exigir uma situação de normalidade quando tudo ao redor parecia anormal.

Agora vamos ao Marinho. Quando de sua venda a situação mais “complexa” já teria passado. Como assim vendemos nosso “franchise player” pelo valor irrisório de menos de uma dezena de milhões? Olha lá, mais uma doação.

Contudo, o tempo mostrou que a saída do Marinho abriu espaço para o Ângelo. Mostrou um jogador que fez esforço para sair, não teve praticamente propostas (pelo menos que vazaram) e parece (achismo) que cavou uma venda para um time cujo técnico não contava tanto com ele.

O tempo também rapidamente mostrou que a relação do Marinho com o clube estava bem desgastada (lembrando que não teve nem vídeo de despedida). O tempo mostrou um jogador que sim, foi fundamental e gigante no Santos por um tempo, mas que funcionou bem em um dado contexto de time. Sou grato ao Marinho pela sua história no Santos, mas agora me parece claro que ela já tinha chegado ao fim.

Marinho hoje é tido pelo flamenguista médio como uma contratação até aqui mal sucedida e como um acerto de venda do Santos. Um cara que apresenta dificuldades de fazer outras tarefas em um time (OK, tem a parcela do técnico deles..). Um jogador que parece ter perdido o poder de decisão.

Muitas vezes acontecem coisas dentro de um vestiário que não sabemos. Futebol é feito de gente. Imagina o quão complicado é um vestiário com alguém sem nenhum “saco” para trabalhar onde está. Às vezes, o custo total de se manter esse jogador é muito mais alto do que o vender.

E tinha o histórico do Marinho, as cobranças públicas, os cartões amarelos. Se não havia propostas melhores, se o clube entendeu que ele mais ajudaria sendo vendido, parece razoável fazer uma venda pelo melhor valor possível. Mesmo não estando em um momento tão complexo como 21, não me parece nessa conjuntura que o processo de venda dele e o respectivo preço foi uma temeridade.

O Marinho precisava ter sido vendido? Talvez não. O Marinho poderia ter sido vendido por um preço melhor? Talvez. Mas a verdade é que não sabemos (nem nunca saberemos, nem talvez nos caiba saber) várias das coisas que se passam dentro de um time e as razões para determinadas condutas. O que eu acho disso tudo é que não cabe a palavra doação para a saída do Marinho.

Colaborou: Ramom Rotta (@Ramomrotta)

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ANÁLISE PRÉ JOGO – SANTOS FC X CORITIBA

Santistas do meu Brasil, estou com o proposito de escrever alguns textos sobre o Santos que não lidem diretamente com o último jogo. Minha ideia é refletir sobre algumas questões, repensar algumas coisas, especular, refletir.

O texto de hoje será sobre paciência comedida e uma provocação: se alguns de nos torcedores tivemos paciência com o Batistão, não podemos ter com o Goulart? Jogador bom sempre chega, veste e joga de forma decisiva?

Começando, todo mundo está vendo a bola, o esforço e o quão decisivo Batistão está sendo para o Santos. Acho que só o torcedor mais exigente não aprova atualmente o Batistão.

Mas até pouco tempo atrás acho que o torcedor médio reclamava do Batistão. “Não faz nada” muitos bradavam, ao passo que outros o chamavam de pereba, grosso…

Batistão, o cara que foi um jogador importante, competitivo, no reconhecido campeonato espanhol. Por algum tempo diga-se, não um verão só. O mesmo jogador que foi para a China, uma liga menos competitiva, machucou-se e naturalmente ao voltar para o Brasil estava meio “enferrujado”. Além disso entrou em um contexto difícil, time atrapalhado, pouco confiante, lutando para não cair. Reconhecidamente não voltou bem para o Santos. Isso ninguém discute.

Batistão, o jogador que pelo que se sabe claramente optou por jogar no time pelo qual nutre carinho, abrindo mão de ganhar mais no Sul. Ficou calado e se dedicou. E quem estava ao redor entendeu o momento e deu o tempo de que ele precisava.

Fez uma boa pré-temporada em 22 e, aos poucos, foi achando seu caminho. Sem falar muito, trabalhando. O ponto é que para mim parece que há sim jogadores que são bons, mas em um primeiro momento não encaixam no time. Seja pelo preparo, pela forma de jogar, por voltar de contusão, pela readaptação cultural. As vezes, ao não dar certo de imediato, deve-se respirar e repensar um pouco. Colocar no banco, dar tempo de treinar, de entender as dificuldades. Jogar também se faz com o coração e com a mente, não só com as pernas e o físico (o principal, diga-se).

Claro, tem que ter talento. Há jogadores que não têm muito o que evoluir. Batistão não era claramente esse caso e quem o acompanhou e tinha um pouco de calma e paciência sabia que ele podia ser útil. Alguns falaram isso. E ele começa a provar que nem sempre jogador veste a camisa e decide. As vezes demora um pouco mais, é importante não queimar de imediato ativos do time e procurar os recuperar, desde que haja evidências de recuperação e o jogador tenha a força de vontade.

Vamos cortar agora para o Ricardo Goulart, reconhecido bom jogador, técnica apurada, capacidade de decidir. O talento e a capacidade estão ali. Mas ele está com dificuldades para encaixar no Santos, no desenho tático do time do Bustos. Além disso há a impressão de que a intensidade (palavra mágica a quem se mata de correr) que um time do Bustos exige não casa ainda com ele. Como Batistão, ficou um tempo na China, teve contusão.

Goulart, outro que optou ir para o Santos e aparentemente tinha outras opções, que parece ter um papel de liderança com alguns jogadores, do jeito dele, mais calado. Goulart, homem acostumado a decidir.

Por tudo isso, para mim está claro que, mais que um banco esporádico, ele precisa de um tempo para refletir, se preparar, ler melhor o jogo no Brasil. Precisa de um banco mais esticado, não só poupar um jogo ou outro. Claro que ele precisa entender e comprar essa ideia também, assim como a comissão do Santos. Técnica e determinação ele parece ter. Quantos meia quase atacantes bons há como ele? Por isso creio que está na hora de dar uma chance para ele se recuperar de verdade, justamente o tirando por alguns jogos. Jogador bom nem sempre chega e veste a camisa. Mas pode vestir no futuro próximo sim. Devemos dar uma chance para ele e para o Santos.

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