Com base na novidade ocorrida no início do mês de novembro (exaustivamente divulgada pela imprensa), a respeito da tentativa frustrada do vice-presidente de assumir a gestão do clube, gostaríamos de concentrar o debate da vez “nos fins” em vez de continuar discutindo “os meios”.
Vejam que o vice-presidente, aparentemente, não queria somente a satisfação pessoal de usar o gabinete da presidência. Ele queria, de fato, fazer algo pois tentou alterar provisoriamente a composição do comitê gestor visando por “a mão na massa”.
Observem que mesmo o presidente tendo obtido uma medida cautelar suspensiva, o vice ainda insiste em ter acesso a documentos do clube.
Agora: nos causa estranheza essa resistência em fornecer documentos a alguém que foi eleito no último pleito.
Quem não tem nada a esconder, não teme fornecer informações àquele que ocupa um dos cargos mais importantes do clube, eleito democraticamente.
Pela enésima vez, o Sr. Orlando Rollo não foi derrotado. Ele foi um dos eleitos na última eleição, tendo em vista que era um dos componentes da chapa “Somos Todos Santos”.
Aqueles que acreditarem que se trata de golpe de alguém que perdeu a eleição, sugerimos assistir à coletiva de imprensa de 10/12/2017.
Além da coletiva que ajuda e esclarecer algumas insinuações que distorcem a realidade, vejam vocês qual era um dos compromissos assumidos pelos gestores:
Por tudo isso, esperamos pela tal transparência amplamente prometida pelos senhores que aí estão, e deixamos algumas questões a serem devidamente esclarecidas:
1- Quais documentos eram esses que o vice-presidente queria ver e foi impedido?
2- Por que não entregaram os tais documentos, tendo em vista que a portaria feita pelo presidente foi considerada nula, e portanto, o vice poderia exercer normalmente as atribuições de seu cargo, tendo acesso aos tais documentos?
3- Por qual motivo algumas áreas administrativas do clube tiveram o expediente suspenso logo no dia seguinte ao ocorrido na Vila Belmiro?
4- Qual o problema em mostrar os tais documentos pedidos, se já existe requerimentos feitos pelos conselheiros há mais de 8 meses?
5- Há algo que não sabemos nesses documentos?
6- Onde está a transparência pregada aos quatro cantos durante a campanha?
Essas e outras situações trazem uma certa insegurança e dúvidas, a respeito do que ocorre de fato em nosso querido Santos Futebol Clube.
Jorge
Sampaoli diz ainda não saber se ficará no Santos em 2020, mas recebeu neste
sábado um bom argumento para continuar no cargo. De virada, o Peixe goleou o
Cruzeiro por 4 a 1, na Vila Belmiro, assumiu a vice-liderança do Campeonato
Brasileiro e ainda garantiu a classificação direta para a fase de grupos da
Copa Libertadores.
Santos sobe para segundo
O
Santos chegou aos mesmos 68 pontos do Palmeiras, mas com vantagem no número de
vitórias (20 a 19) – o rival recebe o Grêmio, neste domingo, na arena. A
vitória sobre o Cruzeiro sacramenta também a classificação do Peixe para os
grupos da Libertadores 2020. Com o título do Flamengo neste sábado, o G-4 se
transformou em G-5. Na próxima quinta-feira, os santistas visitam o Fortaleza,
às 20h, no Castelão.
Homenagem ao Rei
Os
50 anos do milésimo gol de Pelé, completados no último dia 19 de novembro,
foram lembrados pelo Santos antes da partida. Edinho, filho do Rei, repetiu no
gramado da Vila Belmiro a foto tirada por Pelé após atingir a histórica marca.
Santos na campanha contra o
câncer
O
Santos trocou o preto pelo azul na numeração das camisas de seus jogadores
neste sábado. A cor é uma referência ao Novembro Azul, movimento mundial que
reforça a importância da prevenção do câncer de próstata. A camisa do Peixe
também recebeu um laço na mesma cor logo abaixo do símbolo do clube.
Primeiro Tempo
Como
de costume, o Santos colocou muita velocidade no início do jogo e pressionou o
Cruzeiro. Marinho apareceu bem pelo lado direito. Sasha parou em boa defesa de
Fábio. Mas foi o Cruzeiro quem abriu o placar, aos 13. Orejuela fez boa jogada
pela direita e, de pé esquerdo, bateu sem chances para Everson. O Peixe
continuou perigoso na frente e chegou ao empate aos 22. Evandro recebeu de
Sánchez e ajeitou para Sasha deixar tudo igual. Sánchez perdeu a chance de
virar pouco depois ao bater para fora cara a cara. Marinho acertou a trave após
arrancada pela direita que deixou Egídio para trás. A Raposa só respondeu aos
37, em cobrança de falta de Thiago Neves que Ederson espalmou. Gustavo Henrique
marcou nos acréscimos, mas estava em impedimento bem assinalado pela
arbitragem.
Segundo Tempo
O
Santos continuou melhor. Cacá, aos oito, tirou na pequena antes da finalização
de Sánchez. Em seguida, Soteldo bateu por cima e perdeu boa chance. A virada
saiu aos 14. Marinho arrancou pela direita, cortou para o meio e bateu bonito
no canto, sem chances para Fábio. O Peixe poderia ter aumentado pouco depois, mas
o cabeceio de Evandro passou perto. Orejuela respondeu com boa jogada e um
chute perigoso por cima. Os paulistas decidiram o jogo aos 19, em cruzamento de
Sánchez que passou por Sasha e sobrou para Soteldo concluir. Os cruzeirenses
tentaram reagir, mas criaram muito pouco. E ainda sofreram o quarto, aos 44.
Fábio deu rebote em falta de Sánchez, Evandro cruzou, e Diego Pituca só
completou.
Nas últimas manifestações do treinador Sampaoli, foi possível constatar o que o Blog Soul Santista antecipou em nosso Post de 05/11/2019 sobre o que separa a continuidade ou rompimento com o SFC. Não se trata de adivinhação ou premonição, mas sim da constatação do estudo feito pelo Blog para elaboração do referido texto.
Sampaoli, hoje se vê dentro de um enorme caleidoscópio, onde todos os lados refletem insegurança, traição e incompetência, numa projeção de imagens iguais, infindáveis e de difícil solução, um cenário equivalente a um labirinto que em sua única saída indique o caminho do fracasso.
Em suas duas últimas entrevistas, ficou claro que a aceitação do torcedor, o amor pela cidade, a paixão pela praia ou até a sua multa contratual não prenderão um profissional de alto nível em um ambiente onde ele não enxergue o caminho do êxito. Sampaoli é do tipo, que é fanático pela vitória e quem caminha em paralelo com ele deve pensar da mesma forma, caso contrário, o ambiente será conturbado e sinuoso.
Para resumir a coisa, o clube e seu torcedor precisam entender que a manutenção do Sampaoli passa por um projeto vencedor, com perspectivas de reforços e manutenção da sua espinha dorsal. Ele já conhece o clube e seus dirigentes, a fase de ser enrolado e viver mergulhado em promessas ficou em 2019, para a próxima temporada ele saberá interpretar as entrelinhas do projeto 2020.
A lição que o clube deve tirar da Era Sampaoli é o profissionalismo, trabalho, perseverança e ambição por vencer, esse é o legado, principalmente, para um clube que passou a última meia década jogando com a medalha do fracasso no peito de seu elenco, com gestões conformadas com vagas em libertadores, etc. Esse é o legado, devemos tratar essa “Era” como um divisor de águas, e seja qual for o treinador em 2020, não podemos mais admitir um time que passa 2 turnos do Campeonato Brasileiro com apenas uma vitória fora de casa, como em temporada recente.
O Blog Soul Santista, por todo o contexto, acha muito pouco provável a permanência do treinador.
Abaixo: Replicamos o texto postado em 05/11/2019 – “Sampaoli continua em 2020?”
Recentemente assistimos a uma entrevista coletiva do técnico Jorge Sampaoli (após a partida contra o Bahia),com declarações bastante contundentes e que colocam em dúvida a permanência do técnico na próxima temporada.
Pelo que se pôde perceber, o Sampaoli não quer treinar times em reconstrução e com dificuldades financeiras. Ele quer trabalhar em equipes que efetivamente briguem por títulos.
Citou o time carioca na coletiva, no sentido de que é o exemplo do “ideal”.
Vejam que na última década, a maioria das equipes treinadas pelo Sampaoli são aquelas acostumadas a brigar por boas posições em seus campeonatos locais.
2010: Emelec (2º maior vencedor do Equador);
2011-2012: Universidade do Chile (2º maior vencedor do Chile);
2012-2016: Seleção do Chile;
2016-2017: Sevilla (Espanha. Tirando os 2 gigantes, é uma boa equipe);
2017-2018: Seleção Argentina;
2019: Santos
Pelo seu histórico profissional, ele é mais ou menos como um bom piloto de fórmula 1 que quer trabalhar somente em equipes de ponta, que briguem por títulos. Não quer trabalhar em uma “Tolleman”.
Pelo desempenho que o time vem apresentando (e apesar de uma certa teimosia), consideramos o Sampaoli um profissional de ponta, pois consegue levar este elenco mediano a uma terceira colocação em um campeonato com equipes bem mais estruturadas, e com maior poder de investimento.
Isto posto, chegamos à conclusão de que ele veio para o Santos, muito provavelmente, porque venderam a ele uma imagem “um pouco diferente” da realidade.
Até este momento, ele estava acostumado a entregar uma lista de “desejos” (reforços) para o clube trazer. Caso algum nome da lista fosse contratado e não desse certo, certamente outros tantos nomes supririam a frustração.
O problema é que o Santos é como um soldado na guerra com pouca munição. Cada disparo errado faz uma falta enorme.
Isso pode explicar os chiliques do diretor de futebol (sobre vender ilusão), e a fala do técnico sobre “enganar as pessoas e ilusão”.
Na referida entrevista coletiva, também sinalizou que se na próxima temporada for para ser igual a este ano, a coisa não terá muito futuro.
Diante disso, fica a percepção de que os boatos (do início do ano) no sentido de que ele poderia ter deixado o Santos logo nos primeiros meses de trabalho, pode não ter sido uma mera invenção da turma “do quanto pior melhor”.
Acreditamos que ele só não foi embora porque sua imagem ficaria arranhada, tendo em vista que ele já havia assumido o compromisso com o clube.
Teve de engolir trabalhar com jogadores medianos, tal qual um técnico principiante.
Para finalizar, há também a história da suposta retirada da multa contratual. Quando perguntado sobre isso, em vez de dizer que tudo era invenção ou mentira, invocou a confidencialidade contratual!?
Ante o exposto e pela sinalização sobre a próxima temporada (que será um período de dificuldades), o Santos deveria olhar o mercado a procura de um treinador motivado e que tenha perfil semelhante àquele do ex-técnico Leão.
Um disciplinador (para jogadores como Cueva e Diogo Vitor) e um técnico que saiba trabalhar com jovens.
Com um tempo dominado por cada time, Santos e São Paulo empataram por 1 a 1, neste sábado à tarde, na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Peixe foi melhor na primeira etapa e abriu vantagem com Carlos Sánchez cobrando um pênalti infantil cometido por Arboleda em Evandro. O time do Morumbi melhorou na etapa final e chegou à igualdade com sua maior estrela, Daniel Alves.
O Santos
perde a chance de, pelo menos, dormir na vice-liderança do Brasileirão. O Peixe
tem agora 65 pontos, dois abaixo do Palmeiras. A vantagem para o Grêmio, quarto
neste momento, é de nove pontos, mas ainda poderá cair no complemento da rodada
(os gaúchos enfrentam o Flamengo, domingo, em Porto Alegre). No próximo jogo,
os santistas recebem o Cruzeiro, sábado, às 21h, novamente na Vila Belmiro.
Jorge e
Eduardo Sasha discutiram no fim do primeiro tempo. A confusão começou depois
que o lateral arriscou para fora um chute pelo lado esquerdo. Irritado por não
ter recebido o cruzamento, o atacante passou a gesticular no meio da área.
Jorge, então, foi cobrá-lo e chegou a colocar o dedo no rosto do companheiro.
Ação de Conscientização
O Santos e o
Observatório da Discriminação Racial no Futebol fizeram neste sábado uma ação
para mostrar que a desigualdade de raças ainda é bastante presente no Brasil.
Os números nas camisas do Peixe foram transformados em porcentagens que
exemplificam como a população negra ainda sofre no país seja em profissões,
formações superiores, salários e homicídios.
Primeiro
Tempo
O
Santos nem precisou fazer uma enorme pressão para ficar em vantagem no placar
logo aos sete minutos. Após saída errada de Jucilei, Arboleda cometeu um
pênalti infantil em Evandro na entrada da área. Sánchez converteu. O São Paulo
voltou a apresentar os mesmos problemas ofensivos (pouca criatividade, lentidão
e muitos erros de passes na frente…) e nada produziu. O Peixe quase ampliou
aos 37 em um golaço. Volpi saiu errado do gol e entregou a bola nos pés de
Sánchez. O uruguaio bateu por cobertura e por muito pouco não acertou o canto
direito. Evandro também teve boa oportunidade para aumentar, aos 42, mas chutou
por cima.
Segundo
Tempo
O
São Paulo voltou dos vestiários com Liziero no lugar de Jucilei para dar mais
qualidade à saída de bola. O time melhorou, mas a primeira chance foi do
Santos, aos sete. Em sobra na área, Volpi salvou com as pernas o chute de
Sasha. O empate saiu na sequência, aos nove. Daniel Alves aproveitou cruzamento
de Vitor Bueno e soltou a bomba na área. Pablo pouco depois teve duas boas
chances para marcar, mas não aproveitou. Marinho também desperdiçou do outro
lado. Sampaoli tentou melhorar o ataque santista com Tailson na vaga de
Evandro, mas não adiantou. Os são-paulinos chegaram a pedir pênalti, aos 36, em
chute de Arboleda que carimbou Victor Ferraz – o jogador estava com o braço
colado ao corpo. Everson ainda salvou o Santos, aos 42, em cabeceio de Igor
Gomes.
Há poucos dias foi divulgada informação dando conta que o Sr. Modesto, ex-presidente do Santos (2015-2017), foi expulso do quadro associativo do clube em virtude de infração ao art. 16 do estatuto, que versa sobre “causar dano ao patrimônio ou às dependências do Santos”.
Com esta decisão do último dia 05/11/2019, os conselheiros seguiram a recomendação da CIS (comissão de inquérito e sindicância).
A CIS havia indicado pela expulsão do ex-presidente, por causa da reprovação das contas de 2017 e também pela não comprovação da prestação de serviços da empresa quantum, que havia cobrado comissão pela suposta intermediação na transferência de Neymar ao PSG.
Basicamente, como funciona todo esse processo:
Todo presidente do clube deve prestar contas de sua gestão ao conselho deliberativo do clube;
Se o conselho encontra irregularidades ou algo em desacordo com o estatuto ou a Lei, essas contas são reprovadas, e o presidente tem a oportunidade de corrigir ou complementar sua prestação de contas;
Se após essa etapa, a coisa continua sem as devidas justificativas, inicia-se o processo interno no clube, através da CIS, com o objetivo de julgar e punir eventuais responsáveis.
Em resumo: a coisa não é “à base da canetada” (ou birra da oposição), mas algo que segue todo um procedimento (rito) previsto no estatuto, e até mesmo auditorias internas.
Vejam vocês que tivemos 2 presidentes punidos de forma consecutiva. O Sr. Modesto com a decisão do último dia 05, e seu antecessor, o Sr. Odílio, em decisão proferida no mês de abril de 2016.
No futebol, esse tipo de punição deveria ser algo bastante raro tendo em vista que o “atributo da probidade”, é requisito básico de toda administração que se sente preparada para dirigir um clube grande como o Santos FC.
E para fechar a coisa com chave de ouro, na última segunda-feira tivemos aquele triste episódio ocorrido na Vila Belmiro, causado por uma punição temporária em face do atual presidente do clube, no qual o vice-presidente tentava assumir a gestão temporária do clube, aparentemente, sem ter o respaldo jurídico para tanto.
Além de ter aparecido com uma comitiva de apoiadores, o vice-presidente declarou em uma coletiva improvisada na porta do estádio, que reassumiu suas funções a contragosto devido a uma imposição do conselho. Vimos também parte da imprensa esportiva dizendo que aqueles que perderam a última eleição não se conformam com a derrota, mas pelo que sabemos, o vice-presidente foi eleito junto com o presidente.
E já que o presidente se definia como “o mais preparado”, sendo aquele capaz de unir todos os grupos políticos, bem que ele poderia nos provar essa capacidade, se acertando com o vice que ele mesmo escolheu, não é?
No final, essa “jogada de mestre” do vice criou uma imagem de vitimização da gestão atual, e a partir de agora, se algo der errado será por culpa disso, e toda vez que se falar em gestão temerária ou irregularidades, dirão que é tentativa de golpe.
Voltando a falar do macro, via de regra, esse tipo de punição a dirigentes é sinônimo de prejuízo de milhões e milhões de reais ao clube.
Não à toa o Santos, apesar de ser um clube arrecada muito, está cada vez mais endividado e defasado.
Diante de todo esse cenário de desolação e falta de perspectivas o que nos resta?
Na nossa opinião, somente através da escolha de bons gestores: pessoas capacitadas e com experiência empresarial comprovada, é que o clube começará a dar sua virada, e exemplo de outros times, que até pouco tempo atrás figuravam como os maiores devedores do futebol brasileiro e hoje “surfam a onda do sucesso”.
Mas por enquanto, pelo andar da coisa, poderemos ter o nosso “bad hat-trick” ou “tripleta do mal” com a punição do terceiro dirigente em sequência. Talvez a CIS possa pedir música ao Fantástico ou então a Taça das Bolinhas na CBF.
Observem nos exemplos que temos no nosso futebol, quanto prejuízo um mau gestor pode causar em um clube de futebol. Não é brincadeira.
O Santos está cada vez mais perto de garantir, pelo menos, o terceiro lugar do Campeonato Brasileiro. Com uma atuação muito boa, o Peixe não deu chances ao Goiás mesmo no Serra Dourada e venceu por 3 a 0, neste sábado à tarde, em Goiânia. Brilhou a estrela do venezuelano Soteldo, autor de dois gols (o primeiro deles um golaço) e que ainda deu uma assistência para Marinho marcar.Com a vaga na Libertadores praticamente assegurada, o time de Jorge Sampaoli subiu para os 64 pontos, em terceiro, e ficou apenas três apenas atrás do Palmeiras. O Santos faz o clássico contra o São Paulo, no próximo sábado, às 17h, na Vila Belmiro.
Primeiro Tempo
O Santos foi para a cima,
dominou o jogo e poderia ter encerrado ter aberto uma ótima vantagem na etapa
inicial. Com velocidade e trocas rápidas de passes, o Peixe envolveu o Goiás
com facilidade e criou chances em sequência. Sánchez, Soteldo e Sasha quase
marcaram. Coube ao venezuelano, porém, a obra-prima da tarde, aos 26 minutos.
Ele aproveitou rebote na área e, de primeira, acertou um lindo chute no canto
direito, sem qualquer chance para Tadeu. O Goiás nada fez. Nem mesmo Michael,
jogador mais perigoso da equipe, encontrou espaços para jogar diante da boa
marcação santista.
Segundo Tempo
Sánchez, logo no primeiro minuto, perdeu a chance de encaminhar a vitória do Santos. O Goiás teve uma leve melhora, passou a incomodar mais e assustou. Aos nove, Rafael Vaz cobrou falta com muita força e exigiu boa defesa de Everson. O Santos acabou com qualquer reação rival aos 14 minutos. Marinho recebeu de Soteldo e aumentou a vantagem. E o baixinho venezuelano queria mais: aos 27, ele marcou o terceiro do Santos após ótima jogada de Marinho. O dia não era do Goiás. Aos 38, Barcia perdeu na pequena área uma chance incrível de descontar.
Recentemente assistimos a uma entrevista coletiva do técnico Jorge Sampaoli (após a partida contra o Bahia),com declarações bastante contundentes e que colocam em dúvida a permanência do técnico na próxima temporada.
Pelo que se pôde perceber, o Sampaoli não quer treinar times em reconstrução e com dificuldades financeiras. Ele quer trabalhar em equipes que efetivamente briguem por títulos.
Citou o time carioca na coletiva, no sentido de que é o exemplo do “ideal”.
Vejam que na última década, a maioria das equipes treinadas pelo Sampaoli são aquelas acostumadas a brigar por boas posições em seus campeonatos locais.
2010: Emelec (2º maior vencedor do Equador);
2011-2012: Universidade do Chile (2º maior vencedor do Chile);
2012-2016: Seleção do Chile;
2016-2017: Sevilla (Espanha. Tirando os 2 gigantes, é uma boa equipe);
2017-2018: Seleção Argentina;
2019: Santos
Pelo seu histórico profissional, ele é mais ou menos como um bom piloto de fórmula 1 que quer trabalhar somente em equipes de ponta, que briguem por títulos. Não quer trabalhar em uma “Tolleman”.
Pelo desempenho que o time vem apresentando (e apesar de uma certa teimosia), consideramos o Sampaoli um profissional de ponta, pois consegue levar este elenco mediano a uma terceira colocação em um campeonato com equipes bem mais estruturadas, e com maior poder de investimento.
Isto posto, chegamos à conclusão de que ele veio para o Santos, muito provavelmente, porque venderam a ele uma imagem “um pouco diferente” da realidade.
Até este momento, ele estava acostumado a entregar uma lista de “desejos” (reforços) para o clube trazer. Caso algum nome da lista fosse contratado e não desse certo, certamente outros tantos nomes supririam a frustração.
O problema é que o Santos é como um soldado na guerra com pouca munição. Cada disparo errado faz uma falta enorme.
Isso pode explicar os chiliques do diretor de futebol (sobre vender ilusão), e a fala do técnico sobre “enganar as pessoas e ilusão”.
Na referida entrevista coletiva, também sinalizou que se na próxima temporada for para ser igual a este ano, a coisa não terá muito futuro.
Diante disso, fica a percepção de que os boatos (do início do ano) no sentido de que ele poderia ter deixado o Santos logo nos primeiros meses de trabalho, pode não ter sido uma mera invenção da turma “do quanto pior melhor”.
Acreditamos que ele só não foi embora porque sua imagem ficaria arranhada, tendo em vista que ele já havia assumido o compromisso com o clube.
Teve de engolir trabalhar com jogadores medianos, tal qual um técnico principiante.
Para finalizar, há também a história da suposta retirada da multa contratual. Quando perguntado sobre isso, em vez de dizer que tudo era invenção ou mentira, invocou a confidencialidade contratual!?
Ante o exposto e pela sinalização sobre a próxima temporada (que será um período de dificuldades), o Santos deveria olhar o mercado a procura de um treinador motivado e que tenha perfil semelhante àquele do ex-técnico Leão.
Um disciplinador (para jogadores como Cueva e Diogo Vitor) e um técnico que saiba trabalhar com jovens.
PÓS JOGO – AVAÍ X SFC
O SFC obteve um excelente resultado nesta noite de quarta feira, não obstante, o Avaí ser um time muito fraco, jogos fora de casa é sempre arriscado o time sofrer um apagão ou “complexo de Garfield”, sobretudo, atuando 1/3 do jogo com um jogador a menos. No geral o jogo foi sonolento, muita transpiração e pouca inspiração. O SFC fez um bom primeiro tempo e abriu 2×0 com gols de Sasha e Marinho, depois foi, aos poucos, perdendo o controle do jogo, sofrendo, inclusive, o gol. No segundo tempo, o jogo caiu muito, cedemos campo ao rival, mas nenhum dos time conseguiu criar muito e a partida se arrastou até o apito final. Sorte nossa!
Faz-se necessário destacar que, finalmente, o Sampaoli vai deixando de lado o esquema com três zagueiros, sendo um deles alocado na lateral direita, a ausência deste esquema trouxe mais equilíbrio ao time.
O mais importante, é que este resultado consolida e, praticamente, cristaliza nosso Glorioso Alvinegro na terceira posição do campeonato e, por conseguinte, a vaga direta na Taça Libertadores 2020. Não podemos esquecer que cada posição acima na classificação representa muito dinheiro.
FICHA TÉCNICA
AVAÍ 1×2 SANTOS Local: Ressacada, em Florianópolis (SC) Data-hora: 6/11/19, às 21h Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Lilian da Silva Fernandes Bruno (RJ) Cartão Amarelo: Luanderson, Léo (2x), Richard Franco, Igor Fernandes, Kunde, Gegê (AVA); Gustavo Henrique, Luiz Felipe (SAN) Cartão Vermelho: Gustavo Henrique (SAN); Léo (AVA) GOLS: Eduardo Sasha, 8’/1ºT (0-1); Marinho, 23’/1ºT (0-2); João Paulo, 34’/1ºT (1-2)
AVAÍ Lucas Frigeri; Kunde, Betão, Zé Marcos (João Paulo; 29’/1ºT); Léo, Richard Franco, Luanderson (Gegê; 24’/2ºT), Pedro Costa, Julinho (Vinícius Araújo; 11’/2ºT), Igor Fernandes; Jonathan. Técnico: Evando Camillato.
SANTOS Éverson; Pará, Gustavo Henrique, Lucas Veríssimo, Jorge; Diego Pituca, Carlos Sánchez (Derlis González; 45’/2ºT), Felipe Jonatan (Alison; intervalo), Soteldo (Luiz Felipe; 20’/2ºT), Marinho, Eduardo Sasha. Técnico: Jorge Sampaoli
Se observarmos o atual momento vivido pelo Santos FC e pela Seleção Brasileira de Futebol, percebemos que existem muitas coisas em comum, e que “os efeitos” que acometem ambos, podem ter causa/efeito parecidos.
Vejam vocês que as instituições citadas têm um passado riquíssimo, são representantes da essência do futebol brasileiro: “aquele distante futebol arte”.
Tiveram times considerados os melhores da história. Cada qual, frente a seus rivais.
Lamentavelmente, no presente, ambos vivem um momento decadente e são considerados por alguns, obsoletos e anacrônicos.
Principalmente no século passado, tanto Santos como Seleção não tomavam conhecimento de seus adversários, davam show e enfileiraram títulos de muita expressão.
Com isso, levaram o nome do Brasil mundo afora, conquistando uma legião admiradores e de torcedores.
Enquanto na Copa de 70 no México, o Brasil era o 2º time do coração dos anfitriões (inclusive tendo sido homenageado pelos mexicanos), o nosso Santos fincava a bandeira alvinegra nos continentes do planeta, em especial Europa e África.
Diante de todo esse sucesso, o que fizeram os dirigentes?
Nos dois casos, aparentemente, ocorreu uma certa soberba, como se as instituições estivessem em um “voo de cruzeiro”.
Era só ligar o “piloto automático” e a coisa andaria sozinha.
Entre outras coisas, a CBF distanciava a Seleção do seu torcedor através dos amistosos em Londres e Dubai, enquanto os dirigentes do Santos “perdiam o hábito” de mandar jogos em grandes palcos, além do fato de não terem pensado na modernização de estrutura e de filosofia de futebol.
Outra coincidência: enquanto a Seleção garantia milhões e milhões de dólares de lucro para a entidade CBF, o nosso Santos fazia negócios extremamente vantajosos para os investidores, com todo o risco do negócio do lado do Santos, e com lucro garantido para o investidor. Vide contratação do centroavante de R$ 42 milhões, feita em 2013. Até hoje sofremos para pagar os lucros ao investidor.
Enquanto isso, o que fazia a concorrência?
Os concorrentes que estavam “quilômetros atrás de nós” observaram a “fórmula do sucesso” e passaram a investir em modernização e organização.
Essa concorrência tinha algo chamado “ambição e competência” e foram atrás de seus sonhos.
E para fechar com “chave de ouro”, os historiadores especialistas em Seleção e Santos contribuíram de forma involuntária com essa aura de soberba, através do culto ao passado (esquecendo-se de que a história se escreve todos os dias).
Qual o resultado disso?
Uma coisa chamada de “choque de realidade”, vindo da pior forma possível.
Enquanto o Santos tomava goleadas acachapantes de seus rivais domésticos e internacionais, a Seleção vivia o seu 7×1 em plena semifinal de Copa do Mundo no Brasil. Isso praticamente reduziu a tragédia do maracanazzo a uma coisa pequena e sem importância. Daqui a pouco, as próximas gerações nem saberão do que se trata tal coisa.
Pior. Os dirigentes parecem não ter aprendido nada com essas lições trágicas.
Hoje o Santos vê cada vez mais longe os concorrentes em termos de quantidade de torcida, médias de público, receita e títulos, e a Seleção começa a fracassar frente a times de 2º escalão do futebol mundial, como Bélgica, Paraguai, Chile e até mesmo o Peru.
Vejam vocês que a lendária camisa 10 do Santos atualmente é envergada por um jogador vindo de país com pouca tradição no futebol, e um técnico português dá show, logo em sua estreia no futebol brasileiro.
Esperamos que as pessoas responsáveis comecem a perceber que o “paciente está doente” e que necessita de tratamento urgente.
Moral da história: nada é por acaso; camisa não joga sozinha; sem trabalho, organização, competência e honestidade, não se chega a lugar algum.
SFC goleia o Botafogo em grande noite de Soteldo
O Santos não teve dificuldades para golear o Botafogo por 4 a 1 na noite deste domingo, na Vila Belmiro, e se consolidar na terceira posição do Campeonato Brasileiro. Com gols de Eduardo Sasha, Marinho e Soteldo (duas vezes), o Peixe construiu a vitória em casa, que dá tranquilidade a Jorge Sampaoli após um fim de jogo tenso contra o Bahia – quando o técnico chegou a discutir com torcedores na saída do gramado. O Botafogo só fez um gol com Igor Cássio, não teve reação e agora vê a zona de rebaixamento mais perto.
A vitória levou o Santos aos 58 pontos, na terceira posição, com seis de vantagem sobre o São Paulo, quarto colocado.
Malgrado a evidência berrante das receitas brutas do Palmeiras em 2018 de 654 milhões de reais perfazerem o TRIPLO das do Santos de 218 milhões de reais, muitos santistas teimam em reduzir o alviverde à Crefisul e se entregam a uma série de ilusões, e pior do que isto, sempre às mesmas, correndo na roda sem sair do lugar, postulando como o clube deveria conseguir grandes patrocínios, aumentar o número de sócios, pagar as dívidas, segurar jogadores com endomarketing, transmitir jogos em canais particulares, faturar com um marketing agressivo, vender material esportivo a valores milionários.
Imaginam tudo, menos o mais prático, de que tudo que se deseja, sócios, marketing, patrocínios, costuma normalmente ser logrado com maior facilidade em torno de um estádio moderno de tamanho no mínimo médio e acessível à sua maior torcida, no caso do Santos, a do Planalto Paulistano. Uma casa para os sócios e simpatizantes, condizente com o tamanho da torcida.
Referências são os clubes que mais vencem campeonatos, atualmente o Palmeiras, com a Copa Brasil de 2015 e os Brasileirões de 2016 e 2018. Como alhures, o Palmeiras e o Flamengo exemplificam a forte correlação da dominância esportiva com a dominância financeira. Sendo que probabilidade de um clube ser dominante, não se definiria por valores absolutos de quaisquer receitas, mas pela GRANDEZA RELATIVA das receitas líquidas totais recorrentes em relação à(s) do(s) líder(es).
Conquistas por “underdogs” financeiros, como as do Guarani, Auxerre, Wolfsburg, Leicester City e eventualmente do Santos atual, continuarão a ocorrer em casos de conjunções felizes, mas serão sempre exceções.
Além do Palmeiras, os exemplos europeus mostram que com novos estádios, em complemento ao faturamento “match day” dos mesmos, explodem todas a demais receitas. Os novos estádios do Bayern e do Juventus contribuíram para a dominância nacional absoluta destes clubes, vencendo respectivamente 7 e 8 campeonatos seguidos. Na Califórnia, centro mundial da indústria digital e de entretenimento (Hollywood, Emmy, Grammy) está se construindo o SoFI-Stadium, a arena multiuso mais cara do mundo. Os Chargers, vão abandonar San Diego após 56 anos, para a 190 quilômetros de distância ocupar a nova arena com o rival LA Rams, passando a firmar como Los Angeles Chargers.
1-A SUPREMACIA FINANCEIRA DO SANTOS NOS ANOS 60
Nos anos 60 o Santos dispunha de um faturamento, cujo valor absoluto, mesmo atualizado, era modesto em relação ao atual, mas era RELATIVAMENTE gigante comparado ao dos rivais da época.
Dominância financeira que era sustentada pelos cachês das excursões anuais à Europa, onde jogava três vezes por semana, enquanto que a maioria dos rivais brasileiros mal tinha condições de pagar uma viagem ao aeroporto. O Santos não foi gigante porque tinha o Pelé, mas porque tinha condições financeiras de mantê-lo e contratar jogadores de outros clubes a polpudos salários para a época, como Carlos Alberto, Mauro, Gilmar, Rildo, Mengálvio, Calvet, Lima. A Vila Belmiro jamais foi fonte de riqueza do clube, foram os estádios e torneios europeus.
2-O DESGASTE DO MODELO SANTISTA E A ASCENSÃO FINANCEIRA DO CRUZEIRO E SÃO PAULO
O modelo financeiro do Santos se desgastava com o envelhecimento de seus craques, faltando dinheiro para a contratação de substitutos de alto nível, porque a partir de 1965 parte dos recursos eram gastos para as prestações anuais da compra desastrosa do Parque Balneário.
Ao mesmo tempo outros clubes trabalhavam para acabar com a dominância financeira do Santos. Foram fundamentais dois novos estádios, o MINEIRÃO construído pelo Estado de Minas Gerais e entregue em 1965 e o MORUMBI, entregue em duas etapas 1960 e 1970, combinados com jogadores que surgiram no Cruzeiro, Tostão, Dirceu e Piazza e mais tarde os contratados pelo São Paulo, como Gerson, Pedro Rocha e Toninho Guerreiro, para acabar com a supremacia do Santos, que cometia a insensatez de investir no Parque Balneário e jogar malas de dinheiro para fora do avião.
3-SUPREMACIA FINANCEIRA DO PALMEIRAS JÁ PREVISTA EM 2012 E O DESAFIO DO SANTOS
Foi há quase 7 anos, quando se iniciava a construção da arena do Palmeiras, clube que estava ainda na lona, que, alertado para o que viria a ser o abismo financeiro inevitável, recomendei no meu
artigo “Os riscos proibitivos de um estádio em Cubatão” publicado no Blog do Odir em 20/12/2012, obsoletar o multiuso parcial do Palmeiras por um multiuso total do Santos em SP (cobertura e piso retráteis). Era perfeitamente previsível que a supremacia financeira do Palmeiras decorrente do ALLIANZ ARENA poderia ser similar à do Santos nos anos sessenta. Alertei que o estádio do Corinthians era economicamente menos viável por não ser multiuso.
Passados sete anos, não deu outra. O Palmeiras devido ao seu estádio viu TODAS suas receitas explodirem e comparado com os rivais, joga doravante numa liga estratosférica. Em 2018 teve um superávit de 30 milhões de reais.
4-O RETROFIT DA VILA BELMIRO
Mesmo se a preços de ingressos baixos for possível encher o RETROFIT (difícil) e até mesmo amortizar 237 milhões de reais de investimentos (muito difícil), o desnível financeiro para o Palmeiras não seria diminuído de forma significante.
O Palmeiras no Metrô de SP com 40.000 lugares baterá facilmente uma VB retrofitada, com apenas metade da capacidade, com ingressos a preços mais baixos, num local onde não há trilhos, não há espaço para estacionar, e ao qual um santista de Itanhaém levaria horas para chegar pelos transportes públicos. Sem falar do potencial menor de shows, para os quais se pagam ingressos a valores múltiplos dos cobrados pelo futebol. Finalmente compara-se muito os tamanhos da torcida santista da Baixada com a do Planalto, esquecendo-se de considerar que as torcidas adversárias contribuem para lotar o estádio, também chegariam mais facilmente a um estádio em SP.
5-O PACAEMBU
O Pacaembu sempre foi bom para se jogar, mas na minha opinião, nunca foi solução para qualquer tipo de investimento ou engajamento a prazo, como postulada por um ou dois dos candidatos à presidência em 2017. Após a recente concessão a investidores por 35 anos, com 26.000 lugares, serviria para atender apenas parte da torcida do Santos. Embora pouco se possa dizer antes que as condições sejam conhecidas, dificilmente possibilitará ao Santos reduzir níveis satisfatórios a diferença de receitas com o Palmeiras, que segundo a Folha de São Paulo, obteve uma receita LÍQUIDA do Allianz em três anos de 122 milhões de reais, ou seja, 40 milhões de reais por ano, sem estarem incluídas neste valor as receitas líquidas da Libertadores e sem considerar que no futuro receberá porcentagens crescentes dos shows. (“Em briga por estádio, Palmeiras e WTorre dividem lucro de R$ 280 mi” Folha 28.01.2018).
Pesam contra o Pacaembu o número limitado de lugares, a falta de cobertura, que não é prevista, a impossibilidade física de expansão nas laterais, a pressão na Justiça a cada decibel por parte da vizinhança e o tombamento que impede reformas substanciais, o que o inferioriza em relação ao Allianz e que forçará os investidores a cobrar uma taxa alta por jogo ao Santos. Além do mais, o Santos não participaria das receitas de qualquer evento.
Se o Santos em 17 jogos do Paulistão, campeonatos brasileiros e sul-americanos (cerca de 50% dos de mando) auferisse uma receita líquida MÉDIA (após taxa dos investidores) de 500.000 reais por jogo, o que para 26.000 lugares seria razoável, teria obtido 8,5 milhões reais ao ano, uma fração do que fatura o Palmeiras em sua Arena. O Palmeiras se tornará proprietário único do Allianz em 2044, enquanto que em 2054 ao fim do contrato, os investidores do Pacaembu cederão à Prefeitura o estádio e os investimentos por eles feitos. E o Santos, caso subcontratado, não obterá um pingo de patrimônio.
6- A PRIORIDADE DO SANTOS
Muitos santistas parecem não ter percebido o que mudou no rastro da construção de estádios para a Copa e de dois particulares fora da Copa em 2014 e continuam achando que a grandeza e localização do estádio de mando não será determinante, só porque no passado o clube jamais teve bilheteria significante na Vila Belmiro, e que bastaria um retrofit lotado a preços baixos como papel de parede para transmissões.
Mas o Santos não poderá planejar reduzir ou fechar o desnível de receitas com o Palmeiras e Flamengo com transmissões televisivas ou digitais, porque os dois líderes beneficiarão da mesma forma, ou até mais das mesmas.
Hoje, a prioridade do Santos deveria ser reduzir o desnível de receitas líquidas com as do Palmeiras-Allianz e do Flamengo-Globo-Maracanã e de outros clubes em ascensão. Fora o prioritário CT para a base, o Santos não terá alternativa senão investir num estádio em SP, necessário para levantar o potencial financeiro de seus milhões de torcedores, com raio de captação ampliado por rodovias, trens, metrôs, avenidas, marginais, rodoanel e aeroportos. Deverá fazê-lo num terreno que permita uma ampliação da capacidade numa etapa futura, bastando numa primeira etapa uma capacidade por volta de 35.000-40.000. Se pretender ascender ao grupo seleto dos clubes dominantes e obsoletar o Allianz, que faça um multiuso total (teto e gramado retráteis), o do Schalke para 54.000 (só assentos) a 62.000 (com gerais) espectadores custou 191 milhões de euros, ou que dimensione o projeto de forma a permitir acrescentar no futuro os elementos multiuso, sem ter que demolir. Somente um multiuso, no qual outros eventos ajudam a amortizar o investimento e pagar a manutenção anual, permitirá o Santos a arcar com o seu ônus único, que é ter que jogar em duas cidades e evitará que tenha que jogar em grama sintética, o que vem sendo discutido novamente pelo Palmeiras.
7-CONDENADO PELAS LIDERANÇAS A CLUBE MÉDIO
Caberia então ao Santos decidir se a) desafia e até mesmo supera o Palmeiras com um multiuso verdadeiro (teto e campo retráteis), entrando no grupo grupo seleto dos clubes dominantes, b) se atende a torcida em SP um estádio comum, quedando talvez inferiorizado financeiramente ao Palmeiras, c) se comodamente aceita um contrato com o Pacaembu com receitas líquidas modestas e sem acrescentar nada ao seu patrimônio ou d) se opta pelo Retrofit e vira clube local, perdendo gradativamente a sua maior torcida no planalto.
Face às lideranças santistas, infelizmente considero qualquer investimento em SP improvável. Nenhum candidato à presidência em 2017 sequer ousou falar de estádio novo em SP, seja por falta de visão, seja por recear o voto do “o Santos é de Santos”. O clube na maioria dos casos só tem reagido passivamente a ofertas de investidores e agiotas, seja a DIS, alguém que quer tirar o seu terreno da zona de proteção ambiental de Cubatão, a Doyen, um varejista francês que deseja obter um terreno. Não vislumbro nas lideranças santistas qualquer capacitação para soberanamente forjar projetos de punho próprio e ninguém que esteja disposto para tocar a agenda estratégica necessária. Não enxergo entre os atuais líderes do Santos, nenhuma personalidade que possa virar a mesa. Vejo pouca vontade no dia a dia em impor nem mesmo interesses elementares e caros ao clube, como a disciplina orçamentária e o estabelecimento do voto à distância.
Em consequência não há perspectiva nenhuma em futuro próximo de diminuição do desnível avassalador de receitas que separa o Santos atualmente do Palmeiras e do Flamengo e certamente também de outros clubes, o que o condena a clube médio, destino quase selado.
O Santos parado no passado não escapará ao primado financeiro e arrisca ser ultrapassado pela caravana. Pelo São Paulo, quando este fizer seu multiuso, pelo Grêmio, Athletico Paranaense, Bahia, Ceará, Fortaleza e Atlético Mineiro. Até mesmo por um clube-exceção, que poderá compensar a falta inicial de receitas e de torcida com uma administração acima da média: o Bragantino.
É legítimo um torcedor por amor à cidade almejar o Retrofit ou um contrato com o Pacaembu, mas considero impossível que nestes casos o Santos reduza de forma significante o “gap” financeiro que o separa dos líderes a ponto de voltar a integrar o grupo dos clubes dominantes.
SANTOS FC VENCE O BAHIA E SE MANTÉM NO TERCEIRO LUGAR
O Santos venceu o Bahia por 1 a 0 na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro, com um gol de pênalti de Carlos Sánchez. Antes, o Peixe teve gol anulado de Sasha, e o Tricolor, que chegou a empatar com golaço de Juninho, também. No geral, os donos da casa foram superiores, mas o time visitante jogou de igual para igual e deu trabalho.
Com a vitória, o Santos foi a 55 pontos e manteve a terceira colocação, agora a seis pontos do São Paulo, que tinha encostado na rodada passada.
O Santos volta a campo pelo Brasileirão no domingo, às 19h, pela 30ª rodada jogando novamente na Vila Belmiro, dessa vez contra o Botafogo.
Primeiro Tempo
O Bahia começou melhor o primeiro tempo na Vila Belmiro, e Gilberto obrigou Everson a fazer grande defesa. Aos poucos, o Santos passou a dominar o jogo, mas sem grande intensidade. Sasha chegou a marcar um gol, num lance confuso em escanteio, mas o atacante estava impedido, e o VAR viu. O 0 a 0 se manteve até o intervalo.
Segundo Tempo
Na etapa final, o Santos voltou melhor e logo aos oito minutos conseguiu abriu o placar, em gol marcado por Carlos Sánchez, de pênalti. Depois de perder algumas chances de ampliar, o Peixe viu o Bahia empatar com golaço de Juninho, mas o VAR analisou o lance e invalidou o gol. Sorte do Santos, que conseguiu segurar a vitória.
Corinthians e Santos fizeram neste sábado um jogo muito aquém da história de um dos principais clássicos do futebol brasileiro. Depois de quase 90 minutos de sonolência, O time de Itaquera e o Peixe esquentaram somente os instantes finais, mas não conseguiram impedir o 0 a 0, no Itaquerão. E o resultado é ruim para os dois.
Se o título está distante, o Peixe perdeu a oportunidade de ao menos dormir na vice-liderança. O time agora tem 52 pontos, dois atrás do Palmeiras e 12 do líder Flamengo. Na quinta, a equipe encara o Bahia, às 19h15, na Vila Belmiro.
O
volante Diego Pituca torceu o tornozelo esquerdo ao disputar um lance no meio
de campo com Mateus Vital e precisou deixar o campo. O jogador chorou muito ao
receber atendimento. De acordo como médico do Santos, Fábio Novi, o atleta
sofreu um trauma no local e o quadro é preocupante. Ele ainda passará por
exames.
Primeiro Tempo
Os dois times iniciaram o jogo com um certo exagero
nas faltas violentas. Manoel, inclusive, poderia ter recebido um cartão logo
aos dois minutos após um carrinho com força desproporcional em Jorge. Futebol
mesmo os times mostraram bem pouco. O time de Itaquera criou muito pouco. O
trio Vagner Love (esquerda), Pedrinho (direita) e Boselli (entre os zagueiros)
não funcionou. O argentino teve só uma chance, já no fim, em cabeceio que
Everson pegou. O Santos mostrou mais qualidade ofensiva, mas com muitos erros
individuais na frente. Soteldo foi quem mais assustou com dois chutes de fora
da área: um carimbando a trave direita de Cássio e outro passando com perigo no
mesmo canto.
Segundo Tempo
Os
primeiros minutos da etapa finais foram iguais: o time de Itaquera sem força
ofensiva, e o Santos tentando jogar. Sampaoli colocou Marinho no lugar de
Tailson para aumentar o poder de ataque. Logo de cara, aos 16 minutos, o
atacante soltou uma bomba de fora da área e exigiu ótima defesa de Cássio.
Pouco depois, ele disparou pela direita e bateu por cima do gol. O auxiliar
Leandro Cuca, substituto de Fábio Carille, suspenso, demorou a mexer. Sornoza
entrou apenas aos 26 no lugar de Júnior Urso. Aos 29, Vagner Love assustou em
chute de fora da área, na primeira chance da equipe na partida. O fim de jogo
foi quente. Sornoza e Vagner Love pararam em boas defesas de Everson. O Santos
também teve sua chance. Felipe Jonatan recebeu livre na área e chutou por cima.