Prezados santistas,
Tendo em vista que estávamos próximos de completar o primeiro trimestre da temporada de 2020, e em decorrência da interrupção do futebol ante a pandemia do coronavirus, gostaríamos de convidá-los a fazer um resumo dos primeiros meses deste Santos FC (versão 2020) e daquilo que nos espera no decorrer do ano.
Falando do time:
De 2019 pra cá, enquanto alguns concorrentes se reforçavam, o Santos perdia jogadores como Gustavo Henrique, Vanderlei, Jorge e Vitor Ferraz, sem que houvesse qualquer reposição.
Provavelmente toda a “munição” foi gasta com as contratações de Cueva, Bryan Ruiz, Porozo, Aguilar e Soteldo.
Agora, não tem dinheiro e nem jogador novo. Temos que recorrer à base.
Além das perdas no elenco, a comissão técnica também foi substituída, aparentemente, com características bem distintas da antecessora.
Passados 2 meses, vemos o Santos apresentando um futebol triste. Sem intensidade e o brilho do ano passado.
De positivo, o fato do treinador apostar na base. Algo que o Sampaoli pouco fez em 2019.
E para finalizar, ainda há rumores sobre saída de jogadores. Parece que o Sampaoli quer “raspar o tacho”, e mais uma vez um jogador da base pode sair de graça (Yuri Alberto).
Por mais que o Yuri Alberto seja contestado, é inadmissível perder jogador por falta de renovação contratual. Isso é como assinar o atestado de incompetência.
Cada vez mais o santista está preocupado com o futuro, pois o campeonato brasileiro não perdoa.
Falando do extracampo:
Atualmente, até mesmo o mais fervoroso apoiador da gestão agora vê que tínhamos razão desde o início.
O “corneteiro” do passado é o realista do presente.
Nem mesmo uma vaga na futura listinha de conselheiros, ou a possibilidade de obter um empreguinho, são capazes de conter as críticas.
Mas isso é algo a se lamentar, pois quem sofre é o nosso clube, que completa mais um ano sem patrocínio master e fica cada vez mais distante dos concorrentes em termos de receitas.
A impressão que fica é que o dinheiro da venda do Rodrygo não resolveu absolutamente nada na vida do clube.
Até mesmo a CND (certidão negativa de débitos) parece que o clube perdeu recentemente.
Para aquele que dizia que era o único capaz de unir o clube, o presidente passa muito longe disso.
Parece que a relação com o conselho deliberativo não é nada boa, e um novo processo de impeachment se avizinha.
Algo que expõe negativamente o clube, especialmente com aquela carta aberta aos sócios e torcedores (publicada no site oficial do clube), que foi mais ou menos como um pedido de socorro dos gestores do clube, em face de ataques antidemocráticos e ilegais por parte de 300 pessoas mal-intencionadas.
É um embate público entre o comitê gestor e o conselho deliberativo. Algo inédito na história recente.
Para vocês terem uma ideia da coisa, colocamos a seguir os últimos parágrafos dessa carta aberta aos sócios e torcedores (com alguns grifos nossos):
“A Comissão de Inquérito e Sindicância se limitou a propor inúmeras penalidades, sem qualquer individualização ou abertura de prazo específico para defesa pessoal relacionada a conduta específica, ensejando inarredável nulidade processual.
Cabe salientar ainda que todas as deliberações emanadas pelo Egrégio Conselho Deliberativo afetam de forma direta, concreta e decisiva a administração – sucesso ou fracasso – do Clube.
Um novo processo de impedimento, como também a aplicação de penalidades aos membros do Comitê de Gestão, acarretará um dano institucional irreparável ao Clube, além dos custos diretos para organização de uma nova Assembleia Geral.
Ademais, como é de conhecimento geral, o mandato da atual gestão se findará em 31 de dezembro de 2020, sendo que, nos termos do Estatuto Social, a Assembleia Geral para escolha dos mandatários do próximo triênio deverá ser realizada na primeira quinzena do mês de dezembro.
Sob este cenário, o Comitê de Gestão do Santos Futebol Clube vem respeitosamente, perante o Egrégio Conselho Deliberativo, requerer a apreciação imparcial e isenta de inclinações políticas, levando em consideração todas as informações prestadas, deliberando pela REPROVAÇÃO do Parecer da CIS (Processo nº 04/19).
Eventuais divergências pessoais e políticas devem ser deixadas para o momento oportuno, respeitando a decisão soberana dos sócios, ratificada pela votação do processo de impedimento, que confirmou a manutenção do Presidente eleito até o final da Gestão.
O Comitê de Gestão lamenta que o Santos Futebol Clube sofra mais uma exposição pública negativa por um ato estritamente político.”
E você. O que pensa sobre tudo isso?
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