Salve Nação Santista!
É sabido e repetitivo dizer que o SFC vive uma fase sombria, num cenário de poucas perspectivas e futuro complicado no curto prazo, no entanto, quem vivenciou as décadas de 80 e 90 sabe, de fato, o que foi viver a era das trevas!
Pois é, o Santista nascido da década de 90 em diante não faz ideia do que é torcer apenas por amor e na dor, isso mesmo, é duro, mas os Meninos da Fila torciam na dor, na tristeza e no sofrimento, foram anos terríveis entre 1985 e 2001. Até o ano de 1995, acabou numa profunda dor, não obstante as alegrias ofuscadas pelo dia 17/12/1995. Já 1997 e 1998 com títulos de importância secundária consolaram a tão sofrida geração;
Quem lembra desses cantos de torcida são, de fato, meninos da fila:
“Éh, éh, éh, viúvas do Pelé”
“Pelé parou, o SFC acabou”
“1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, parabéns pra você…”
Ser um Menino da Fila é um estigma, uma espécie de carimbo na alma daqueles Santistas que compareciam aos estádios, viravam as faixas de cabeça para baixo, etc. Que fase! Cada vitória num clássico era motivo para comemorações épicas, daquelas de não conseguir dormir, tamanha adrenalina. Exatamente, isso dá para dimensionar melhor o que foram, principalmente, os anos entre 1988 e 1994, período mais cruel daquela triste “seca” de êxitos.
Para entender melhor, precisamos voltar aos anos de 1983 e 1984, fase boa de um time que fez um vice campeonato brasileiro e um, saudoso, título paulista. Aquele time foi montado para ser campeão, um time caro para os padrões da época e que acabou comprometendo, em termos de finanças, as temporadas seguintes.
A partir de 1985, o SFC entrou numa descendente jamais vista, tendo tantos problemas, que passou a ter dificuldades até de passar das primeiras fases dos campeonatos nacionais e regionais. Nos Brasileiros de 1987/88/89 foram três campanhas vergonhosas, sendo que 1987 foi o penúltimo colocado na classificação final. No Campeonato Paulista, o clube foi eliminado na primeira fase de 1991, mesmo classificando oito clubes para a fase seguinte. Período de goleadas sofridas em clássicos, poucas vitórias e muitas derrotas para o trio de ferro, principalmente, nos poucos momentos decisivos que chegamos a disputar;
Nessa fase, o Santista testemunhava a venda de seus, poucos, bons jogadores e passou a comemorar a contratação de jogadores em fim de carreira, alguns até aposentados como Sócrates e Careca, além de veteranos como Vladimir, Juary, João Paulo (Papinha), fora as idas e vindas do Serginho Chulapa, que na última passagem chegou a atuar pelo Santos e pela Seleção Brasileira de Masters simultaneamente.
Jogo inesquecível para os meninos da fila, show do Guga:
Outro jogo épico, show de Giovanni:
No torneio Super Copa dos Campeões da Libertadores (1988-1997), foram sucessivas participações para se esquecer, eliminações frequentes na primeira fase e alguns vexames que mancharam a reputação do até então, maior campeão (brasileiro) das Américas;
Foram 3 eliminações só para o Independiente, 1989/94 e 1995, sendo a de 1994 a mais humilhantes, conforme vídeo acima; Viramos fregueses do time argentino.
Não obstante toda essa fase nebulosa, o torcedor das faixas do avesso, teve alguns momentos de alegria, como o, fantástico, ano de 1995, batendo vice campeão brasileiro (prejudicado pela arbitragem), ano em que revelou e consolidou o maior jogador da fase 1985-2001 que foi Giovanni (G10). Além dos anos de 1997 e 1998, onde o clube conseguiu os títulos do Rio São Paulo (97) e da Taça Conmebol (98), e anos que o clube conseguiu disputar, dignamente, os torneios a nível nacional;
Os ídolos do período 1985-2001: Rodolfo Rodrigues, Sérgio Guedes, Paulinho MC Laren, César Sampaio, Almir, Guga, Giovanni, Viola e Muller foram os responsáveis por colocar alguns poucos e bons sorrisos nos Santistas;
O último grande golpe sofrido pelos meninos da fila, a eliminação do Paulistão 2001, quando o SFC tinha a posse de bola no campo de ataque, classificado com o empate, mas permitiu o último ataque ao rival, que culminou na eliminação, com o ponto eletrônico irregular e tudo mais; Um duro golpe, que não cicatrizou jamais;
Somente um menino da Fila sabe, exatamente, o quanto foi emblemático o ano de 2002, o dia 15/12/2002 foi o dia da libertação do orgulho AlviNegro, foi dia desvirar as faixas, o dia de voltar a torcer somente pelo Amor e não pela Dor. Salve aquelas fantásticas pedaladas. Muito obrigado aos Senhores Fábio Costa; Maurinho, Alex, André Luís e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego (Robert/Michel); Robinho e William (Alexandre); Julio Sérgio e Emérson Leão;
Alguns devem estar perguntando-se o motivo de relatarmos esta passagem? A resposta é simples, para que as gerações mais recentes entenda que o Leão do Mar já passou uma fase bem pior que atual, que já fomos “chacota” do trio de lata, e por um longo tempo. Precisamos caprichar na escolha dos próximos gestores para fazer, novamente, a nossa grande virada, como foi à partir de 2002; Ainda há esperança e o Santista tem que acreditar e lutar por um futuro melhor;
O Blog Soul Santista agradece e parabeniza cada Menino da Fila que ajudou o clube a seguir adiante, e a sair da era das Trevas!
E você, é um menino da fila? Deixe seu comentário abaixo, diga qual ou quais foram os momentos mais marcantes, seja na tristeza e/ou na alegria. Compartilhe a sua experiência com a Nação Santista!
SFC 0x1 FLAMENGO
Numa partida movimentada, em que a equipe da casa teve dois gols anulados pelo VAR nos primeiros 15 minutos de jogo, o Santos começou a partida de forma avassaladora e marcou duas vezes. Em ambas, porém, o VAR anulou os gols. Primeiro, um impedimento de Raniel após cruzamento de Pará. Depois, impedimento de Jobson – a arbitragem entendeu que o volante interferiu no lance, mesmo sem tocar na bola – em cobrança de falta de Marinho.
O Santos é o 10º colocado, com sete pontos.
As duas equipes voltam a campo. O Santos recebe na próxima quarta-feira o Vasco na Vila Belmiro às 21h30 (de Brasília)
Fonte: globoesporte.com
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