Os dois últimos meses da temporada: o que fazer?

Amigos Santistas,

Tendo em vista que a temporada de 2018 caminha para seu final e o nosso Santos, mais uma vez, figura como mero coadjuvante, gostaríamos de debater sobre a nossa preparação, visando alçar voos maiores no futuro.

Infelizmente o torcedor santista têm sido aquele cara que assiste a seus concorrentes brigarem por títulos, enquanto a gente fica falando de impeachment e golpe como aquele “chato, mal-humorado”.

No cenário nacional nos últimos anos o SFC tornou-se, lamentavelmente, uma salada de chuchu. Mas, como não há mal que sempre dure, devemos acreditar que 2019 nos reserve dias melhores.

Isso precisa mudar!

Temos que lutar para que as novas gerações não tenham que viver um período triste como foi aquela década de 1990, quando o santista era aquele torcedor “café com leite”.

Em textos anteriores, já havíamos discorrido sobre o conceito de gestão de clube de futebol (na nossa visão), sendo aquele baseado em um tripé:

Político -> Futebol -> Administrativo

Desta forma, daremos nossa visão da coisa e sugestões, baseadas nesse tripé, sempre observando o poder de síntese.

Político

O primeiro passo é resgatar a governabilidade do clube, criando uma “ponte” entre o comitê gestor e o conselho deliberativo.

O clube precisa de novos membros no comitê gestor com urgência, e não se pode mais admitir que reprovem um novo indicado pelo presidente por questões políticas.

Nossa sugestão: como o Peres utilizou o site oficial do clube para fazer campanha contra o impeachment, bem que ele poderia utilizar a mesma ferramenta para se dirigir ao sócio e conselheiro, objetivando pavimentar essa ponte.

Outro ponto de atenção é o seu relacionamento com seu vice-presidente, que parece que continuará no clube.

Humildemente, sugerimos que o presidente utilize toda sua experiência empresarial e de conciliador, para trazer o vice para o seu lado. Afinal, o Rollo foi o escolhido para ajudá-lo a dirigir o Santos nesse triênio.

Ainda sobre o Orlando Rollo, não esperamos nada diferente de sua renúncia, pois, hoje, sua função no clube é ser opositor, logo, lugar de opositor é fora da gestão, assim terá liberdade para fiscalizar, reclamar e poderá focar na sua campanha eleitoral.

Futebol

Esse é o principal tema para a maioria dos santistas, pois é o que move a nossa paixão pelo Santos.

Qualquer torcedor sabe que esse elenco do Santos não está bom e que precisa de muita reformulação.

O primeiro passo é ter um gerente/executivo de futebol já trabalhando para avaliar que fica e quem sai e quais as posições carentes do elenco (e são várias).

A partir disso, é observar quais jogadores estão em final de contrato e que se encaixem no nosso orçamento e mãos a obra!

A diretoria não poderá, como neste ano, demorar para planejar e montar o plantel de 2019, este ano perdemos tempo e contratamos tardiamente, por conseguinte, tem jogadores que ainda nem tiveram tempo de entrar em forma e adaptar-se ao nosso elenco e sistema de jogo, como por exemplo, o meia armador Bryan Ruiz, jogador de carreira consolidada, inclusive em solo europeu, mas que tem um biotipo bem específico, demora mais para entrar em forma e para obter ritmo, fora essa questão, o Cuca, nitidamente, deu uma “encostada” no jogador, quando deveria fazer o oposto, principalmente, diante da deficiência que o time ainda tem na armação das jogadas.

Faz-se necessário ainda rever, a continuidade de certos jogadores, como Vitor Ferraz, Copete, Yuri, Citadini, Jean Motta, dentre outros, que já estão há muito tempo no clube e não tem perfil vencedor ou qualidade para jogar no SFC.

Administrativo

No Post “Panaceia ou desespero”, publicado recentemente neste blog, foi falado sobre a profusão de boas notícias que o clube vivia, como a contratação da empresa Ernst & Young, retrofit na Vila Belmiro e a questão das cadeiras cativas.

Além disso, há uma auditoria em andamento que já deve ter alguns resultados relevantes nesses 9 meses de trabalho. Aliás que baita auditoria longa, poderia, inclusive já aproveitar e auditar o primeiro ano deste mandato, pois auditoria não serve para mapear apenas as gestões anteriores, serve, inclusive, para a atual, fica inclusive como sugestão de alteração no estatuto, a obrigatoriedade de auditoria anual no clube.

Acreditamos que o nosso torcedor está ansioso, aguardando por essas novidades. Principalmente em relação ao voto à distância, que certamente impediu uma maior participação do associado na última assembleia. Portanto, esperamos que seja divulgado o cronograma de implantação dessas melhorias o quanto antes.

Para finalizar, esperamos uma explicação mais detalhada sobre os cortes de funcionários que serão feitos nos próximos dias, para que não pareçam retaliação ou vingança. Se vai cortar, por que não cortou antes?

E você, o que acha de tudo isso?

*Colaboraram: Ian Rocha / Fabiano Reis / Wagner Dias.