Menos “muletas” e mais variações

“Atitude” e “calor” foram as tradicionais “muletas” usadas por Carille na coletiva após Amazonas 1×0 Santos. Um resumo completo e acabado da acomodação típica em nosso futebol.

Aparentemente, falta a percepção de que o time, apesar de ainda estar no G4 do BrasileiraoB, mostra um futebol para lá de pobre. Taticamente confuso no momento ofensivo e disperso no defensivo, com linhas espaçadas e sem quaisquer movimentações treinadas ou jogadas ensaiadas. Os jogadores estão sempre dissociados. Não há aproximações. Esse foi o retrato das quatro primeiras rodadas.

Ahhh, mas o Carille é assim mesmo, ele não propõe jogo!… Posso parecer rude com quem pensa dessa forma, apesar de não ser minha intenção, porém isso não tem absolutamente nada a ver com ser propositivo ou reativo. É apenas consequência da filosofia tradicional das últimas gerações de treinadores brasileiros. Arruma-se a “casinha” e se deixa o resto por conta dos próprios atletas. Como se Pelé, Tostão, Rivellino, Jairzinho e tantos outros gênios da minha infância e adolescência ainda desfilassem em nossos gramados. Como se Neymar estivesse no clube e bastasse “jogar a bola no diferente” para resolver, a exemplo do que fazia Muricy. Como se os grandes talentos não estivessem na Europa. Compactação de linhas? Intensidade? Coisa de gente chata, afinal ver o Amazonas vencer pela primeira vez na história na Série B é “normal”, não é mesmo? Após as chegadas de Sampaoli e JJ em 2019, que abriram as portas para uma legião de estrangeiros, houve evolução tática e a cobrança de resultados se associa cada vez mais à de desempenho. E isso não está ligado ao modelo de jogo do treinador, e sim a como ele se desenvolve em campo. Equipes reativas e de transição rápida podem oferecer um futebol interessante, desde que se veja variações e ele seja adequado ao elenco disponível. Luís Zubeldía, por exemplo, argentino que jamais trabalhara aqui, chegou em meio à temporada e, em menos de uma semana, fez do São Paulo um time muito mais competitivo do que era com o local Thiago Carpini. Não é um estilo propositivo, no entanto vê-se o resultado dos treinamentos da semana a cada partida, além de alterações que não são apenas trocas de volante por volante ou lateral por lateral.

Carille teve tempo mais do que suficiente para implantar seu sistema. Cinco meses com pré-temporada completa. Participou das contratações e inclusive indicou várias. Ele já mostrou poder mais em 2021, quando não se amarrou às próprias convicções. Quando as retomou no ano seguinte, acabou pressionado e caiu. O boicote de Edu Dracena esteve longe de ser a única causa.

Não se imagina um Santos jogando como nos anos 1960, todavia também não se quer um em toada similar à de 2023. Dá para ser bem melhor.

By Henrique Farinha

E você o que pensa de tudo isso?

BLOG SOUL SANTISTA

PIX BSS para doações:
admblogsantista@gmail.com

Siga o 
Blog Soul Santista nas Mídias Sociais
Inscreva-se em nosso Canal, Ative o Sino e Deixe seu Like.

Torne-se Membro do nosso Canal no YouTube! Planos à partir de R$ 2,99.

QR CODE PARA O CANAL DO BLOG SOUL SANTISTA NO YOUTUBE!

Site:  https://www.blogsoulsantista.com.br

YouTube: https://www.youtube.com/@blogsoulsantista

Twitter: https://www.twitter.com/BlgSoulSantista

Instagram: @blogsoulsantista

Threads: @blogsoulsantista

Telegram: t.me/BlogSoulSantista

E-mail: admblogsantista@gmail.com

WhatsApp (Sugestões, Dúvidas e Reclamações): (13) 981208822

Facebook: https://www.facebook.com/blogsoulsantista/
https://www.facebook.com/groups/blogsoulsantista1/
https://www.facebook.com/groups/blogsoulsantista2/