setembro 2023 – Blog Soul Santista!

Prezados Santistas,

Apesar do título acima já ter sido usado em alguma campanha política do Santos, queremos emprestá-lo pois o tema desse post vai mais ou menos nessa direção.

Enquanto o Santos agoniza dentro e fora de campo, existe a possibilidade dos outros 3 rivais de SP ganharem títulos nesse ano. Um já foi campeão. Os outros dois, ainda estão na briga.

Esse é o resultado de ser o “time do passado”. Aquele time que se orgulha dos feitos de 60 anos atrás, e que hoje representa uma caricatura malfeita daquilo que foi um dia.

Reparem que tem time multicampeão que tem protesto de torcida.

Jogador que fez gol de título de libertadores sendo hostilizado. Se fosse no Santos, o jogador poderia “pintar e bordar”. Já estaria no muro, com bandeira e busto no estádio. No Santos, até o Sampaoli ganhou bandeira personalizada (e tinha os meninos da árvore)…

Nesse final de semana, no sábado, eu estava na fila do mercado, e ao meu lado, tinha um torcedor do spfc com seu filho de 9 anos.

No meio da conversa, ele comentou que seu filho era santista (por causa do avô), mas mudou de time “porque o Santos só perde”.

Isso é um retrato do momento que vivemos.

Precisamos reconhecer a gravidade da situação para mudar.

É inacreditável que ainda não exista uma mobilização séria para resolver a questão do estádio. Parece que consideram algo supérfluo.

Do jeito que a coisa anda (com as receitas pequenas), o Santos caminha para uma situação em que a SAF será a única saída. Ou vira SAF, ou fecha as portas.

Mais ou menos o que aconteceu com o time do cruzeiro.

Esse negócio do estádio é só um exemplo.

A mudança começa dentro da cabeça das pessoas.

Não dá para querer ser o time do mundo, com uma mentalidade municipal.

O que funcionava nos anos 80, 90 (e início dos anos 2000), não funciona mais.

Os concorrentes resolveram se modernizar.

Ou o Santos segue a tendência, ou deixará de ser relevante.

Por fim, não podemos deixar de comentar sobre as “novidades” que envolvem os sócios do Santos.

1-A três meses da eleição, descobrimos um erro no cadastro do de alguns sócios. Especificamente na data de associação, que foi alterada.

Isso cria um ambiente de insegurança, justamente no momento em que o cadastro torna-se algo muito relevante.

Sugestão do BSS: se você for sócio, entre no seu cadastro e confira se está tudo certo.

2-Mudança de 1 para 3 anos para o sócio poder votar, de acordo com o novo estatuto.

Em uma mudança como essa, acreditamos que deveria ter uma regra de transição, ou uma data de corte estabelecida, a fim de evitar polêmicas ou a judicialização do processo eleitoral do Santos.

Por esses exemplos, nós temos uma noção do quanto a mentalidade precisa mudar.

E você? O que acha de tudo isso?

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Salve Nação Santista!
(Salve na acepção da palavra mesmo)

Antes de falar de mais um desastre que foi perder para o lanterna do campeonato (até antes do jogo era), precisamos abordar o conjunto da obra e a construção de um passivo técnico e esportivo, suas causas e consequências.

Para corrigir uma rota equívocada, é preciso acreditar que essa rota não está correta, caso contrário quem está no comando demora pra fazer a correção necessária ou sequer corrige; No caso do Santos, não obstante os problemas da primeira metade desta gestão, a rota da segunda metade começou torta, errada e foi mantida até o final deste semestre. Em 2022, jogamos o segundo semestre fora, ao ficar boa parte dele sem treinador e sem coordenador de futebol, isso atrasou o plajenamento da temporada de 2023, atrasou entrosamento, consolidação, formação de elenco, etc;

Fruto desse começo “torto”, escolhemos um treinador como Odair que tem baixo repertório, um aprendiz como Falcão para coordenador e, mais uma vez, e pior, acreditando que um elenco cheio de problemas iria melhorar por um milagre do treinador, resultado, eliminação vexatória no Paulista, um time com péssimo preparo físico, mesmo com 3 pré temporada no primeiro semestre. Odair caiu, verdade, mais caiu pela pressão insuportável da torcida. Falcão caiu, verdade, por uma ocorrência policial.

Um caso a parte e que precisa ser lembrado, contratamos Vladimir e Alison que não precisa gastar tempo pra comentar, escolhas preguiçosas e “baratas” para não resolver nada;

Não só jogamos no lixo o segundo semestre de 2022, como jogamos também o primeiro semestre de 2023. Chegou o momento de corrigir, só que não, a gestão escolheu um treinador como Paulo Turra, inexperiente, disciplinador que não mede a temperatura e consequências das escolhas, resultado, mais 40 dias jogados no latão.

Enfim, parece que caiu a ficha, o clube passou a subir a régua, escolheu jogadores e treinador de melhor nível e mais experientes, no entanto, já temos um passivo construído e solidificado, e, este passivo é letal, imprevisível e brutal com a formação de um novo time. Imagina-se que este elenco de agora seria bom pra começar a temporada, porém, com o desastre batendo na porta, é hiper complicado o treinador encontrar um caminho e perfomance, é difícil construir quando pressionado e qualquer erro, é mais um degrau rumo ao desastre (série B); Ainda temos tempo de conseguir o máximo de reforços possíveis;

Quanto ao Aguirre, estamos em um momento que não podemos errar, logo, jogadores como Braga, Alex, Luan Dias, Mezenga e João Lucas não deveriam entrar em campo. Tem que colocar em campo os melhores, entre os medianos, tem que escolher os mais fortes fisicamente e psicologicamente;

Sobre o jogo, perdemos pros erros do time mais uma vez, no primeiro gol, Alex, com todo respeito, disputou a bola no meio campo como uma gelatina e na sequência uma froxidão geral até a finalização do América, Gol de Rodrigo Varanda;
No segundo gol, mais uma soma de erros, Alex saiu pra dar um bote desnecessário, Basso cobriu Alex, mas Joaquim não cobriu Basso, soma-se ao posicionamento, JP pregado na linha do gol, não sai de jeito nenhum, e gol de cabeça do baixo Juninho;

Tomamos um gol de cabeça, jogando com três zagueiros e de um jogador que não é especialista no jogo aéreo, tem muita coisa errada.

O Santos FC teve chances pra obter um melhor resultado, mas sempre afobado na conclusão, escolhas erradas, finalizações erradas, trave no caminho, enfim, óbvio, que isso é consequência do passivo construído nos dois semestres anteriores. Time grande no Z4 é problema dobrado, a temperatura sobe, a pressão é nociva e tudo fica potencializado;

Taticamente, repetimos a distribuição do jogo contra o América, porém, com Rincón em campo, jogando com 2 volantes em linha, dando liberdade para Jean Lucas e Lucas LIma; Joaquim não funcionou desta vez, nem defensivamente e nem ofensivamente. Voltamos para o segundo tempo com Caiçara no lugar de Rodrigo Fernandez, mas, assim contra o Galo, o time demorou para engrenar no segundo tempo e, somente no final, Aguirre conseguiu ajustar o time em campo.

Soteldo é um caso a parte, precisa sofrer uma multa pesada em seus vencimentos. Este episódio mostra como o time é “inocente”, está muito claro pra todos que Soteldo não pode abordar a arbitragem sozinho, é um cara desequilibrado nos últimos tempos, o capitão tem que tomar conta dele e não permitir abordagem aos árbitros; Gallo, tem que ser incansável em corrigir o baixinho, tem que cobrar, pressionar, punir, mas, sobretudo, recuperá-lo;

Esse SFC é uma somatória de problemas, mas, o tempo está mais uma vez dando-nos uma chance, com a data FIFA, Aguirre terá mais um tempo pra ajustar o time taticamente e fisicamente. Resta ao torcedor apoiar até o fim;

Gallo, precisa afastar o CG do CT e assumir as rédeas do futebol e conduzir as ações. Oremos!
Ao CG, interfiram o menos possível no futebol e mantenham salários e direitos em dia, não podemos ter jogador insatisfeito nesse momento de caos;

FICHA TÉCNICA:

AMÉRICA-MG X SANTOS – CAMP. BRASILEIRO – 22ª RODADA
Local: Arena Independência – 03/09/23
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Leone Carvalho Rocha (GO) e Michael Stanislau (RS)
Cartões amarelos: Rincón, Jean Lucas e Mendoza (Santos), Javier Méndez (América-MG)
Cartão vermelho: Soteldo (Santos)
Gols: Rodrigo Varanda (28′ do 1ºT), Juninho (9′ do 2ºT),

AMÉRICA-MG: Cavichioli; Danilo Avelar, Maidana e Ricardo Silva; Emmanuel Martínez, Rodriguinho, Juninho, Breno (Cazares) e Matheus Henrique; Felipe Azevedo (Javier Méndez) e Rodrigo Varanda (Renato Kayzer). Técnico: Fabián Bustos.

SANTOS: João Paulo; Joaquim (Soteldo, aos 14′ do 2ºT), Alex, João Basso e Dodô; Rodrigo Fernández (Júnior Caiçara, após o intervalo), Tomás Rincón e Lucas Lima (Julio Furch, aos 14′ do 2ºT); Jean Lucas, Mendoza (Weslley Patati, aos 34′ do 2ºT) e Marcos Leonardo. Técnico: Diego Aguirre.