Prezados santistas,
No decorrer da história, o Santos tem se notabilizado como um clube que revela muitas joias em sua base, e ao mesmo tempo, joga no lixo milhões e milhões de reais com negociações nefastas, que acabaram com a montanha de dinheiro arrecadada pelo clube nos últimos 20 anos, coisa próxima a 1 bilhão de reais.
Vejam que isso ocorreu em várias gestões distintas, ou seja, não é uma crítica direcionada ou com fins eleitoreiros.
Para ficar no período mais recente (de 2000 para cá), o Santos tentou nomes como Carlos Germano, Márcio Santos, Rincón, Valdo, Valdir Bigode, Edmundo, Odvan, Oseás e depois, Luizão, Cláudio Pitbul, passando por Antônio Carlos, Tápia, Fábio Baiano, Henao, Pedrinho, Petkovic, Fabão, Fabiano Eller, Bolaños, Keirrisson, Ibson, Montillo, Renato Abreu, Émerson, Thiago Ribeiro, Damião, Cléber Reis, Leandro Donizete, por fim, mais recentemente, Cueva, Uribe e Bryan Ruiz.
Já falamos aqui que essa relação entre joias da base e contratações, funciona mais ou menos como aquele nativo que há séculos, trocava ouro e pedras preciosas por espelhos e sacos de açúcar.
Por mais que se sabia que um clube vive em função de disputas de títulos, que isso se faz com bons elencos e que não existe “bola de cristal” que nos diga qual contratação dará certo, o que podemos aprender através desse histórico?
Na opinião deste blog, existem sim algumas lições valiosas que podemos tirar. São elas:
1-Algumas vezes em que o clube tentou trazer um jogador caríssimo para ser o “salvador da pátria”, a coisa não acabou bem. Vejam os casos de Luizão, Edmundo, Damião, Cueva e Bryan Ruiz.
Moral da história: em vez de colocar todos os ovos em uma única cesta (pagando 20/30/40 milhões em um jogador), talvez seja melhor diversificar na hora de contratar, tendo em vista que o Santos não tem receitas suficientes para grandes investimentos.
Lembremos que teve jogador caro que saiu do Santos por falta de pagamento de salário. Mais ou menos como a pessoa que compra um carro zero e não consegue sequer pagar IPVA e fazer a manutenção adequada. Isso tem nome: chama-se irresponsabilidade financeira.
2-O clube deve analisar quais contratações tiveram um saldo positivo, para tentar repetir a fórmula de sucesso. Geralmente são jogadores jovens com potencial de venda futura. Trazem um ganho técnico enquanto estão no Santos, e depois, um bom lucro.
Os melhores exemplos disso, são os jogadores Elano e Renatinho (vindos do Guarani), passando por Danilo, Alex Sandro e mais recentemente, Bruno Henrique (que teve o problema da contusão), Pituca e Soteldo.
No cenário atual, o dinheiro gasto com o Cueva talvez tenha faltado na hora de tentar a contratação do Michael do Goiás.
Para finalizar, apesar de sabermos que a geração de receitas é primordial para o Santos, também sabemos que não adianta ter receitas enquanto o “ralo do desperdício” estiver aberto.
Vejam que a causa raiz da crise vivida pelo rival Cruzeiro encontra-se justamente nos investimentos desproporcionais ao tamanho do bolso do clube. Que esse exemplo seja observado enquanto é tempo.
E você. O que pensa sobre tudo isso?