PÓS JOGO SFC X BOTAFOGO AO FINAL DO TEXTO
Prezados santistas,
Se observarmos o atual momento vivido pelo Santos FC e pela Seleção Brasileira de Futebol, percebemos que existem muitas coisas em comum, e que “os efeitos” que acometem ambos, podem ter causa/efeito parecidos.
Vejam vocês que as instituições citadas têm um passado riquíssimo, são representantes da essência do futebol brasileiro: “aquele distante futebol arte”.
Tiveram times considerados os melhores da história. Cada qual, frente a seus rivais.
Lamentavelmente, no presente, ambos vivem um momento decadente e são considerados por alguns, obsoletos e anacrônicos.
Principalmente no século passado, tanto Santos como Seleção não tomavam conhecimento de seus adversários, davam show e enfileiraram títulos de muita expressão.
Com isso, levaram o nome do Brasil mundo afora, conquistando uma legião admiradores e de torcedores.
Enquanto na Copa de 70 no México, o Brasil era o 2º time do coração dos anfitriões (inclusive tendo sido homenageado pelos mexicanos), o nosso Santos fincava a bandeira alvinegra nos continentes do planeta, em especial Europa e África.
Diante de todo esse sucesso, o que fizeram os dirigentes?
Nos dois casos, aparentemente, ocorreu uma certa soberba, como se as instituições estivessem em um “voo de cruzeiro”.
Era só ligar o “piloto automático” e a coisa andaria sozinha.
Entre outras coisas, a CBF distanciava a Seleção do seu torcedor através dos amistosos em Londres e Dubai, enquanto os dirigentes do Santos “perdiam o hábito” de mandar jogos em grandes palcos, além do fato de não terem pensado na modernização de estrutura e de filosofia de futebol.
Outra coincidência: enquanto a Seleção garantia milhões e milhões de dólares de lucro para a entidade CBF, o nosso Santos fazia negócios extremamente vantajosos para os investidores, com todo o risco do negócio do lado do Santos, e com lucro garantido para o investidor. Vide contratação do centroavante de R$ 42 milhões, feita em 2013. Até hoje sofremos para pagar os lucros ao investidor.
Enquanto isso, o que fazia a concorrência?
Os concorrentes que estavam “quilômetros atrás de nós” observaram a “fórmula do sucesso” e passaram a investir em modernização e organização.
Essa concorrência tinha algo chamado “ambição e competência” e foram atrás de seus sonhos.
E para fechar com “chave de ouro”, os historiadores especialistas em Seleção e Santos contribuíram de forma involuntária com essa aura de soberba, através do culto ao passado (esquecendo-se de que a história se escreve todos os dias).
Qual o resultado disso?
Uma coisa chamada de “choque de realidade”, vindo da pior forma possível.
Enquanto o Santos tomava goleadas acachapantes de seus rivais domésticos e internacionais, a Seleção vivia o seu 7×1 em plena semifinal de Copa do Mundo no Brasil. Isso praticamente reduziu a tragédia do maracanazzo a uma coisa pequena e sem importância. Daqui a pouco, as próximas gerações nem saberão do que se trata tal coisa.
Pior. Os dirigentes parecem não ter aprendido nada com essas lições trágicas.
Hoje o Santos vê cada vez mais longe os concorrentes em termos de quantidade de torcida, médias de público, receita e títulos, e a Seleção começa a fracassar frente a times de 2º escalão do futebol mundial, como Bélgica, Paraguai, Chile e até mesmo o Peru.
Vejam vocês que a lendária camisa 10 do Santos atualmente é envergada por um jogador vindo de país com pouca tradição no futebol, e um técnico português dá show, logo em sua estreia no futebol brasileiro.
Esperamos que as pessoas responsáveis comecem a perceber que o “paciente está doente” e que necessita de tratamento urgente.
Moral da história: nada é por acaso; camisa não joga sozinha; sem trabalho, organização, competência e honestidade, não se chega a lugar algum.
SFC goleia o Botafogo em grande noite de Soteldo
O Santos não teve dificuldades para golear o Botafogo por 4 a 1 na noite deste domingo, na Vila Belmiro, e se consolidar na terceira posição do Campeonato Brasileiro. Com gols de Eduardo Sasha, Marinho e Soteldo (duas vezes), o Peixe construiu a vitória em casa, que dá tranquilidade a Jorge Sampaoli após um fim de jogo tenso contra o Bahia – quando o técnico chegou a discutir com torcedores na saída do gramado. O Botafogo só fez um gol com Igor Cássio, não teve reação e agora vê a zona de rebaixamento mais perto.
A vitória levou o Santos aos 58 pontos, na terceira posição, com seis de vantagem sobre o São Paulo, quarto colocado.
Fonte: Globoesporte
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