Reforma do Estatuto: Realidade ou Ficção

Prezados santistas,

Com as recentes discussões a respeito da reforma do estatuto do Santos, refletimos sobre quais seriam os pontos mais importantes a serem analisados, visando a melhoria da gestão e do clube com um todo.

E como funciona o atual estatuto do clube?

Em 2011 durante o primeiro mandato do presidente Luis Álvaro, o clube fez a última alteração estatutária, na qual foi implantado o comitê gestor, composto por 9 membros, sendo responsável pela administração do clube por um período de 3 anos.

Nesta mudança quiseram dar um caráter “parlamentarista” à gestão do clube, que até aquele momento, era “presidencialista”, sendo dirigido somente pelo presidente.

Além disso, mantiveram a escolha do presidente através de eleições diretas, com votação dos sócios.

Em resumo, uma coisa híbrida que mistura parlamentarismo e presidencialismo, com eleição direta e indireta:

Comitê gestor (parlamento) com eleição presidencial.
Eleição direta (presidente e vice) e indireta (7 membros do comitê gestor)

Com o estatuto neste modelo, vimos muitos problemas pois o presidente (que é quem vence a eleição) acaba sendo obrigado a dividir a gestão com outras pessoas que “não colocaram a cara na campanha”.

Na prática, é presidente brigando com vice, é membro do comitê gestor renunciando depois de 3 meses e acusações em face do presidente de que estaria descumprindo o estatuto, sem nenhuma consequência prática.

Pior é o sócio que em um universo de 209 eleitos (9 gestores mais 200 conselheiros), efetivamente elege somente 2 (presidente e vice).

Isso é ser democrático??

Alguém já se perguntou qual o critério para a escolha dos 200 conselheiros eleitos e quem os escolhe?

Lembrando que o conselheiro é que aquele que representa o sócio e que fiscaliza o clube, nos termos do estatuto (art. 40).

É por isso que vemos campanhas políticas com imóveis alugados, farto material de campanha (camisetas, adesivos e etc), churrascos e eventos.

Meus senhores, não se esqueçam de uma frase dita na última campanha eleitoral, traduzida do inglês:

“Não existe almoço grátis”.

Será que não estamos diante de uma boa oportunidade para democratizar o clube através da reforma do estatuto, dando mais importância ao voto do sócio?

Da nossa parte, acreditamos que o Santos pode e deve aprimorar-se, e a coisa começa por um estatuto moderno e democrático.

Enquanto isso, vemos rumores de propostas estatutárias buscando fiscalizar punir o sócio que fizer críticas ao clube e aos gestores.

E você. O que pensa sobre tudo isso?

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