No primeiro jogo que o Santos fez em Itaquera nesta temporada, fomos surpreendidos positivamente pelo bom futebol praticado pelo time treinado pelo Sampaoli, que tinha poucos dias de trabalho naquela ocasião.
Na partida deste domingo na qual empatamos por zero a zero, de novo fomos surpreendidos. Desta vez, esperávamos um Santos melhor do que seu rival.
Apesar de ser um clássico, o Santos vinha apresentando um futebol de melhor qualidade comparado com seu rival, mas, na prática, não foi bem isso que pudemos ver.
O que vimos na prática:
Um Santos nota 7 ou 8 apresentando um futebol nota 5 ou 6, contra um rival nota 5 ou 6, que apresentou um futebol nota 7 ou 8.
Moral da história: o Santos precisa crescer em jogos grandes e decisivos a exemplo do seu rival, pois de nada adianta fazer uma campanha maravilhosa na fase de classificação, para na hora H o time refugar.
Mais ou menos o que vimos acontecendo na Copa Sul-Americana, onde o time refugou ante um adversário inexpressivo.
Acreditamos que nesse momento o que ainda falta a este Santos é atitude de campeão em jogos chave.
No mais, entendemos que o Sampaoli não deveria ter iniciado a partida com Rodrygo e Cueva no banco de reservas.
Quando eles entraram, o futebol do Santos melhorou sensivelmente.
Lamentavelmente as boas apresentações do Sanchez e do Jean Mota não se repetiram nesta tarde. O time acabou errando muitos passes, o que acabou ocasionando contra-ataques perigosos do rival.
Do nosso lado tivemos duas grandes chances de gol no final da partida, uma delas com Cueva, que pegou o rebote de uma pixotada do goleiro rival. Outra com o Jean Mota, que recebeu bom passe do Dérlis Gonzáles e acabou chutando em cima da zaga, quando tinha o Rodrygo em boa posição de arremate.
Para finalizar, duas observações:
1- A história absurda do papel picado que atrapalhou bastante o futebol nesta tarde de domingo.
Esperamos que os responsáveis sejam punidos, pois isso é algo que não vemos nem na várzea e soa como trapaça. Da mesma forma que alguns times que no intervalo molham só um lado do campo.
2- Está se aproximando o momento em que as seleções deixarão o Santos bastante desfalcado, justamente em partidas decisivas.
É melhor estar precavido. Depois, não adianta chorar.
Mais uma vez em 2019, vimos uma chuva de gols no Peixembu, o Glorioso Alvinegro goleou o América-RN por 4×0, com gols de Dérliz, Jean Mota, Rodrygo e Aguilar.
Como nem tudo são flores, infelizmente, tivemos, novamente, baixo público. Temos de exaltar os que lá estiveram e o clube deve identificar os motivos desta falta de engajamento da massa santista.
Depois de uma vitória destas, vamos destacar as coisas boas, afinal depois de muito tempo, vimos um Rodrygo em campo com poder de decisão, sendo mais agudo e explorando seu potencial técnico. A vitória foi construída, principalmente, pelo aspecto coletivo, o conjunto funcionou e os jogadores fizeram aquilo que o Sampaoli sempre pede, tocar a bola rápido, prender o menos possível e buscar sempre o passe vertical, quando a coisa encaixa e as triangulações acontecem, o jogo flui e os gols tornam-se consequências, enfim, nosso treinador vai guardando no bolso os demais treineiros brasileiros. No final de semana, teremos mais um clássico e a chance de mostrar que nosso jogo também funciona com rivais que tem bom nível e proposta de jogo oposta a nossa. Te cuida alvinegro de Itaquera!
Rapidinhas do Jogo
O “detalhe”: No terceiro gol, um detalhe fundamental, ao invés de esperar o Ferraz para bater o lateral, Soteldo cobrou rápido e foi ali o nascedouro do belo gol do Rodrygo. Futebol também é “detalhe”.
Sanchez: Impressionante sua intensidade, comete alguns erros, mas participa muito do jogo, dá opção, marca, infiltra e até cabeceia, um jogador raro, tem uma humildade tática impar.
Pituca: Copete até tão fraco, que a atuação do Pituca na lateral foi digna de aplausos, óbvio, que o parâmetro é baixo…
Soteldo: Nas vezes em que tocou de primeira teve participação mais efetiva no jogo, já está na hora de entender que seu tempo de Su20 já passou, precisa aprender a ler melhor o jogo e carregar menos a bola.
Everson: Grata surpresa.
Sampaoli: Precisa encontrar uma maneira de deixar a defesa menos exposta, um pouquinho mais de equilíbrio e fará história no Brasil.
Aguilar / Gustavo: Essa dupla está pegando entrosamento e ambos estão melhorando as coberturas.
Dérliz: Parece ser o ano do paraguaio, está em ótima forma.
Mota: Quando a fase tá boa, até lance perdido sobra para ele, mas faz por onde, está acreditando que pode tornar-se um jogador melhor.
Tik-Taka: O bom deste esquema do Sampaoli é que nem maioria dos jogos o “taka” está sempre presente, na versão tupiniquim do Dorival só tinha o maldito “tik”.
O óbvio: Bastou Yuri e Copete não jogar que não vimos jogador “fantasma” e show de caneladas na bola.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS 4 x 0 AMÉRICA-RN
Estádio: Pacaembu, em São Paulo (SP) Data-Hora: 07-03-19 – 21h30 Árbitro: Daniel Nobre Bins (RS) Nota L!: 7,0 – Acertou na expulsão de Alison Ferreira. No mais, conduziu bem o jogo e acertou nas marcações. Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e Tiago Augusto Kappes Diel (RS) Público / Renda: 7.228 pagantes (8.295 presentes) / R$ 211.302,00
Gols: Derlis González, 34/1º T (1-0), Jean Mota, 15/2º T (2-0), Rodrygo, 24/2º T (3-0) e Felipe Aguilar, 38/2º T (4-0)
SANTOS: Everson; Victor Ferraz, Felipe Aguilar, Gustavo Henrique (Wagner Leonardo, 26/2º T) e Diego Jean Mota; Alison (Jean Lucas, 33/2º T), Diego Pituca e Carlos Sánchez; Soteldo, Derlis González e Rodrygo (Eduardo Sasha, 37/2º T). Técnico: Jorge Sampaoli
AMÉRICA-RN: Ewerton; Vinicius, Adriano, Alison Ferreira e Kaike; Leandro Melo, Diego (Alisson Brand, 32/2º T), Adenilson e Hiltinho (Roger Gaúcho, 16/2º T); Jean Patrick e Adriano Pardal. Técnico: Moacir Júnior
Nos últimos anos temos visto alguns esforços por parte dos dirigentes do Santos no sentido de impulsionar o programa de sócios do clube. No caso o Sócio Rei.
Uma hora são descontos na compra de um Volvo zero km. Outra hora, descontos em redes de farmácia ou supermercados e até mesmo descontos agressivos para a compra de ingressos.
Ocorre que, aparentemente, o “povão” não vê muita vantagem naquilo que é oferecido pelo clube. Com isso o Sócio Rei não decola.
Vejam vocês que até mesmo um diferencial exclusivo que havia para associado, que era a compra de ingressos pela Internet, acabou sendo estendida a todos através dos sites de venda de ingressos.
Desta forma, o quê fazer para turbinar o Sócio Rei?
Se esta pergunta fosse de fácil resposta, certamente este post não seria publicado aqui no blog, e neste momento, estaríamos discutindo sobre outros assuntos do clube.
Na nossa opinião, antes de sair fechando parcerias e vantagens, os responsáveis deveriam ouvir as pessoas e saber delas o que é importante e o que é inútil. O tal valor agregado.
Para isso, o clube poderia utilizar a base de e-mails de todos aqueles que em algum dia se cadastraram no Sócio Rei para preparar uma pesquisa de mercado via internet. Além disso poderia promover ações no estádio para ouvir os torcedores.
Certamente o santista teria muito a dizer ao clube.
Neste pouco mais de 1 ano de blog, já ouvimos muitas ideias. Relacionamos a seguir algumas delas:
1-Voto à distância;
2-Fornecer ao sócio informações úteis e descontos para os dias de jogos, tais como:
Mapeamento das opções de estacionamento ao redor dos estádios com convênio para o sócio. Alguns santistas não querem chegar nos estádios sem saber se conseguirão encontrar um local seguro para deixar seus veículos.
Para os jogos na Vila Belmiro aos finais de semana, tendo em vista que Santos é uma cidade turística, oferecer ao sócio opções e sugestões para um final de semana turístico (com valores diferenciados), que teria a ida ao jogo como ponto principal do passeio.
3- Plano de sócio com valores acessíveis a todas as faixas de renda.
Atualmente o plano mais barato do Sócio-Rei (o plano silver) custa mais do que uma anuidade de cartão de crédito.
4- Opções de refinanciamento para os sócios inadimplentes.
5- Planos de sócio (com valores diferenciados) que oferecem brindes exclusivos, como o envio de uma camisa oficial anualmente.
6- Recompensar o sócio que comparece ao estádio regularmente.
O clube tem os dados daqueles sócios que sempre prestigiam o clube. Por que não criar um programa que oferece descontos nas mensalidades ou nos ingressos aos sócios com mais “milhagem”?
Enfim, há muito a ser feito e às vezes as melhores soluções vêm de ideias simples.
A partida deste sábado no Pacaembu teve o pacote completo e um final apoteótico, bem ao estilo do carnaval.
Relacionamos a seguir os principais aspectos deste jogo incomum:
1-Quase houve o adiamento da partida em virtude da tempestade que caiu sobre São Paulo;
2-Um árbitro espirituoso que comemorou quase como um gol o fato do gramado oferecer condições para o início da partida com mais de uma hora de atraso;
3-Enquanto se discutia no Blog Soul Santista as alternativas para um novo estádio, os 9.400 torcedores que compareceram ao jogo sofriam as agruras causadas pelo pacote chuva + estádio descoberto;
4-Jogo eletrizante com golaços, falha e redenção do Vanderlei, falha e redenção do Vitor Ferraz, Lei do ex-jogador, gol contra e gol da virada no último segundo do jogo. No final, podemos dizer que houve falha e redenção do time.
No início da partida chamou a atenção o fato de estarem no banco de reservas, Sanchez, Rodrygo e Alison. Logo nos primeiros minutos de jogo já deu para perceber que o time sentiria a ausência destes três titulares.
O Oeste se mostrou uma equipe bastante insinuante, que venderia caro a derrota.
A exemplo do dois últimos jogos, o Santos enfrentou uma equipe fechada na defesa disposta a explorar os contra-ataques. Mais uma vez tivemos um pouco de dificuldade para quebrar as linhas da defesa adversária.
Por outro lado, consideramos positiva a estreia do novo contratado o lateral Felipe Jonatan. Certamente este jogador contribuirá para tornar este Santos uma equipe mais forte ainda, assim como o meia Cueva, que ainda está um pouco tímido, mas que possui muito potencial e qualidade técnica.
Quanto ao Soteldo, ainda estamos um pouco céticos com o retorno do investimento. Aguardemos um pouco mais. Já o bom e “velho” Yuri nos deu a certeza de que precisa seguir o caminho do Citadini.
Enfim, após o nosso 1º gol ter sido marcado pelo zagueiro adversário (contra), os gols de Dérlis Gonzalez e Vitor Ferraz tornaram o Santos o primeiro time classificado do campeonato paulista. Agora o time volta as atenções para Copa do Brasil, um dos torneios mais importantes para o Santos nesta temporada.
Esperamos que o time tenha deixado para trás os erros que causaram a precoce desclassificação no mata-mata da copa sul-americana.
Ultimamente temos visto um número cada vez maior de santistas preocupados com o “status quo” do clube quanto ao público nos estádios e as receitas de bilheteria.
A boa notícia é que essa discussão cada vez mais é embasada em dados e critérios objetivos, em vez de preferências pessoais e subjetividades ou melindres.
Um de nossos comentaristas, o Ernesto Franze, trouxe aos comentários do blog informações bastante interessantes, que reforçam os argumentos daqueles que defendem um novo estádio para o Santos próximo dos grandes centros, onde concentra-se a maior parte da torcida santista.
Por considerarmos bastante pertinente o tema, trazemos a vocês, leitores do Blog Soul Santista, estas informações de autoria do amigo Ernesto Franze (em duas partes), que retrata o pensamento de parte dos santistas.
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Parte I
O maior equívoco mercadológico da história do futebol
A força da grande São Paulo, e o do Interior Próximo, região onde se encontra a maior concentração de torcedores do PEIXE do Brasil, entre 2,5 a 3,0 milhões de torcedores, região mais rica do hemisfério Sul, com uma população estimada em 32 milhões de habitantes, e responde por 20% do PIB de consumo do Brasil
Entenda como Interior Próximo as regiões de Sorocaba, Itapetininga, São José dos Campos, Taubaté, Campinas, Jundiaí, Bragança Paulista, Mogi das Cruzes, com 12,4 milhões de habitantes.
Um local onde se concentra entre 35% a 40% da massa torcedora alvinegra, que a direção do clube abre mão, ignora, joga muito pouco, não FOCA, não explora, sem explicação.
Foca todo seu esforço de mandos de jogos, de marketing, e comercial numa região onde se concentra apenas 9% de sua massa torcedora, e são estimados 600 mil alvinegros, numa população total aproximada de 1,7 milhões de habitantes, e que reponde por apenas 1,25% do PIB de consumo do Brasil.
Esse estupendo equívoco mercadológico faz com que o clube possua um faturamento nanico, incompatível com seu potencial em todas as receitas que são fruto do relacionamento com seu torcedor/cliente, bilheteria pífia, venda de produtos pífia, números de sócios idem.
Há um outro prejuízo de imagem que é tão maléfico quanto a receita irrisória que esse equívoco proporciona, que é a imagem (falsa) de time sem torcida que seu estádio pequenino, sempre vazio, mostra para todo o Brasil via TV, na disputa do principal campeonato do país, o brasileiro.
Parte II
Santos Futebol Clube, uma visão de futuro.
Em que situação o Santos estará daqui a vinte anos? Em 2.039, seremos ainda um dos maiores vencedores do campeonato Brasileiro? E o maior vencedor brasileiro da Libertadores?
Seremos ainda um time de torcida nacional? Ou teremos nos transformado num time da região da Baixada Santista?
O que nos levou a ser um time de torcida nacional foi aquele time extraordinário de Pelé e Cia e o fato da direção do clube pensar grande e mandar seus jogos mais importantes para o grande público em São Paulo, e ter a ousadia de marcar os jogos mais importantes da sua vida no Maracanã, maior estádio do mundo a época, para um público de 150 mil pessoas.
A ousadia dos dirigentes alvinegros era tão grande que sou capaz de afirmar que se o maior estádio do mundo estivesse em Buenos Aires ou em Nova Iorque eles marcariam as decisões dos mundiais para fora do Brasil, acreditem.
O TIME NÃO CARIOCA COM MAIS TÍTULOS NO MARACA
Campeão do Torneio Rio-São Paulo no ano de 1963
Bicampeão do Torneio Rio-São Paulo no ano de 1964
Campeão do Torneio Rio-São Paulo no ano de 1997
Bicampeão Mundial Interclubes no ano de 1963
Bicampeão Brasileiro no ano de 1962
Tetracampeão Brasileiro no ano de 1964
Pentacampeão Brasileiro no ano de 1965
Hexacampeão Brasileiro no ano de 1968
Somos o clube paulista que detém a maior média de público num campeonato brasileiro, o de 1983, com 49.306 pagantes.
O TIME E A TORCIDA CRESCERAM JUNTOS, chegamos ao topo, durante a década de 1960 fomos Top of Mind no mundo, e tínhamos a maior torcida do Brasil.
A partir de meados dos anos de 1980, já há dez anos sem Pelé, a direção alvinegra decidiu iniciar o CAMINHO DE VOLTA.
O APEQUENAMENTO DA TORCIDA
Hoje, somos a SÉTIMA TORCIDA do Brasil, perdemos seis posições nos últimos quarenta anos, e o que é pior com tendência de baixa. Precisamos voltar a crescer, a direção do clube precisa abraçar novamente sua imensa torcida na grande São Paulo e interior próximo, precisamos no mínimo estar entre as cinco maiores torcidas do Brasil.
Acorda Santos Futebol Clube, cumpra seu destino de ser um dos maiores do mundo.
* Colaborou: Ernesto Franze
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Em adendo ao que o colega Ernesto Franze pontuou em seus textos, o Blog Soul Santista desde a sua fundação vem chamando a Nação Santista para este debate. Já discutimos amplamente, principalmente, a possibilidade de assumir o estádio do Canindé, seja por compra, arrendamento ou parceria, fora isso tem inúmeras outras possibilidades que requer um estudo de viabilidade feito de forma séria e isenta de ranços políticos. O Santos precisa evoluir nessa questão, infelizmente, a Vila Belmiro, mesmo com seu apelo mitológico, tornou-se hoje obsoleta e um peso nas costas do clube, pois é o local preferido da maioria da classe política do clube, mesmo sendo um contraponto no que existe de mais moderno no futebol atual.
A questão econômica de um projeto deste porte, certamente muito caro, é importante, porém, o que seria da vida de uma pessoa, mesmo que de baixo poder aquisitivo, sem sonhos e projetos. No mundo corporativo cansamos de ver empresas assumindo financiamentos para poder investir e crescer, isso tem que ser analisado, estamos ficando para trás e temos que reverter este processo. Essa eterna briga sobre ser na Baixada ou na Capital é conversa para se discutir no buteco, um empreendimento desta magnitude o que interessa não é a opinião da cada um de nós e sim de critérios técnicos de avaliação.
